São imagens de outros recantos, palmilhados por Família Lafonense, que ali tinham a sua base de vida e labuta. Os ventos da História, interromperam esse ciclo de vida, na segunda metade dos anos setenta, situação abrangente a muitas centenas de portugueses que escolheram África como terra de trabalho e Futuro.
Vieram as gentes, ficaram as marcas de labuta e obra feita...
Se, após a Independência, foi prática generalizada, pela vontade das novas lideranças, alterar todos os nomes de lugares cuja toponímia refletisse, na sua óptica, os colonizadores, neste caso, em apreço, deu-se precisamente o inverso: o lugar em que a Família ALMEIDA, com raízes em Moçãmedes, no Concelho de Vouzela, exercia a sua actividade de longos anos, ele como funcionário público e a esposa como professora, inicialmente e, depois, como comerciante, num recanto de Cabo Delgado, em Moçambique, denominava-se-se "MUGUIA". Passou a ALMEIDA, numa homenagem expontânea das populações ali residentes.
Sem procurar justificar a grata escolha daquelas gentes, é com indisfarçável orgulho que o Vouguinha dá este caso singular à estampa, sobretudo, num tempo em que, por cá, intramuros, alguém foi inculcando nos espíritos menos avisados, de que a colonização portuguesa se baseou tão só na exploração das riquesas naturais e na mão de obra barata. Nem todos ganharam, nem todos perderam com aquele ciclo histórico. Cá e lá. E, no respeito pelo novo País que, sem nos darmos conta, ajudamos a construír, há memórias e factos que vão falando por si, mesmo à distância de décadas!
As placas toponímicas estão lá, não foram inventadas, nem produzidas noutra era! Têm nome de terras do Vouguinha!
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