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sexta-feira, 8 de abril de 2016

DEMISSÃO NO EXÉRCITO

  Li a entrevista dum responsável directo pelo Colégio Militar, um Estabelecimento de Ensino da responsabilidade do Exército, bem como as reacções que despoletou junto de alguns sectores de Esquerda, que se comportam como os paladinos titãs do chamado Lobby Gay. Ouvi, e estranhei, também, o imediato comentário, travestido de pedido de explicações, publicitado, do Ministro da Defesa ao Chefe do Estado Maior do Exército.
E, perante tanto batuque, cheguei a pensar que havia lido outra entrevista. O que eu depreendi, e depreendo, das palavras do oficial do CM, quando questionado sobre a possibilidade da existência de alunos homossexuais é de que, por parte do estabelecimento não haveriam discriminações. Que, para salvaguarda dos eventuais alunos nessas condições, visto tratar-se dum ambiente militar, arreigado a códigos e tradições castrenses, com eventual rejeição por parte dos próprios colegas, os pais seriam postos perante o dilema, para poderem decidir sobre a permanência dos educandos naquele ambiente. Nunca lhe li que seriam expulsos do Colégio, isso, sim, o que poderia enformar um acto discriminatório.
 Resultado. a demissão do Chefe do Estado Maior do Exército,na sequência da intervenção pública dum Ministro a quem competiria, apenas, aguardar que, se algum problema houvesse, ele fosse resolvido na esfera militar, sem uma interferência tão activa e intrometida.
 Este País das Esquerdas parece uma cristaleira. Ninguém pode tocar nos tabus nem nas causas de porcelana fina, que alguém começa logo a gritar que lhes partem os cristais.
 Que os homossexuais mantenham os seus direitos, mas que não haja quem lhes confira tabus de intocabilidade ou sacrário de discussão ou abordagem proibida que, quanto ao Colégio Militar - e foi o que de essencial ressaltou da entrevista - , não permitir que, no interior das instalações, onde coabitam os dois sexos, se exercite e consume o libido, seja qual for a roupagem de que ele se revista, só pode ter a concordância dos que ainda não jogam no "tudo ao molho e fé em Deus"!