O sacrifício da vida dum dos mergulhadores empenhado no resgate das crianças da Tailândia, é o paradigma das dificuldades que envolveram todas aquela bem sucedida operação de salvamento e dos riscos a que ficaram expostos todos os que nela se envolveram.
Que foi milagre, dizem uns, que foi a competência dos técnicos envolvidos, dizem outros. Mas, mais do que uma ou as duas, o que possibilitou o epílogo desta autêntica batalha contra o tempo e contra as adversidades, não foi milagre divino, foi a Fé. A Fé das crianças e do seu treinador que souberam manter-se serenos e contemplativos todos os dias de clausura e escuridão, enfrentando a carência alimentar, privados das necessidades básicas. A Fé dos mergulhadores e outros agentes e técnicos de salvamento que lhes permitiu o ânimo, a força e a destreza para, em condições com que nunca se terão confrontado, arriscando a vida, levarem a cabo a missão para que essa mesma Fé os convocou.
Saudemos o treinador e os jovens que estão a salvo. Mas, não esqueçamos nunca aqueles que lhes proporcionaram vida. Esses, sim, os verdadeiros heróis.
Foi um milagre dos homens e a Fé que nos permitem este alívio de agitarmos o aforismo de que "tudo está bem, quando acaba bem", ainda que tenhamos que sentir o pesar pelo sacrifício de quem deu a vida para que treze vidas se salvassem.
Que repouse em Paz e o mesmo OBRIGADO a todos os que se expuseram, de forma abnegada, nesta espinhosa missão humanista!