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sexta-feira, 26 de junho de 2020

O PAÍS DOS TOMÁS

Em 29 de Maio, é prolongado por mais 15 dias, o estado de Calamidade. Poucos dias depois, o mesmo governante que o anunciou com recomendações de distanciamento social, é figura destacada no Concerto de Bruno Nogueira, no Campo Pequeno. No seguinte,no mesmo espaço e no meio dos mesmos dois milhares de espectadores do primeiro Concerto, a figura de proa, foi o maior Magistrado da Nação, que havia corroborado nas recomendações implícitas no estado de Calamidade.
Já antes, enquanto os responsáveis pelo Santuário de Fátima, numa atitude responsável, haviam cancelado as cerimónias do 13 de Maio nos moldes de sempre, os máximos responsáveis deste País haviam celebrado o aniversário do 25-A e não obstaculizado a farra do 1 de Maio, na Alameda, onde acorreram milhares transportados em autocarros.
Entretanto, mesmo sem poder de adivinhação que lhes permitisse saber do estado pandémico do próximo Setembro, apressaram-se a autorizar a Festa do Avante, em termos que mais me sugeriram uma promoção daquela farra política .
Sem sabermos se por causa daquelas e outras festividades na zona de Lisboa e Vale do Tejo ou porque o vírus não se compadece com boas intenções e propaganda política, o Covid-19 passou a infectar regiões da zona metropolitana de Lisboa, e de forma galopante.
O poder assusta-se e repete a dose. Desta feita, as recomendações são condimentadas com medidas repressivas, restringindo liberdades a que haviam aberto o semáforo verde e aplicando coimas aos infractores dos ajuntamentos com mais de 5 pessoas, nas chamadas zonas de contingência.
E, sem colocar em causa a necessidade premente dessas medidas e do redobrar de cuidados por parte dos cidadãos, apenas fico para aqui a meditar, num diálogo surdo com os meus botões, que moral, que força persuasiva, terão os que ora proclamam da necessidade da implantação dessas medidas restritivas. Mais me preocupo, a terem-na, como não lhes doerá a consciência, por poderem ser protagonistas factuais do aforismo: BEM PREGA FREI TOMÁS, OLHA PARA O QUE ELE DIZ E NÃO PARA O QUE ELE FAZ. Mesmo que no caso vertente, tenhamos mais que um só Tomás! E, nenhum deles tem a idade juvenil do meu neto!
Bruno Nogueira pôs o Campo Pequeno a cantar ″Mãe Querida″ - DN