Sabendo nós da paz social que tem sido, durante largos anos, ponto forte da Autoeuropa que, já em 2012, tinha 3600 empregados e em que o ordenado médio já seria, por esse tempo, de 1350 €, e dava trabalho indirecto, através de empresas fornecedoras, a outras centenas, não deixa de espantar que a Comissão de Trabalhadores, apontada como um exemplo, pelas negociações que empreendia com a Administração, se haja agora demitido por força da discordância dos sindicatos do sector, quanto à solução encontrada para a compensação remuneratória por serviço aos Sábados.
Não me venham com com a cassete da defesa dos direitos dos trabalhadores, que é público que se há Grupo empresarial que não tem regateado esses direitos é a Autoeuropa.
Queria estar enganado e a fazer castelos no ar, mas esta demissão da Comissão de Trabalhadores e a ascensão do protagonismo dos sindicatos, não irá resultar em nada de positivo, para ambas as partes.
As décadas de sindicalismo vermelho, mais do que pelos reais interesses dos trabalhadores, ao serviço dum partido que os controla, leva-me a pensar que O PCP, na redoma duma geringonça que o vai esvaziando junto das suas bases tradicionais, vai iniciar um esforço duma ultrapassagem dessa mesma geringonça e, como lhe é típico, começar a acção por atacar as praças fortes da economia deste País.
E, a Autoeuropa é uma delas!
Que não seja mais uma Opel da Azambuja!
Oxalá, seja apenas um avanço e um recuo estratégico, para prova de vida e para kamarada ver!