Já é tão banal e frequente, no seio dos que vão (des)norteando os rumos deste País, nos políticos actuais, nos que já trocaram os sapatos pelas pantufas, nos que giram na sua órbita de interesses, sem que hajam perdido os vícios e com o pé sempre a fugir-lhes para o chinelo da escandaleira, que o nosso - pobres assistentes e contribuintes - , convívio quase diário e rotineiro com patranhas, com vigarices, com mentiras, com confiscos, com arrivismos e compadrios, tudo o que confira contornos de escândalo, já o banalizou de tal sorte que não nos merece espanto ou revolta.
Ganhou carta de alforria, instalou-se numa cadeira que foi sendo estofada ao longo de décadas, no seio duma casta que, qual cogumelo parasita, se foi alimentando, em nome duma democracia implantada em nome de ideais que jamais se cumpriram.
É o Escândalo, esse senhor, que, de tão vaidoso e omnipresente, acabará, em breve, por ser institucionalizado e com direito a artigo nobre da Vaca Sagrada em que a sua (do escândalo) própria família não ousa, escandalosamente, mexer!
Vouguinha
