De fonte fidedigna, narrada por quem assistiu, uma "estória" do quotidiano lisboeta:
Numa Paragem de Autocarros, na zona da Portela, duas senhoras de idade avançada.aguardavam pela chegada do seu transporte. De repente, surgiu um motociclista que, abrandando um pouco, arrancou o fio que uma delas ostentava ao pescoço e se afastou em alta velocidade.
Ainda mal refeitas do susto, comentando o sucedido, a testemunha do acto, para lá dos naturais impropérios ao ladrão, ia lamentando a má sorte da companheira de ocasião:
- Que azar o seu! Lá se foi o seu fio!
- Também não levou grande coisa. Escusava era de me aleijar o pescoço!
Estavam ainda na troca de palavras, quando viram regressar o mesmo motocilista assaltante que parou e lançou o fio para os pés da idosa assaltada, enquanto vociferava:
- Sua ordinária, sua "esta", sua "aquela", anda um gajo a trabalhar, a fazer pela vida, e andam estas velhas com pechisbeques do chinês no pescoço!