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quarta-feira, 24 de abril de 2024

COMISSÃO TÉCNICA

 COMISSÃO TÉCNICA DE SAÚDE

Na minha opinião, que vale o que vale, mas não tenho outra, os dois objectivos socialistas da sua criação:
- Criar um biombo de Protecção a Ministério da Saúde inoperante.
- Criar uma estrutura para criação de umas centenas de tachos para boys desocupados.
Resultados concretos, para lá daquele sistema de alterne de maternidades, que obrigava grávida com uma maternidade à porta irem parir a 40 e mais Km de distância, quando não o faziam no interior das ambulâncias dos Bombeiros ou na borda das estradas.
Um caso concreto e paradigmático: o Centro de Saúde do Bairro onde resido, que me assegurou médico de família durante muitos anos, continua sem médicos e apenas com serviço de Enfermagem. Continuo, como continuam todos os utentes sem médico de família e sem consultas médicas locais.
Mais de um ano de inoperância e sem resultados palpáveis no SNS.
ACABE-SE com mais esta "mamadeira" e o Ministério da Saúde e as suas Secretarias que agarrem o touro pelos cornos, deitem mãos á obra e executem a tal reestruturação prometida num prazo razoável
Quando vir o Centro de Saúde do meu Bairro, como muitos outros, com médicos e as grávidas a poderem ter os filhos na Maternidade mais próxima da residência, cá estarei para reconhecer o que de positivo for feito em prol da Saúde dos portugueses!
Comecem, desde já, por extinguir essa malfadada COMISSÃO TÉCNICA, por mais carisma e competência que muitos reconhecem a quem a dirigia!

segunda-feira, 22 de abril de 2024

VINTE E QUÊ?

Os acomodados de Ontem, celebravam o Estado Novo. Os acomodados de Hoje, celebram o 25 de Abril! E, ainda há "plasticinas", que tenham celebrado ambos! É tema a que já não devia dar mais atenção. Que, o assunto, nem merecerá muita. Mas, ainda assim, em jeito de desabafo, vos vou dizendo que aquele congresso "Revolução de Abril", no ano transato, que, bem à imagem da defunta "brigada do reumático", bem poderia ser apodado de "brigada do caruncho", me fez lembrar meia dúzia de "maduros" legionários que se juntavam lá pela minha aldeia de origem, aos Domingos, tecendo loas ao 28 de Maio, exibindo as medalhas, como certificado honroso da sua participação no Golpe, num outro, que eles nunca esqueceram e a que ficaram arreigados, sem que se hajam apercebido que os anos foram passando, que o Mundo já não era mais o mesmo, que o País tinha ideias novas, que, mesmo devagar, muito devagar, como as locomotivas dos comboios a vapor que lhes passavam perto, novos projectos iam surgindo, Portugal já não era o mesmo. E, tanto mais me lembrei, depois de passar os olhos por aqueles rostos do colóquio abrilista, deste tempo que vivemos. Que, ainda que com conversa mais elaborada, com rugas mais disfarçadas, se me afigurou aqueloutro quadro velho. Surpresa nenhuma, que não se alterou nem mote nem refrão, daquelas aves canoras, depenadas, mas, teimosamente, de bico afiado, a esquecerem-se que 50 anos é muito tempo; que, como dizia Gedeão, o Mundo pula e avança entre muitas mãos de outras crianças, que foram crescendo e agarrando o Mundo, que já não é o dos que não dão conta que ele corre célere, como as ideias, como as águas dum rio!

PENSAMENTO

 


DIA MUNDIAL DA TERRA

 Sem fundamentalismos bacocos ou radicalismos oportunistas!



sexta-feira, 19 de abril de 2024

JUSTIÇA

 A Justiça também falha. Umas vezes por excesso, outras por defeito, consoante os pontos de vista. Mas a pressão e os ataques que os socialistas, não sei se para a condicionarem, estão a fazer ao MP, a começar pelo Secretário-Geral do partido, já atingiu um nível intolerável num Estado de Direito.


quarta-feira, 17 de abril de 2024

É O POVO QUE MAIS ORDENA?!

