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quinta-feira, 6 de agosto de 2020

O VÍRUS DA POLÍTICA

Podem cobrir com o véu da dissimulação, com a cortina da propaganda. Podem soar os megafones diários dos comissários políticos, nas tvs. Podem distrair-nos com outros temas ou endossarem aos seus satélites de idiotas úteis a tarefa de criarem factos novos e inócuos, com recurso a manifestações e gritos de estados de Alma manipuladores, que os factos objectivos não se prestam a jogos de berlinde, e só não são reconhecidos por quem tem a mente intoxicada pelas ideologias ou a vista turva pelo nevoeiro cerrado da manipulação.
Desde os primeiros impactos do Covid-19, que os portugueses, os cidadãos comuns, foram cumprindo todas as normas e imposições estatais para minimizarem a propagação do vírus.
Enquanto familiares chegados dos que se iam partindo desta vida, eram impedidos de acompanhar os seus entes queridos à sua última morada; enquanto os noivos, num dia que lhes podia ser único e marcante, casavam, em Igrejas quase vazias, apenas tendo por companhia os santos do Altar, enquanto idosos aniversariantes, habituados ao convívio com familiares e amigos, apagavam a vela na solidão da sua sombra, enquanto os avós se limitavam ao seu habitáculo, saudosos de filhos e netos, enquanto........enquanto tudo isso, depois da celebração do 25-A na Assembleia, seguiu-se um 1 de Maio em que, para lá daquele vistosa encenação coreográfica no relvado da Alameda, milhares, transportados em dezenas de autocarros, carregando participantes de toda a zona metropolitana e não só, se acotovelaram em molhadas, no final da festa.
Lisboa e toda Região de Vale do Tejo, tendo em conta a sua densidade populacional, tinha números bem reduzidos de infectados e até se ouvia de muitos alfacinhas que o vírus era um problema dos nortenhos que andavam por Itália.
E, foi em todo o contexto que venho tentando descrever que surgiu a brilhante ideia dos concertos do Campo Pequeno. Penso que autorizados por Medina e apadrinhados por Marcelo e por Costa, que fizeram questão de se juntar aos dois milhares que se dispuseram a ouvir um Nogueira, a quem acham muita arte, graça e, talvez, cultura fina!
Outras farras políticas, menos sonantes, meros actos de propaganda, foram ocorrendo, a que não faltaram pequenas e sorridentes arruadas.
E, o que qualquer pessoa avisada, mesmo sem os conhecimentos científicos dos ilustres mestres dos laboratórios ou sabedoria livresca, deu-se! Passado o período de incubação, os números de infectados em LVT disparam abruptamente e continuou em surtos sucessivos. Bate mesmo negros recordes no rácio nacional e ainda está longe de se dissipar.
Quem teve a coragem de vir a terreiro acusar os fautores das "farras" que propagaram o Covid-19 na região? Quais foram os políticos, com as mais altas responsabilidades no Estado que tiveram a humildade de reconhecerem terem contribuído, com os seus exemplos, para que Lisboa seja, hoje, uma cidade solitária, sem o bulício e a receita dos turistas?
Ninguém assume, que a culpa é sempre dos outros. está-lhes no ADN e na táctica política. São sempre os outros, em último recurso, até os cidadãos, os culpados!
É neste panorama real que se anuncia a Festa do Avante, autorizada por ser mais uma farra política e, ademais, por ser promovida por um partido de que o PS precisa como muieta.
A ir "avante" nos moldes anunciados e com o limite de 100.000 festivaleiros, ninguém, là mais para Outubro, ouse dizer que a culpa foi dos políticos, pois será assacada aos apóstolos do Avante, que não cumpriram o distanciamento social!
Continuamos na senda do que é proibido aos cidadãos é permitidos às forças políticas! Ou, mais simplesmente, o que é permitido a uns, é proibido a outros. Mesmo que digam vivermos num Estado de Direito!