Na Comissão de Inquérito (valham o que valerem as Comissões de Inquérito, e, para mim, valem pouco...), deputados da Oposição pretendem ouvir mais entidades ligadas ao Banco Público e esclarecer tudo o que ainda se não sabe e que é causa da actual situação do Banco, ao que se vai lendo e ouvindo, os deputados que apoiam o Governo, opõem-se e pretendem que o Inquérito não avance mais.
Entretanto, Rui Vilar, um ex-Ministro e deputado socialista de renome, actual Presidente da CGD, e não só ele, negam-se a cumprir uma decisão do Tribunal da Relação, no sentido de facultar à Comissão de Inquérito a Listagem dos créditos de vulto, os malparados milhões.
Perante isto, nós, que somos todos accionistas da CGD, com poucos ou nenhuns benefícios dos dividendos, mesmo que de forma indirecta, por provável má gestão financeira de sucessivos governos, que os desbaratam, quando há lucros, e somos os contribuintes sempre que, por via dos prejuízos, necessário é capitalizá-la, ficamos a ver os navios passarem no Tejo!
Fosse um Banco Privado e, pressinto, não haveriam tantos pruridos em escarrapachar, por toda a Comunicação Social, os nomes dos que beneficiaram de altos créditos, de forma transparente ou de amiguismo fraudulento. Mas, não, é um Banco Público, nada podemos saber de eventual jogo sujo que por lá tenha sido arbitrado, mesmo que seja do quinhão dos nossos impostos que se evite que ele entre em descalabro!
Continuem a tomar-me por desconfiado ou preconceituoso, que eu não encontro outra razão para tanto esconder na gaveta, tanto estranho secretismo, que não seja: AQUI HÁ GATO!
