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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O BANDIDO DA LANTERNA VERMELHA

Se a memória me não atraiçoa. devia andar pelos 13/14 anos, ainda na idade da inocência e com a ingenuidade dos jovens, quando li um livro dum condenado à morte. Tinha por título "2455-CELA DA MORTE", escrito por um criminoso, acusado de violação, assassínio e outras malfeitorias.
 LI, reli, emocionei-me, devo ter deixado cair uma lágrima e, por muito tempo, mesmo após a sua execução numa câmara de gás da Califórnia, vivi com o peso da compaixão por aquele injustiçado. Ele, que dispensara advogado e
qu
e esgrimia em sua própria defesa, urdiu, pela escrita, uma teia de vitimização, culpando a Justiça pelo seu fatídico destino, levou a que só pudesse acreditar na sua inocência.
 Só mais tarde, já com uns insólitos pêlos na venta, dei conta do logro e da forma manipuladora como fora enganado!. Eu e, imagino, a muitos creus, pela idade, ou por ingenuidade congénita!
Já lá vai mais de meio século!
Hoje, já não há nenhum Caryl Chessman, Zé ou António, com ou sem Caryl, ou qualquer réplica contemporânea, que me volte a ludibriar, mesmo que, por razões diversas, não desgostasse voltar aos meus ingénuos treze anos!
Este é um filme que pode estar em rodagem num qualquer Cinema ou TV perto de si! ....Que repouse em Paz o "Bandido da lanterna Vermelha".