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sexta-feira, 25 de junho de 2021

PASTEIS DE VOUZELA

Mais um dos muitos galardões que os Pasteis de Vouzela, um doce conventual confeccionado naquela Vila lafonense, conquistou. Parabéns!


segunda-feira, 21 de junho de 2021

NA PRÓPRIA BALIZA

 E, agora, enquanto lamentamos a derrota e lamuriamos pelos dois golos na própria baliza, continuamos a esquecer os golos que o Povo meteu nas próprias redes, ao caucionar o governo dum partido que se vai assonhereando do poder, com distribuição de peças suas pelo tabuleiro público e controlando todo o aparelho do Estado. Foi assim com a substituição do Presidente do Tribunal de Contas, como já tinha sido com a não recondução de Joana Marques Vidal, substituindo-a na PGR, como terá sido com a indigitação do Procurador Europeu, com os contornos da esfera curricular que todos conhecemos. Como está a ser com a nomeação de um boy que se destacou pela admiração e defesa de José Sócrates, por 5 anos, para uma celebração dum 25-A a ocorrer daqui a anos e num só dia. Como será com a nomeação da esposa do Ministro Cabrita, ex-Ministra de Sócrates e de António Costa, para um alto cargo na Mobilidade e Transportes. Todos remunerados mensalmente com milhares de euros, uma maquia equivalente à que muitos pagadores de impostos, e que trabalham, recebem anualmente.

E, cá vamos todos cantando e rindo, curvados à Propaganda massiva, aos pregões exaustivos de muita da Comunicação Social submissa aos milhões, divertidos com os golos na própria baliza, com a pandemia que anunciaram ter desertado, mas que, afinal, "meteu o Chico", enquanto o Presidente, quando estaciona alguns dias em Portugal, e o PM ensaiam desencontros verbais, para a diversão das massas mais amorfas e adormecidas do Portugal de Hoje!.

domingo, 20 de junho de 2021

MAR DA PALHA

 Nem os socialistas são todos iguais ou têm o mesma carácter e vergonha. Nem era suposto que fossem ou tivessem!

Quando caíu a Ponte de Entre-os-Rios, o falecido socialista Jorge Coelho, ao invés de demitir os técnicos envolvidos na vistoria e manutenção daquela estrutura, pediu ele próprio a demissão, enquanto responsável máximo.
Fernando Medina, desta nova geração de socialistas onde parece primar a arrogância e algum despotismo político, na senda da gigante onda do Faz de Conta que perpassa todo o Governo, demitiu os "mexilhões" e proclama ser vítima de quem denunciou a pouca vergonha e o acto ignóbil da CML fornecer a identificação completa dos activistas russos à respectiva Embaixada.
É o tempo novo ou o novo normal das hostes socialistas, que, com o aval indispensável de alguma CS, de opinadores engajados e outros idiotas úteis, ficam incólumes a todas as intempéries e alijam todas as culpas das asneiras que fazem ou permitem fazer!

A Honra perdeu-se neste País. Deve ter-se afundado ali para os lados do Mar da Palha!

VERÃO

 


terça-feira, 15 de junho de 2021

QUEM VIVEU NO CONVENTO...

 

Ex-presidente do TC acusa PGR de ser “agente encoberto”, dispara contra Costa e Cabrita (e avisa contra “bunker” para “acolher corruptos”) - Expresso AQUI


domingo, 13 de junho de 2021

A NOVA MORDAÇA

 Bom Dia!

E, porque, hoje, é Domingo...
Ao que parece, a nova onda fofinha e adepta do politicamente correcto, em que muitos navegarão, é calar a todas as tropelias, nunca criticar os desmandos do deus supremo da política e do sistema que nos governa e intimida!
Como a muitos, que não navegam nesta Barca Bela, ninguém me calará, quando a consciência ou o Pensamento livre, me impelir a verberar atitudes ou medidas, venham elas de onde vierem, que colidam com a prática duma governação capaz e que priveligie a honra, a transparência, a decência, a liberdade e a dmocracia e ofendam os valores em que acredito!
Bem sei que há interesses pessoais em jogo, para muitos. Não me deixo prender nessa teia, tanto mais que nunca colhi do Regime benesses algumas, sendo certo que também nunca as procurei nem fiz por elas. Posso perdê-las todas, que não são nenhumas. Não estou amarrado a essa corrente e discorro ao sabor do meu Pensamento Livre e nos limites do respeito por quem pensa diferente.
Mas, não me tentem calar. Recuso-me a usar mordaça em nome de interesses pessoais presentes ou futuros.
Se nem nos tempos que tantos por aqui vão dizendo que eram tenebrosos, de Censura e Medo, em verdes anos de juventude, nunca me conseguiram emudecer, por mais que por isso tenha sido penalizado, não é agora que um aparelho que nada difere daquele já arquivado na História, há meio século, em nome do politicamente correcto ou porque é a nova moda fofinha e interesseira, que me vão calar. Mesmo que grite, para que o eco da minha revolta pelas patifarias se faça ouvir.
Não vendo o meu Pensamento por preço algum. Direi sempre o que me vai na Alma! E, já agora, recuso-me a engrossar aquele grupo dos que ao atravessarem uma ponte em risco de ruir, se quedam a meio da mesma, esperando saber de qual lado vai cair, para se escaparem pelo outro!

