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domingo, 31 de março de 2024

PÁSCOA BEIRÃ

 Que só a memória consente!

Por aquele tempo, na aldeia onde nasci, perdida entre os pinhais e os vastos horizontes das serranias, pontuavam três "cultos". O da Igreja e os, mais profanos e terrenos, dos comboios a vapor e, ainda, num estertor anunciado, o dos Minérios, na ressaca dum período áureo, que, por paradoxo, a última Guerra havia propiciado.Para os infantes, dos sete aos dez anos, na idade do pião, dos berlindes, dos ninhos, da bola de trapos e dos joelhos esfolados, a época Pascal era, conjugada com as férias escolares, um período de folguedos e de alegria aromatizada pelos odores da Primavera em flor.Voa-me a lembrança para os dias que antecediam o Domingo de Páscoa. Era o tempo da "reza", um passatempo em que os pares eram sorteados e consistia em cada um, sempre que avistava o "consorte" do jogo, lhe ditar a "reza", em alta voz! Tinha um peculiar pormenor, que consistia em que a "reza" só era válida em campo aberto, sem cobertura, o que, não poucas vezes, para salvaguarda do "castigo", a imaginação infantil, impelia ao cuidado de transportarem um pedaço de telha num bolso dos calções, que levavam até ao cocuruto, sempre que pressentiam o seu competidor por perto.No Domingo de Páscoa, tudo estava consumado. Dos dois, pagava as amêndoas, o que ficasse com a "reza" do seu par!E, são também as amêndoas que me trazem à lembrança de como, por instinto natural, ainda pouco refreado pelas lições da vida, as crianças já transportam nos genes o espírito de competição.A visita pascal, em que o Pároco, o Sacristão e um ou outro paroquiano, percorriam toda a Freguesia, levando, de casa em casa, o Crucifixo e a bênção cristã, era o evento mais apreciado pela pequenada daquela terra lafonense.Em grupos numerosos, que os tempos ainda eram de farta procriação, seguiam a santa embaixada, que se ia fazendo anunciar por uma metálica e alegre sineta, até à entrada das habitações, atapetadas por rosmaninho.À saída de quase todas elas, o Padre António, em passo apressado, que tão curto era o dia para a bênção de tantos lares, com uma mão cheia de amêndoas que retirava dos bolsos largos da batina preta, lançava-as pela calçada, num gesto de lavrador espalhando as sementes por terra lavrada.
- Tenho duas; - tenho três; - tenho cinco..., exclamavam os Zés, os Manueis, os Antónios, os Franciscos e não sei mais quantos putos reguilas e gabarolas, enquanto se continuavam a acotovelar e a esfolarem os joelhos nas areias do granito.Já tarde, quando o sol se ia recolhendo, para lá das terras onde nunca haviam ido, era chegada a hora de encontrar o vencedor.
- Apanhei vinte; - Eu tenho trinta; - São quarenta; São...
Vitoriado o campeão, era chegada a hora dos prazeres do açúcar que, até ao escrutínio final, as amêndoas eram troféus valiosos, intocáveis, com valor similar aos berlindes ganhos, à quantidade de nicas assestadas no pião do competidor, ou à quantidade de ninhos descobertos nas abundantes árvores dos quintais e hortas.Tempos de outrora, de que, a inclemência dos anos, nos foi apartando e que emergem à tona da lembrança nestas quadras onde se celebra Cristo, a Paz, mas, também, a vivência das Gentes desta terra de Santa Maria!
Uma Santa Páscoa, para todos vós!



domingo, 24 de março de 2024

SEM PERDÃO

 Sem perdão, o chorrilho de insultos com que esta Senhora, comentadora dum Canal de TV Público, pago por todos nós, insultou bem mais de um milhão de portugueses.
Isto, sim, são mensagens de ódio, a juntar às já habituais difundidas nas montras mediáticas contra um partido constitucional, que acaba de se afirmar na Sociedade Portuguesa.
Por mais que alguns jornalistas, comentadores e influenciadores mediáticos se não revejam nas suas linhas programáticas, exige-se o respeito pela democracia e, sobretudo, pelo milhão de cidadãos que nelas se reveem.
Insultos miseráveis!  Diria mesmo, caso de Polícia!




domingo, 17 de março de 2024

CELEBRAR O FUTURO

Perdemos mais tempo a celebrar eventos políticos do Passado, do que a cuidar do Presente e do Futuro!

domingo, 3 de março de 2024