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quarta-feira, 31 de julho de 2019

PENSÃO TELESCÓPICA


A GOLA E A CAMISA TV

Qualquer semelhança é pura coincidência! Será?

Serpenteando pelo Vale do Vouga, o velhinho comboio a vapor foi um marco da minha meninice. Dele guardo ternas e divertidas recordações, algumas bem recheadas de pitorescas aventuras.
Subia a serra, ruidoso e pachorrento, lançando silvos por entre os pinheiros bravos, verdes sentinelas do vale. Sem pressa, ía travando demoradas conversas pelos jardins floridos das estações e apeadeiros que pontuavam no trajecto sinuoso. Bebia, bebia muita água, que a caldeira do vapor era insaciável.
Recordo-o com saudade, quando evoco aqueles tempos de finais dos anos cinquenta, início da década de sessenta, quando ainda jovem predador de pardais desaninhados, saltitava entre as duas ou três carruagens, com os seus peculiares bancos de ripas de madeira, sujos de carvão e fuligem. Mesmo daquele Domingo em que, puto vaidoso, me sentia um janota com a nova camisa de terylene (TV), o último grito da moda jovem da época pós televisão. Debruçado na janela, sorvendo a brisa, as faúlhas incandescentes foram-se depositando na camisa em estreia e o produto final da viagem saldou-se por uma autêntica rede de pesca. Não me lembro, mas devo ter chorado de raiva e desolação!
Bem mais agradáveis eram os frequentes episódios em que, eu e o meu grupo de diários viajantes, em deslocação para O Liceu de Viseu, saltávamos da primeira carruagem do vagaroso comboio em andamento e o retomávamos na última carruagem, contando as peças de fruta colhidas nas quintas que bordejavam a linha. O herói destas surtidas era sempre o que mais frutos ostentasse, mesmo perante as barbas carrancudas do severo "revisor"!....
Já sei, agora, a razão de ter escolhido o nome para o meu Blog. Vouguinha.......eterno Vouguinha....que a voracidade do Progresso tão cedo "nos" levou......

AO SABOR DO CLIENTE


sábado, 27 de julho de 2019

GOLAS E GOELAS

Eu considero positiva a campanha de dinamização da ANEPC junto das populações.. 
Eu considero positivo que hajam sido criados pontos de abrigo para os residentes, em caso de incêndio. 
Eu considero positivo que em cada povoação se haja escolhido alguém mais capaz, para orientar os seus vizinhos na retirada para o abrigo.
Eu considero positivo que os proprietários de terrenos em torno dos povoados sejam obrigados a mantê-los limpos.
Eu considero um desleixo imperdoável, que matas nacionais sejam deixadas ao abandono, sem manutenção capaz.
Eu considero desprezo pelos cidadãos deixar bermas e faixas de segurança de estradas públicas com vegetação até ao asfalto:
Eu considero um crime num exercício que ninguém pode entender de dirigentes responsáveis, esbanjar dinheiro em dezenas de milhar de kits de matérias inflamáveis, distribuídas pelas aldeias.
E, como tal, considero que o Ministério Público deveria averiguar, como, quem, para quê, a quem e a que preço aquelas golas e coletes firam adquiridos e distribuídos!
E, que ninguém me venha dizer que o Kit era apenas para sensibilização, a não ser que alguém tivesse a estultice de fazer dos cidadãos parvos ao ponto de irem com as lanternas que dele fazem parte, fazer caçadas aos gambozinos.
Ah, e já agora, tanto EU, tanto Eu, não é nenhuma gola para inflamar o meu umbigo ou massajar o Ego!

sexta-feira, 19 de julho de 2019

PARABÉNS, BV DE VOUZELA

É já amanhã, que esta Centenária Corporação celebra 134 anos ao serviço do Concelho de Vouzela, e não só!
O Vouguinha endereça-lhes os parabéns, felicitando-os e agradecendo-lhes os prestimosos serviços que vêm prestando à sua Comunidade!