A PONTE DOS CALCULISTAS

 


quarta-feira, 2 de junho de 2021

MUDAM-SE OS TEMPOS...

 Lembrei-me que, tantas décadas depois, quem está a passar pelo que passou o meu barbeiro comunista é quem tiver a coragem de se afirmar do CHEGA!

Se lerem, chegarão a essa conclusão!
Sempre actual, em especial, a última parte do texto..... que voltaria a escrever....
Naquela época, a aldeia beirã onde nasci e onde, aos 13 anos, passava as férias escolares, em casa dos meus avós paternos, era um amontoado de casas de granito, envelhecidas e humildes, onde pontuavam três ou quatro solares e outras tantas casas de quinta, tudo rodeado de campos verdes, bem tratados e produtivos, onde a maioria dos habitantes mourejavam de sol a sol, para colherem da terra os frutos que eram o único sustento de pão e vestimenta de famílias, quase sempre, numerosas. Terminada que fora a época áurea do estanho e do volfrâmio, inexistentes que eram outras indústrias, que não fosse a padaria da terra, onde muitos compravam pão, em troca de farinha do seu suor, que as moedas escasseavam, era a terra e algum gado que nela apascentavam, os escassos meios de sobrevivência.
O destino de muitos jovens e menos jovens, sentindo que a agricultura já lhes não garantia futuro, foram tentando e abrindo horizontes que, para os mais afoitos, se desenhavam para lá das fronteiras e para os outros, a venda dos braços aos campos da orla do Tejo.
A Igreja, e a sua Cripta com televisão, a Estação dos Vouguinhas, a loja "vende-tudo", que era, também, a dos Correios, para lá do velho edifício, onde os legionários se exercitavam aos Domingos, eram os pólos de convívio, onde se discutiam os títulos do "Primeiro de Janeiro", onde se falava do tempo, do preço da carne e do peixe, de mais um nascimento ou inesperada partida. E, onde, se selava o negócio duma junta de vacas lavradoras com um simples aperto de mão como sinal e a palavra de honra como adiantamento....
Chegado de Lisboa, acabara de desembarcar do comboio-correio um filho da terra a quem, pela capital, o fado aziago havia pregado uma cruel partida, ao decepar-lhe uma das pernas, ao nível do joelho. Homem de meia idade, já algo desenraizado da aldeia onde dera os primeiros passos, se era olhado por alguns com compaixão, outros encaravam-no com desconfiança, por lhe notarem um laconismo pouco habitual naquelas gentes com o coração junto à boca e palradores por natureza. Muitos diziam mesmo que o António falava pouco e, quando abria a boca, ninguém lhe entendia o que, em tom pejorativo, diziam ser "filosofia".
Com alguns tostões que amealhara, alugou uma pequena e velha casa, para alojar a família que, entretanto, havia constituído e de cujo elenco fazia já parte um rapazinho de meses. E, para espanto de quem lhe nunca conhecera tal arte, começou a cortar barbas e cabelos, na dependência única da sua moradia.
Foi, então, que os murmúrios que já perpassavam pelos ouvidos mais curiosos e metediços, formaram onda sonora e passaram a notícia adquirida: o António Barbeiro era comunista! Que ninguém o via na Igreja e que as conversas que desenvolvia com os que lhe confiavam o desbaste dos cabelos, eram a de um perigoso comunista, que regressara à terra para espalhar essa peste ou, até, preparar algum atentado contra a Igreja ou contra o quartel da Legião.
