Com letra de Duarte de Almeida e Costa Braga e música de Monteiro de Almeida, eis o original do Hino da Restauração, datado de 1861 (in Farol da Nossa Terra)
LUSITANOS É CHEGADO
O DIA DA REDEMPÇÃO
CAEM DO PULSO AS ALGEMAS
RESSURGE LIVRE A NAÇÃO.
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O DEUS DE AFFONSO, EM OURIQUE
DOS LIVRES NOS DEU A LEI:
NOSSOS BRAÇOS A SUSTENTAM
PELA PÁTRIA, PELO REI.
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EXCELSA CASA, BRAGANÇA
REMIU CAPTIVA NAÇÃO;
POIS NOS TROUXE A LIBERDADE
DEVEMOS-LHE O CORAÇÃO.
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BRAGANÇA DIZ HOJE AO POVO:
“SEMPRE, SEMPRE TE AMAREI”
O POVO DIZ A BRAGANÇA
“SEMPRE FIEL TE SEREI”.
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ESTA C’ROA PORTUGUEZA
QUE POR DEUS TE FOI DOADA
FOI POR MÃO DE VALEROSOS
DE MIL JÓIAS ENGASTADA.
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ESTE SCEPTRO QUE HOJE EMPUNHAS,
É DO MUNDO RESPEITADO,
PORQUE EM AMBOS HEMISFÉRIOS
TEM MIL POVOS DOMINADO!
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NUNCA PODE SER SUBJEITA
ESTA NAÇÃO VALEROSA,
QUE DO TEJO ATÉ AOS GANGES
TEM A HISTÓRIA TÃO FAMOSA.
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AMA-A POIS, QUAL O MERECE;
AMA-A, SIM, NOSSO BOM REI
DOS INIMIGOS A DEFENDE,
ESCUDA-A NA PAZ E LEI.
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AI! SE HOUVER QUEM JÁ SE ATREVA
CONTRA OS LUSOS A TENTAR,
O VALOR DE UM POVO HERÓICO
HADE OS ÍMPIOS DEBELLAR.
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VIVA A PÁTRIA, A LIBERDADE,
VIVA O REGIME DA LEI,
A FAMÍLIA REAL VIVA,
VIVA, VIVA O NOSSO REI.
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REFRÃO
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ÀS ARMAS, ÀS ARMAS
O FERRO EMPUNHAR;
A PÁTRIA NOS CHAMA
CONVIDA A LIDAR.