Depois dos partidos auto proclamados de Esquerda, com o PS à cabeça, decidirem, na A.R., não concederem tempo aos partidos de um só deputado, contrariando a concessão feita ao PAN, em iguais circunstâncias, algumas dúvidas se me levantam! A primeira é saber se a maioria de esquerda no Parlamento agiu por arrogância, ou se teve por intenção calar as vozes, em especial do Chega e da I.L, para que estes lhes não causem rombos nos cascos da sua barca ideológica. A segunda, se terão tido na devida conta que a tentativa de silenciarem vozes que lhe são incómodas, pode ser um tiro no pé, na medida em que podem despertar mais apoios populares àqueles partidos. Bem, afinal, na linha da reacção generalizada à atitude pouco cristã, com tiques diabólicos, da deputada do CDS, um partido que se ufana de ser democrático e "dormir" com Deus, e que todos pudemos ver naquela dança das cadeiras no dia da abertura da Assembleia Legislativa.
Finalmente, mais que uma dúvida, um pressentimento forte, de que as reacções mediáticas de Ferro Rodrigues e da deputada Isabel Moreira, logo secundados pelo Presidente da República, no sentido de não concordância com a lei da rolha imposta, invocando o precedente já aberto com o PAN, em tempos de um só deputado, podem não passar dum exercício de pura hipocrisia, se for uma tentativa, mais que provável, de minorarem os estragos que aquela recusa de tempo por parte da maioria de esquerda, pode provocar num futuro, e não muito distante, espectro político-partidário!
Este pessoal das esquerdas caça com muitos paus. Servem-se do que está mais a jeito para a "bordoada", mas também, como muitos dos seus seguidores, só não erram o alvo, quando estão sentados em meditação na sanita!