Quando sabemos que o Banco Público, onde o Estado (nós) já injectou 2,5 mil milhões de euros, que está num processo de despedimentos por atacado e encerra balcões de Norte a Sul do País e cobra comissões às já magras pensões dos reformados que ali têm conta domiciliada, ao mesmo tempo que colaboradores são pagos a peso de ouro, por sessão, não será descabido perguntar, em imagem vicentina, se não estamos a dar feno à vaca onde muitos mamaram e outros tantos estão ou poderão vir a mamar!
Entretanto, ficámos a saber que a Dívida Externa atingiu valores exorbitantes e vai a galope, com freio nos dentes, enquanto ouvimos que tudo está bem e se vão distribuindo algumas flores, com o dinheiro que não é nosso e que alguém terá que pagar, mais cedo ou mais tarde.
Enquanto isso, a bolha imobiliária incha, o crédito ao consumo dispara, num frenesim de euforia consumista, que nos faz recuar uma década no calendário do nosso tempo.
Espanta-se e esconjura-se o Diabo a toda a hora, garantindo que o malvado anda perdido pelas Selvagens, divertindo-se com as cagarras do Tio Aníbal e o Vouguinha, que é céptico, mas tem memória, por aqui a temer um tsunami que o traga numa jangada até à nossa Costa e nos obrigue a gritar, mais uma vez: À Barca, à Barca!