O que já não entendo é como muitos madurões, sabidos e de cátedra falante, vêm por aí, por aqui, por acolá, tomando as dores dos gregos, enquanto defendem que o seu afundanço económico é apenas culpa da Europa e doutros credores.
Syrizados, mas, na procura duma couraça que proteja o socialismo internacional, a que se renderam, por convicção ou interesses convenientes, esquecem-se que, na Grécia, como em Portugal, todos terão as suas culpas, mas foi com as governações daqueles partidos políticos, com dedo para a coisa, que se aprofundaram os buracos.
Na Grécia, o Pasok que, desde 1974, saltitou pelo poder helénico durante largos períodos e só foi perdendo a simpatia do povo pelos escândalos de corrupção que o envolveram, terá sido o principal fautor da desgraça helénica que, outros não souberam resolver, hoje, se chora e eu lamento, pelo Povo. Por cá, esperando que nem a "máquina da verdade" me desminta, caimos três vezes no fosso por obra e desgraça do Partido Socialista, o siamês do grego na Internacional.
Quanto ao Pasok, o partido socialista grego, caíu nalguma fossa do Egeu e esbraceja, sem força, sem credibilidade e sem apoiantes.
Por cá, onde, pelo esforço dos portugueses e pela linha seguida por uma maioria que, com alguns erros de percurso, porque só erra quem faz, conseguimos emergir, mesmo sem que, ainda, nos sintamos em terra firme, passo dias a interrogar-me como, para além dos indefectíveis e fiéis seguidores do catecismo rosa, ainda hajam tantas Almas sem entenderem que, neste filão e linguagem política, guindar, mais uma vez, o PS ao poder, é entregar o ouro ao bandido!
Ou, terei mesmo que acreditar que as pescadinhas nadam com o rabo na boca?!
