Não acredito! Digam-me que não ouvi o líder do maior partido da oposição, o que vem clamando por uma maioria absoluta na próxima governação que já dá por segura, bradar contra o termo "União Nacional", para justificar a recusa de qualquer entendimento com o actual poder. É este que ele persegue, a qualquer preço. Pelo vistos, primeiro mo PS, depois o País. Mas, até aí, é a sua escolha. Infeliz, mas é dele...
Só que, poderia ter o PM utilizado mil e umas designações, que todas confluíam numa união nacional, nos seus objectivos prioritários. Poderia dizer "Salvação Nacional", "Entendimento pelo País", "União de esforços", "Todos Juntos", "A União faz a força", que o resultado era o mesmo, ainda que os fantasmas invocados fossem outros que não os da Velha Senhora.
Uma estultice do tamanho de quem a proferiu, é justo dizê-lo. Teríamos que retirar muitos étimos e terminologias do nosso dicionário pátrio, para que este e outros iluminados da nova "Era Redentora" aceitassem qualquer acordo em nome da vida dos portugueses.
Vamos, por exemplo, retirar o termo "Mocidade Portuguesa" do nosso Léxico, que é coisa do Salazarismo e, pensando bem, este País até está uma Terra de velhos.
Eu, que nasci e vivi, ainda no tempo da propalada Ditadura, entendo, agora, porque, subrepticiamente, esta e outra gente das mesmas lojas, foi banindo termos como "Honra", "Honestidade", "Verdade"... Faziam parte dum Léxico passadista.
Aparece-nos cada estrela neste firmamento, que eu chego a interrogar-me se este falso azedume em que o bode expiatório são duas palavras, não será mais uma forma desta gente nos passar um atestado de ingénuos e analfabetos!
É disto que se segue na proa desta barca sem rumo?