Por hábito, o meu corte de cabelo era feito na cidade onde, então, estudava e passava o tempo escolar. Mas estava de férias e os cabelos demasiado compridos, não eram bem aceites na comunidade, nem bem vistos pelos meus saudosos avós. E fui à casa do Senhor António. Educado, arrastando a muleta pelo chão de madeira, por baixo do qual dormiam os galináceos, que ele dizia serem para a canjinha do pimpolho, chegou um tosco banquinho de madeira para junto da única janela, o único canto da casa que permitia alguma luz do dia. E, depois de meter mãos à obra, à minha jovem e forte grenha ruça, que já levara a minha avó a chamar-me de alemão - desconhecendo, até hoje, se ela, alguma vez vira algum -, com voz pausada, discorrendo ao agitar das tesouras, lá foi o homem, num misto de doloroso queixume e de relato de factos, asseverando-me que a vida das pessoas podia e devia ser outra, que havia tido alguma esperança na candidatura de Humberto Delgado, uns anos antes. Que, até, os meus pais poderiam ter evitado ir para África, se houvesse desenvolvimento, se o país se industrializasse e, já quase no final do trabalho, que lhe não era fácil pela deficiência física, incentivou-me a estudar. Tudo, pausadamente, sem mudanças de humor ou ameaças revolucionárias, muito menos, alusão a qualquer organização política.
Tive, após sair da casa do António, a convicção de que, por detrás de toda aquela humildade e, há que reconhecê-lo, muita carência material, estava um homem cujo espírito as circunstâncias da vida haviam, de algum modo, cultivado e aberto horizontes de pensamento.
Não poucas vezes, a partir daquele corte de cabelo, sempre que o António Barbeiro era invectivado e acusado de "comunista", por uns, ou "revolucionário" por outros, havendo mesmo quem entendesse que o homem devia ser banido da aldeia, quase chegava a vias de facto, com os seus mais mordazes delatores. E, não servia de grande coisa, o esforço que fazia ao tentar explicar que ele apenas dizia o que lhe ia na alma e achava por bem para si e para os demais e que não fazia parte de organização nenhuma. Que bem bastava o seu infortúnio, por ser deficiente.
O meu afastamento, mais tarde, por longos espaços da aldeia, nem em vida ou depois de se finar, nunca me permitiu saber se o António Barbeiro tinha alguma filiação partidária, também nunca o questionei e só o evoquei como "motor de arranque" para a viagem, essa, sim, mais actual que ora vou empreender e que acabo de rodar no meu mural do Facebook.
Nos tempos da "Outra Senhora", todo aquele que ousasse ter opinião isenta, pugnasse pela Verdade e criticasse algum aspecto da situação política então vivida, era, de imediato, apodado de um de dois cognomes: na boca dos "amigos" era um "revolucionário"; na boca dos "desconhecidos", não passava dum "perigoso comunista".
Mas, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.
Hoje, todo aquele que ousar, socorrer-se do seu Pensamento livre, procurando opinar com isenção, criticando situações criadas pela auto proclamada Esquerda, tem um de dois mimos garantidos: na boca de desconhecidos, é um "fascista"; na boca de "amigos", não passa dum "laranjinha"......
Sempre ouvi que os extremos se tocam. Como já diziam os cartazes que o Cherne Barroso e seus amigos colavam pelas paredes "nem fascismo, nem social-fascismo".Hoje, sou levado a crer, e a surpreender-me, de como tão iguais são, os, então, adoradores da "outra Senhora" e os apóstolos vermelhos da Esquerda saída da toca, e na Ribalta, graças ao 25 de Abril.
Por mim, como já cantou o António Gedeão, não gosto que me cortem a raiz do pensamento, me tentem modelar a opinião, ou que tentem impingir que só um sector ideológico é dono da Verdade e da Razão. Não gosto que me "controlem" e já estou velho de mais para ser doutrinado. Prefiro passar para o lado etéreo convencido de que me esforcei por ser, intelectualmente, justo, do que carregar na mente o estilete de vender a alma por um punhado de ideias feitas, mesmo que seja a moda do momento e recolha os aplausos pelo "politicamente correcto"!...
Mais, ainda: quem não gostar do estilo, do corte, dos fatos com que tento preencher a minha montra, que nem se dê ao trabalho de procurar o preço. Simplesmente, não compre. E, já agora, se vá embora sem partir a montra!
Descansa em Paz, amigo António! Que, se hoje te insurgisses contra os corruptos, pedófilos, mentirosos, arrivistas e burlões, serias acusado de radical do CHEGA!