*Karinina, Manholas das farinhas, meu adestrado Povo poucochinho, como sabeis, quando outros só vos prometiam o Purgatório, eu prometi-vos o Céu e a Terra, mas só vos vou poder dar o Inferno, porque os reaccionários, aquela minoria dos anteriores maquinistas deste trem desgovernado, mais o Rangelo, de quem um nosso Cá Marrada engendrou falsa notícia a gosto, mais a Indireita da Broxelândia, mais os Credores, mais os Utautaus, mais os outros bruxos das calculadoras e os cagões dos pombos que arrulham pelos beirais de Lisboa, a tanto me obrigaram!
Tenham santa paciência, lavai-vos nas águas do Ganges para que os espíritos vos iluminem e digam, a toda a gente, que a culpa foi da Indireita que me deixou o braço torto!
Digam-lhes que eu estou inocente. Que nem sabia que os meus Culegionários do Sousa haviam feito um Amorando de comprimisso com aquela gente que nos serviu as papas, quando a panela do nosso lume já cheirava a esturro. Que desconhecia que estávamos amantizados com uma Europeia que tem regras, todos os meses...e todos os dias! Que ignorava que o crescimento se não faz por decreto e que pensava que uma palavra dada só é honrada se não prometer nada!
Já dei instruções ao Kagaramba para chamar as televisões de hora a hora, dando conta dos meus achaques e do torcicolo mental que me apoquenta. A mim e ao Cem Tino!
Depois, quando disserdes todos os contos de fadas e fadistas, que eles tanto gostam de ouvir, e já todos fizerem óó, no ronca-ronca, que venham as Ereções Lascivativas antecipadas.*