Continuam a menosprezar os caprichos da Natureza e nem vem, aqui, ao caso se os fogos têm origem criminosa se negligente, que, ora, nem os raios serão os culpados O que releva de toda esta tragédia que se vem prolongando no tempo e, tragicamente, no território, é a forma como a Protecção Civil tenta limitar no calendário os tempos da Natureza. Incrível a ligeireza com que se liberta a maioria dos meios no final de Setembro, quando todos sabíamos que as temperaturas iam continuar elevadas por Outubro adentro. E, desta feita, nem colhe virem com acusações ao IPMA, como, de forma velada, alguns fizeram no incêndio de Pedrogão.
Esta Protecção Civil tem que ser repensada, drasticamente, que não bastam umas demissões serôdias e "faz de conta" a propósito dos canudos de equivalências. Mas, com outra tutela, que esta Ministra, entretida a demitir, já há muito deveria ter sido substituída.
É uma vergonha e uma injusta afronta, diria mesmo que ingrata, que bombeiros andem a ser agredidos, pela fúria e desespero de populares, emocionalmente descontrolados, quando sabemos não serem os homens do terreno, os culpados de laxismo, ou da incompetência latente de quem os coordena, no âmbito operacional e, até, político.
Limpem a Casa e comecem, quanto antes, a repensar essa coisa a que chamam de Protecção Civil e, sobretudo, a investir mais na PREVENÇÃO, que não prevenir para depois combater, até pode ser rentável para muita gente, e é, pressinto, mas não o será para as populações que se vêem despojadas dos seus bens e da própria vida.