Urge que se tomem medidas, no terreno, para que o próximo Verão não seja de sofrimento e lágrimas por vidas e património perdidos nas labaredas.
Todos de acordo. Minimizar os riscos dos desastres com que a inclemente Natureza, bela quanto perniciosa, nos castiga, é o recurso mais seguro para que se evitem as tragédias do último ano.
É ao Estado, aquele que sustentamos com os nossos impostos, que compete alertar os cidadãos e, mais do isso, dar o exemplo, por boas práticas.
Exigir a limpeza das faixas de segurança em torno das povoações, e das florestas, até fim de Março, é fácil. Mais difícil é, em tão curto espaço de tempo, almejar que tudo se faça em meses, o que deveria ter sido feito em anos.
E, não deixa de ser mau exemplo, a crer no que vem sendo noticiado, por testemunhos locais, que a denominada zona de segurança de muitas vias nacionais continuarem pejadas de árvores e mato, a que acresce, e é sintomático, o próprio Estado, se não ter dado ao trabalho de, tão só, repor as tabuletas de sinalização de algumas áreas ardidas.
Enquanto isso, é o Fisco, esse papão que mete mais medo aos contribuintes que a ameaça do polícia às criancinhas que não querem comer a sopa, num pelouro que nada tem a ver com impostos, quem difunde mensagens electrónicas, apelando à limpeza ,com contornos de ameaça, quem não cumprir esse válido desiderato.
Que as autarquias e os cidadãos pugnem e tudo façam pela sua própria segurança, mas que o Estado dê o exemplo e não se exima das suas responsabilidades e tantas elas são! Não só na Segurança, mas também na Educação e, sobretudo, na Saúde, sectores onde vai falhando em toda a prova!