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sábado, 27 de abril de 2024

AVENIDA DA LIBERDADE

Já, por várias vezes, tive ocasião de constatar e registar o facto de algumas forças que se dizem de esquerda, se terem apropriado do espírito do 25 de Abril. Como se a Democracia e a Liberdade que lhe está inerente fosse da sua coutada do pensamento.

Nem vale as teclas desmontar esse logro narcisista ou chip que lhes foi incrustado na raiz das ideias, mas, depois de ouvir o Secretário-Geral do Partido Socialista, ter a veleidade de reduzir o grande desfile da Avenida, a uma manifestação de defesa dos valores de esquerda, convencido fiquei de que este logro não passa de uma assunção oportunista, embusteira, de que nem, intimamente, se tiver no cérebro o filtro da verdade, aquele socialista está verdadeiramente convencido!Para lá de militantes engajados pelos partidos de esquerda, que desfilaram convictos dos dogmas que a propaganda das suas forças políticas lhes incutiram, naquela Avenida que tem nome de Liberdade, desfilaram, também:

- Portugueses que exigem uma Democracia plena e uma Liberdade com os limites que ultrapassados, a façam resvalar para o abismo da Libertinagem;
- Portugueses de vários sectores do trabalho que exigem melhores condições salariais e condições laborais;
- Portugueses que pretendem e exigem uma Democracia limpa, sem corrupção;
- Portugueses que exigem competência, transparência e verdade aos poderes instituídos nesta Democracia;
-Portugueses que exigem um Estado de Direito, onde a Justiça trate por igual todos os cidadãos, sejam quais forem os seus estratos sociais, vínculos familiares, origem ou filiação partidária;
- Portugueses que anseiam por um Desenvolvimento Económico do País que lhes garanta um Futuro equilibrado para filhos e netos;
- Portugueses, por fim, que esperam mais desta Democracia com o bigode que começa a esbranquiçar, depois de 50 anos.
E eu, que não desfilei, grito daqui até à Avenida, que alguém trate da Saúde do mais Alto Magistrado da Nação, que o Parlamento não comece a ser a câmara de ressonância do Alterne, que produza Leis que a melhore, mas não interfira na Justiça, que os políticos que nos servem se pautem por comportamentos que sejam exemplo para o Povo que os elegeu e, sobretudo, que acabem com as nódoas com que as "cercas sanitárias", apenas criadas à direita, mancham este Regime Democrático que, cada vez menos, respeita as livres escolhas do Povo, de que grande parte da Comunicação Social, que se esperava isenta e digna, mas, ideologicamente capturada, não estará totalmente alheia!
O 25 de Abril, a Democracia, Liberdade, tal como a Avenida, não tem donos. É de todos!