Foto "Notícias de Vouzela"

terça-feira, 16 de julho de 2019

REMENDOS

A Nacional 16, toda ela, mas, em especial no troço de Vouzela a S. Pedro do Sul, há décadas que carece de alargamento, alteração nas curvas, para não referir o degradado estado do pavimento.
Ao que parece, está a ser "recauchutada" no seu piso, com remendos nos buracos, sem que se recomponha o traçado e as bermas.
Para já, encerrada ao trânsito, numa época de alguma afluência turística e fluxo de emigrantes em férias, impele-nos a questionar porquê só agora, depois de tantos anos em mau estado e apenas para trabalhos menores, sem que que se lhe dê o tratamento requerido, de raiz!
Obras do Poucochinho!

segunda-feira, 8 de julho de 2019

HUMOR DISLÉXICO


NA CADEIRA DO BARBEIRO

Que a Alma do Senhor António continue em Paz, mesmo que sinta vergonha desta geringonça que não nos corta o cabelo, mas faz escalpe à bolsa, à Saúde, à Educação, à Segurança......O MEU BARBEIRO COMUNISTA Naquela época, a aldeia beirã onde nasci e onde, aos 13 anos, passava as férias escolares, em casa dos meus avós paternos, era um amontoado de casas de granito, envelhecidas e humildes, onde pontuavam três ou quatro solares e outras tantas casas de quinta, tudo rodeado de campos verdes, bem tratados e produtivos, onde a maioria dos habitantes mourejavam de sol a sol, para colherem da terra os frutos que eram o único sustento de pão e vestimenta de famílias, quase sempre, numerosas. Terminada que fora a época áurea do estanho e do volfrâmio, inexistentes que eram outras indústrias, que não fosse a padaria da terra, onde muitos compravam pão, em troca de farinha do seu suor, que as moedas escasseavam, era a terra e algum gado que nela apascentavam, os escassos meios de sobrevivência.O destino de muitos jovens e menos jovens, sentindo que a agricultura já lhes não garantia futuro, foram tentando e abrindo horizontes que, para os mais afoitos, se desenhavam para lá das fronteiras e para os outros, a venda dos braços aos campos da orla do Tejo.A Igreja, e a sua Cripta com televisão, a Estação dos Vouguinhas, a loja "vende-tudo", que era, também, a dos Correios, para lá do velho edifício, onde os legionários se exercitavam aos Domingos, eram os pólos de convívio, onde se discutiam os títulos do "Primeiro de Janeiro", onde se falava do tempo, do preço da carne e do peixe, de mais um nascimento ou inesperada partida. E, onde, se selava o negócio uma junta de vacas lavradoras com um simples aperto de mão como sinal e a palavra de honra como adiantamento....Chegado de Lisboa, acabara de desembarcar do comboio-correio um filho da terra a quem, pela capital, o fado aziago havia pregado uma cruel partida, ao decepar-lhe uma das pernas, ao nível do joelho. Homem de meia idade, já algo desenraizado da aldeia onde dera os primeiros passos, se era olhado por alguns com compaixão, outros encaravam-no com desconfiança, por lhe notarem um laconismo pouco habitual naquelas gentes com o coração junto à boca e palradores por natureza. Muitos diziam mesmo que o António falava pouco e, quando abria a boca, ninguém lhe entendia o que, em tom pejorativo, diziam ser "filosofia".Com alguns tostões que amealhara, alugou uma pequena e velha casa, para alojar a família que, entretanto, havia constituído e de cujo elenco fazia já parte um rapazinho de meses. E, para espanto de quem lhe nunca conhecera tal arte, começou a cortar barbas e cabelos, na dependência única da sua moradia.Foi então, que os murmúrios que já perpassavam pelos ouvidos mais curiosos e metediços, formaram onda sonora e passaram a notícia adquirida: o António Barbeiro era comunista! Que ninguém o via na Igreja e que as conversas que desenvolvia com os que lhe confiavam o desbaste dos cabelos, eram a de um perigoso comunista, que regressara à terra para espalhar essa peste ou, até, preparar algum atentado contra a Igreja ou contra o quartel da Legião.Por hábito, o meu corte de cabelo era feito na cidade onde, então, estudava e passava o tempo escolar. Mas estava de férias e os cabelos demasiado compridos, não eram bem aceites na comunidade, nem bem vistos pelos meus saudosos avós. E fui à casa do Senhor António. Educado, arrastando a muleta pelo chão de madeira, por baixo do qual dormiam os galináceos, que ele dizia serem para a canjinha do pimpolho, chegou um tosco banquinho de madeira para junto da única janela, o único canto da casa que permitia alguma luz do dia. E, depois de meter mãos à obra, à minha jovem e forte grenha ruça, que já levara a minha avó a chamar-me de alemão - desconhecendo, até hoje, se ela, alguma vez vira algum -, com voz pausada, discorrendo ao agitar das tesousas, lá foi o homem, num misto de doloroso queixume e de relato de factos, asseverando-me que a vida das pessoas podia e devia ser outra, que havia tido alguma esperança na candidatura de Humberto Delgado, uns anos antes. Que, até, os meus pais poderiam ter evitado ir para África, se houvesse desenvolvimento, se o país se industrializasse e, já quase no final do trabalho, que lhe não era fácil pela deficiência física, incentivou-me a estudar. Tudo, pausadamente, sem mudanças de humor ou ameaças revolucionárias, muito menos, alusão a qualquer organização política.Tive, após sair da casa do António, a convicção de que, por detrás de toda aquela humildade e, há que reconhecê-lo, muita carência material, estava um homem cujo espírito as circunstâncias da vida haviam, de algum modo, cultivado e aberto horizontes de pensamento.Não poucas vezes, a partir daquele corte de cabelo, sempre que o António Barbeiro era invectivado e acusado de "comunista", por uns, ou "revolucionário" por outros, havendo mesmo quem entendesse que o homem devia ser banido da aldeia, quase chegava a vias de facto, com os seus mais mordazes delatores. E, não servia de grande coisa, o esforço que fazia ao tentar explicar que ele apenas dizia o que lhe ia na alma e achava por bem para si e para os demais e que não fazia parte de organização nenhuma. Que bem bastava o seu infortúnio, por ser deficiente.O meu afastamento, mais tarde, por longos espaços da aldeia, nem em vida ou depois de se finar, nunca me permitiu saber se o António Barbeiro tinha alguma filiação partidária, também nunca o questionei e só o evoquei como "motor de arranque" para a viagem, essa, sim, mais actual que ora vou empreender e que acabo de rodar no meu mural do Facebook.Nos tempos da "Outra Senhora", todo aquele que ousasse ter opinião isenta, pugnasse pela Verdade e criticasse algum aspecto da situação política então vivida, era, de imediato, apodado de um de dois cognomes: na boca dos "amigos" era um "revolucionário"; na boca dos "desconhecidos", não passava dum "perigoso comunista".Mas, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.Hoje, todo aquele que ousar, socorrer-se do seu Pensamento livre, procurando opinar com isenção, criticando situações criadas pela auto proclamada Esquerda, tem um de dois mimos garantidos: na boca de desconhecidos, é um "fascista"; na boca de "amigos", não passa dum "laranjinha"......Sempre ouvi que os extremos se tocam. Como já diziam os cartazes que o Cherne Barroso e seus amigos colavam pelas paredes "nem fascismo, nem social-fascismo".Hoje, sou levado a crer, e a surpreender-me, de como tão iguais são, os, então, adoradores da "outra Senhora" e os apóstolos vermelhos da Esquerda saída da toca, e na Ribalta, graças ao 25 de Abril.Por mim, como já cantou o António Gedeão, não gosto que me cortem a raiz do pensamento, me tentem modelar a opinião, ou que tentem impingir que só um sector ideológico é dono da Verdade e da Razão. Não gosto que me "controlem" e já estou velho de mais para ser doutrinado. Prefiro passar para o lado etéreo convencido de que me esforcei por ser, intelectualmente, justo, do que carregar na mente o estilete de vender a alma por um punhado de ideias feitas, mesmo que seja a moda do momento e recolha os aplausos pelo "politicamente correcto"!...Mais, ainda: quem não gostar do estilo, do corte, dos fatos com que tento preencher a minha montra, que nem se dê ao trabalho de procurar o preço. Simplesmente, não compre. E, já agora, se vá embora sem partir a montra!Descansa em Paz, amigo António!

sábado, 6 de julho de 2019

PRIMEIRO PASSO

No Futebol, como em tudo na vida, nada se consegue sem trabalho e alguns sacrifícios, união, prática e espírito de corpo!
O Glorioso dá os primeiros passos, rumo a mais um ano de emoções, de competição que se quer saudável e sem os excessos e as  lutas intestinas que se jogam fora das quatro linhas. Onde o espectáculo acontece e interessa!
O primeiro treino aberto ao público, no Seixal:

quinta-feira, 4 de julho de 2019

DIA DOCE

É HOJE!

Pode votar no Pastel de Vouzela através do número 760 107 019.
Para escolher o Pão de Ló de Milho com Molho de Limão, o número é 760 107 018.

A imagem pode conter: comida

NA MODA


CABAÇA CONTAMINADA


HAJA QUEM AJA

Com tantos protectores da Arte, da Cultura e do Património, não entendo como tanto desleixo acontece.O problema de estética e que fere a vista só está lá em cima, no Prédio Coutinho que o Estado, pela mão dos socialistas, teima em deitar abaixo!
VÊR AQUI



Foto daqui: www,vagamundos. pt