Eu sei que os "politicamente correctos" tratam destes assuntos com pinças, ou evitam abordá-los, qual avestruz com o pescoço na areia! Mas, mesmo tentando contornar alarmismos exagerados e solidarizando-me com as vítimas, e seus familiares, do terramoto do México, não posso deixar de imaginar a aflição e o sofrimento de quem sente a terra a fugir debaixo dos pés e os prédios a desabarem. Só pode ser um quadro aterrador!Por cá, onde este fenómeno da Natureza, que brota das entranhas da Terra, não é inédito, deixa-me preocupado. Não por mim, que esta carcaça já muito vivida não teme a última viagem, mas pela exposição a um fenómeno semelhante do do México que terão os que ainda palmilham comigo os caminhos da vida.E, não só pelas vítimas que, inexoravelmente, um tremor daquela escala poderia provocar , no imediato, mas por temer uma resposta à calamidade com um atempado e eficiente socorro que se imporia.Pessimista? Não. Talvez, pragmático, que ainda estou mergulhado no mar de dúvidas que o incêndio de Pedrógão me suscitou, no que concerne à resposta da Protecção Civil. E desconheço o seu grau de preparação para uma emergência desta natureza. Há treinos? Há simulacros? Há estratégias de socorro?!Que Deus e todas as divindades, com Posidon à cabeça, permitam que as entranhas da terra se mantenham calmas e serenas!