Hoje, no "Notícias de Vouzela", um semanário de Lafões, a que tenho por hábito fazer alusão por aqui como sendo o "arauto de Lafões", tive especial prazer na leitura do editorial, o artigo de fundo, do seu Director-Adjunto Carlos Rodrigues. Num texto de escrita alegre e com um transparente cunho intimista, sob o título "Mais um orçamento, mais uma dor de cabeça", aborda com a habitual abalizada visão o cadente tema dos "Orçamentos". Mas é ao epílogo da sua narrativa crítica que, sem lhe pedir licença, pois sei não precisar, vou lançar âncora, começando por a transcrever:
"...... Em democracia, viver assim é sinal de que o direito à indignação está de pé. E o País de rastos, mas não é com promessas e juras de amores platónicos que se vai a algum lado.
Se não gostamos destes Orçamentos, isso é uma verdade. Mas somos de opinião que as respostas têm de vir mesmo da Assembleia da República e não da Aula Magna de Lisboa"
Acrescento eu, com menos pruridos: Portugal não vai a lado nenhum com gente que passou a vida a conspirar e a tentar chegar mais acima rasteirando tudo que se lhe depare pela frente. Se optámos pela via democrática de viver em Sociedade, há que lhe respeitar as regras. E, se é saudável que a sociedade civil discuta e reflicta livremente a propósito da causa pública, naquela não cabem conjuras macónicas ou carbonárias para derrubar governos como se derrubaram Monarquias. Essas práticas, já deviam estar relegadas para as catacumbas da História, que não é nada recomendável insistirmos nos erros do Passado, quando todos sabemos os perniciosos resultados que deles advieram. O País não pode estar dependente de figuras rançosas, sobretudo, quando sobre elas recai a maior parte das culpas de toda esta contaminação pelo vírus da bandalheira!....