De facto, é pertinente e compreensível que muitos de nós nos interroguemos se, confirmando-se o PCP como uma das muletas do hipotético governo PS, vão acabar as Manifs e as Greves.
Permitam que a minha faceta de "bruxo" wink emoticon ) se manifeste: em 1975, o PCP tinha na Assembleia Constituinte, a sua bancada de deputados que, para lá dos debates acesos, se portavam como meninos de coro, adestrados à Democracia, enquanto, cá fora, nas escadarias, as Manifs de pressão promovidas pelas suas estruturas eram uma constante e que tiveram o climax no Cerco do Palácio por sindicatos por si controlados. Noite dentro, já os demais deputados não tinham que comer, pois eram impedidos de sair, na sala reservada ao PCP chegavam frangos de churrasco que os próprios delegados sindicais se apressavam a levar aos camaradas. No outro dia, manhã alta, após intervenção dialogante do Major Cuco Rosa e outro Oficial (da PM), acederam em deixar sair os deputados, abrindo uma ala estreita. À saída, enquanto todos os outros eram apupados e escarnecidos, os do PCP eram aplaudidos e vangloriados.
O tempo é outro, mas, o catecismo é o mesmo. Que, nisso, reconheçamo-lo, os comunistas são perseverantes e fiéis aos seus princípios. Nada mudaram e nem o esfrangalhar do Muro lhes abalou as convicções e as tácticas políticas.
Por isso, meus caros, na eventualidade dum Governo empossado pela porta do cavalo socialista, as Manifs e as Greves vão continuar como arma de pressão sobre os próprios parceiros da Coligação Negativa de Esquerda, para que o PS ceda aos desígnios e ás medidas protagonizadas pelo PCP e o seu derivado "Verdes".
Vão continuar a ver o Arménio com seu ar furibundo, a assistir a nogueiradas junto às escolas, a greves sem justificação e sem causas.
Aceito apostas.....de berlindes, que, afinal, esta Política actual, de vale tudo pelo Poder, é mesmo uma "estória" para crianças!