Ele que rebata essas insinuações ou invectivas mais directas. Por mim, limito-me a registar o espanto. Que, mentes caldeadas nos cozinhados políticos e senhores dos tratados dessa arte, deveriam ter a obrigação natural de entenderem que a Social Democracia só se efectiva, passa da teoria à prática, em ciclos de desafogo económico e de estabilidade financeira. Apodar Passos Coelho de Liberal, depois do homem governar quatro anos em luta permanente com uma Crise rosada, a que urgia pôr cobro para nos libertar do credor Albergue internacional, é de uma estultice só admissível a quem anda, de todo, a leste das regras do jogo!
Pior, ainda, quando figuras que, de algum modo, amealharam créditos públicos de alguma notoriedade, que se dizem social democratas, invocam esse subterfúgio, que sabem ser errado, para afrontarem o líder natural do seu partido, primando pela ausência.
Palpita-me que uma dessas figuras, a mais mediática, depois da sua reconhecida boa prestação por terras dos Clérigos, poderá imaginar-se predestinado para voos mais altos ou aguardando que o matraquilhar no estigma do Liberal desgaste e apague a luz que ainda brilha para Passos Coelho, no seio do PSD.
Receio que as asas da ambição desmedida que o anima e lhe carimbou a ausência do Congresso dos seus pares, possam não lhe proporcionar, num Futuro, espaço e que tombe, como Ícaro, às portas do Tejo ou num qualquer Mar da Palha!
Que, volto a vincar, a Social Democracia, uma solução político-social com que, não tenho pejo em reconhecê-lo, simpatizo, só tem lugar em Sociedades e seus Ciclos com bons níveis de produtividade, com crescimento económico e estabilidade financeira!
Não crucifiquem o homem, que o Barrabás foi outro e não merece o perdão, nem dos judas nem fariseus que se acoitam naquele Monte das Laranjeiras!
