Temo, pelos que delas beneficiam, que as IPSS passem a ser olhadas de soslaio, depois do escândalo da Raríssimas.
Seria doloroso que particulares e empresas deixassem de ajudar, sabendo todos que, felizmente, e é notório, o conjunto destas instituições é uma mais valia para o equilíbrio social, sobretudo, em tempos em que o País e o Estado ainda se debatem com problemas económicos complicados.
Por mim, reiterando o que disse AQUI, faz, hoje, precisamente um ano, há que sabermos distinguir entre as IPSS sem qualquer intuito político partidário e as que foram por ele capturadas. Dizia-me alguém, que estas instituições, que se vêem na necessidade de recorrerem a dinheiros públicos, são presa fácil do Poder do momento, pois, ou lhe prestam vassalagem ou lhes são negados ou minguados os subsídios estatais.
Desconheço se ela existe, a não existir, terá que haver uma bitola, alicerçada em dispositivo legal, que regule as ajudas públicas a cada uma dessas instituições, tendo por factores condicionantes o número de beneficiários, a quantidade e qualidade desse benefício e outros aspectos de avaliação.
Só assim se poderão livrar dos espartilhos que as condicionam e, até, subvertem, nos objectivos e na génese da sua criação.
Tal como não se abate todo um pinhal, só porque um pinheiro tem nemátodo, seria cruel que fosse negado o apoio de todos às IPSS que têm prestado um relevante serviço à nossa Sociedade, só porque nos confrontamos com o raro caso da Raríssimas, passe a redundância.
Não confundamos a árvore com a floresta!