Por alturas do PREC, em que Otelo, na sua peculiar incontinência verbal, ameaçava tudo e todos, desde mandar os "capitalistas" para o Campo Pequeno e confiscar os Bens da Igreja (esta última, só a ouvi agora), o Reitor de Fátima, temendo voltar ao tenebroso tempo da expulsão dos Jesuítas e do Mata-Frades Joaquim António de Aguiar, assustado, enterrou sete caixas de ouro. Após o fim da cólera revolucionária, quando se começou a respirar alguma Liberdade, respeito pelas instituições e pelos legítimos proprietários de terras e haveres, desenterrou seis e não encontrou a sétima, o que só veio a conseguir, alguns dias depois, quando mandou que uma brigada de trabalhos da Igreja, revolvessem todo o terreno com recurso a picaretas.
Imagino as terrenas palpitações e as rezas que o santo homem não terá feito ao Senhor, para que o "Abre-te, Sésamo" resultasse!
Por acaso, quando ouvi este episódio, que garantiram real, lembrei-me de haver lido, numa passagem da Bíblia, que Jesus expulsou os vendilhões do Templo......mas isso era no tempo que Jesus e os seus apóstolos se alimentavam dum pedaço de pão e água, calçavam sandálias e vestiam uma singela túnica e não tinham reformas "meliciosas"...
Sorte, a do Reitor de Fátima, que os terrenos não foram expropriados na onda da Reforma Agrária, que os sócios da Cooperativa não tardariam em derreter todo o ouro mais depressa que a venderem os vitelos e a cortiça que encontrassem na santa herdade!
