SOMBRAS
A vida aos solavancos,
sempre na berma de estradas,
os caminhos foram tantos
que não encontrou as pegadas.
Perdeu-se nos cruzamentos
sem bússola nem sextante
nunca alcançou seus intentos
nunca almejou um garante.
No fim da encruzilhada
quando se for num quebranto
nada de ais nem lamentos
nem uma lágrima inventada,
seja de pena ou de gozo..
Se a vida não lhe deu nada
que o leve num instante
e que vá sem fingimento
Como qualquer cão sarnoso!
Vouguinha
sempre na berma de estradas,
os caminhos foram tantos
que não encontrou as pegadas.
Perdeu-se nos cruzamentos
sem bússola nem sextante
nunca alcançou seus intentos
nunca almejou um garante.
No fim da encruzilhada
quando se for num quebranto
nada de ais nem lamentos
nem uma lágrima inventada,
seja de pena ou de gozo..
Se a vida não lhe deu nada
que o leve num instante
e que vá sem fingimento
Como qualquer cão sarnoso!
Vouguinha