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quinta-feira, 15 de outubro de 2020

UM COVID AUTORITÁRIO

 Eu não sei os termos do contrato com a empresa que engendrou a app Stay Away Covid. Nem sei, tão pouco se era empresa amiga, como já se diz por aí, ou desconhecida. O que sei, como previ e por aqui dei nota, que seria um rotundo fracasso, até pelo sentimento de privacidade de que os cidadãos não abdicam. Impô-la como obrigatoriedade e passível de sanção, mesmo que apenas aos "serventuários" do Estado, é de uma desfaçatez própria de quem tenta governar com autoritarismo, e mais um sinal perigoso do rumo que algumas esquerdas políticas têm perseguido! Tanto mais que, se o simples uso de máscara no espaço público, com que pessoalmente concordo, necessita de assentimento parlamentar, não entendo que qualquer cidadão atento e cioso dos seus direitos, mesmo tendo o Estado por "Patrão", aceite a imposição do Stay Away Covid de bom grado. Nem tão pouco creio que a Assembleia da República, por mais que o PS e suas muletas parlamentares porfiem pela fidelidade ás medidas do Governo, caia em tal esparrela política!

Eu entendo que, à falta de medidas atempadas e eficientes dos organismos tutelados pelo Governo, este queira suprir as lacunas transferindo obrigações para os cidadãos, mesmo que seja de todo compreensível que se aconselhem e insistam nas boas práticas que a pandemia requere. Mas, tal como ontem escrevi, a par das imposições ora decididas em Conselho de Ministros, há que ser o Governo a criar as condições para que se previna e combata, com eficiência, este maldito vírus que está a condicionar a vida de quase todos os países, como seja:

E testar mais?
E as tais Brigadas Rápidas nos Lares?
E mais meios humanos e materiais nos Serviços de Saúde?
E mais meios nas forças de segurança para obrigarem a essas medidas?
E a assistência a enfermos fora do Covid?
E a possibilidade de doentes com exames e cirurgias urgentes não realizáveis em tempo útil pelo Público, poderem ser feitas em Unidades Privadas?
E........ destinar mais dinheiro no OE 2021 na Saúde e menos na PR e na AR!
Pois, essas não fazem parte do cardápio das grandes medidas, que são só 8!

Quanto ao mais, o "abanão de que a Sociedade precisava", no dizer de António Costa, já devia ter sido dado em si próprio e, com mais força, no Ministério e Direcção-Geral de Saúde!