Há uns anos, por terras bragantinas, comentava para um residente que as estradas da região tinham muitas curvas. Afável e bem disposto, o homem foi-me contando que, em tempos remotos, por escassez de engenheiros e instrumentos adequados, para se abrir uma caminho de uma povoação a outra, se levava um burro para a diferente do habitat do animal e se largava. Que o seguiam então, até á terra de origem e iam marcando o terreno por onde o jerico passava. E estava feita a Planta da obra. Depois, era só rasgar e a estrada estava pronta!
Estava encontrado o caminho mais fácil, o que dava menos trabalho, mas era bem mais longo e sinuoso, que o burro ainda não usava explosivos, nem máquinas de arrasto e escavadoras, para derrubar barreiras, nem se dava ao trabalho de subir encostas.....
Estou para aqui a magicar se, em Outubro, os burros se soltarem, lhes seguirmos o caminho das facilidades e acabarmos, alguns anos depois, aos tombos pelas curvas e com os sapatos borrados nos despojos que os orelhudos forem largando pelo caminho!