... VÊ-SE E DÓI!
Ninguém pergunta á Ministra, ao Primeiro Ministro, ao Presidente da República, para quando os Governos (e, insisto, os governos) deixam de mudar os dirigentes operacionais da Protecção Civil, para nomearem dos seus boys, sempre que ganham estofos nas cadeiras de S. Bento?!
Para quando estabelecer uma carreira e um quadro profissional, depois de admissão e cursos, de forma a que não se deixe de se beneficiar da experiência desses homens, ao invés de "checas" escolhidos em função do cartão partidário, ou outras estranhas simpatias, muitos deles, naturalmente, sem qualquer preparação para enfrentarem calamidades públicas, uns por inexperiência, outros por incompetência ou inaptidão pessoal?
Não é exclusivo deste Executivo, mas a senhora Ministra, tão lesta a disparar em todas as direcções, sobretudo no Siresp, que até foi contratado pelo seu grande Chefe, também não se coibiu de, um ou dois meses antes do início dos fogos, substituir dirigentes da Protecção Civil, mesmo a nível Distrital. Talvez, os mesmos que, agora, no passa culpas, insinua terem falhado e poderem vir a ser responsabilizados.
Tanto se fala em nomeações por Concurso e por Mérito e continuam nesta senda antiga de imitar os pastores, que só metem no pasto gado do seu curral!
E, já agora, não foi o Senhor Presidente da República que, há sensivelmente um ano dizia da necessidade de se começar a "pensar a sério" em tratar o ordenamento do território logo no final de Agosto. Não lhe ficava mal indagar do Governo quais os passos concretos, palpáveis, que foram dados desde esse fim de Agosto até ao início dos fogos deste ano, nessa área?!. Que, depois das tragédias deste ano, já anda tudo por aí numa "fona" a produzir legislação.....daquela que fica muito bem no papel e, muitas vezes, se esquece no fundo das gavetas de quem a devia efectivar ou fazer cumprir.
A continuarmos assim, agora, para o ano, no outro e nos que mais virão, neste País já com tão pouco para arder, só não arde o Tejo, porque leva água e há que preservar o Terreiro do Paço, que lhe fica na margem!|