 Isto tem tudo para vir a correr mal.

As Democracias coxas da Europa, ao invés de não fazerem disparates e governarem com zelo e transparência, segundo os anseios dos seus Povos, estão a enveredar por perseguições e actos ilícitos contra partidos que não sejam os que, de há décadas a esta parte, estão a levar a Europa para um fosso donde dificilmente conseguirá sair, com a destruição de, valores duma Civilização que já deu cartas no Mundo e, por tal, era farol para muitas outras.
Por cá, nem me dou ao trabalho de enumerar casos da saga nauseabunda que, desde 2019, vem sendo movida contra o Chega. Só não a conhece quem já tenha perdido a noção das coisas, do Direito e das normas inerentes à Liberdade e à autêntica Democracia. Basta, quedarmo-nos nas "cercas sanitárias", nos insultos e campanhas orquestradas por alguns órgãos a quem ousamos dar nome de "comunicação social", nas inventonas e labéus que brotam como cogumelos em terrenos férteis das esquerdas. A última atitude da Meta, dona do facebook, por exemplo mais próximo, de tentar calar o Chega por 10 anos, para lá do inesperado e tonto "Não é Não", saído das pipas da Política como vinho verde à pressão, até, saindo de portas, à intervenção da Polícia interrompendo um Conferência de partidos conservadores em plena Bruxelas, por decisão dum Presidente da Junta, está a cozinhar um caldo perigoso, provocatório e que, ninguém duvide, irá resultar, isso sim, em radicalismos defensivos e reactivos e que serão liminarmente contrários aos objectivos que todos os desmandos das esquerdas e dos lobis da corrupção instalados na Europa possam pretender alcançar.

Os Povos da Europa já não dormem. Saíram da letargia. Que essas seitas instaladas tenham bem em conta! E que, sobretudo, respeitem a Liberdade e as escolhas de cada Povo

domingo, 31 de março de 2024

PÁSCOA BEIRÃ

 Que só a memória consente!

Por aquele tempo, na aldeia onde nasci, perdida entre os pinhais e os vastos horizontes das serranias, pontuavam três "cultos". O da Igreja e os, mais profanos e terrenos, dos comboios a vapor e, ainda, num estertor anunciado, o dos Minérios, na ressaca dum período áureo, que, por paradoxo, a última Guerra havia propiciado.Para os infantes, dos sete aos dez anos, na idade do pião, dos berlindes, dos ninhos, da bola de trapos e dos joelhos esfolados, a época Pascal era, conjugada com as férias escolares, um período de folguedos e de alegria aromatizada pelos odores da Primavera em flor.Voa-me a lembrança para os dias que antecediam o Domingo de Páscoa. Era o tempo da "reza", um passatempo em que os pares eram sorteados e consistia em cada um, sempre que avistava o "consorte" do jogo, lhe ditar a "reza", em alta voz! Tinha um peculiar pormenor, que consistia em que a "reza" só era válida em campo aberto, sem cobertura, o que, não poucas vezes, para salvaguarda do "castigo", a imaginação infantil, impelia ao cuidado de transportarem um pedaço de telha num bolso dos calções, que levavam até ao cocuruto, sempre que pressentiam o seu competidor por perto.No Domingo de Páscoa, tudo estava consumado. Dos dois, pagava as amêndoas, o que ficasse com a "reza" do seu par!E, são também as amêndoas que me trazem à lembrança de como, por instinto natural, ainda pouco refreado pelas lições da vida, as crianças já transportam nos genes o espírito de competição.A visita pascal, em que o Pároco, o Sacristão e um ou outro paroquiano, percorriam toda a Freguesia, levando, de casa em casa, o Crucifixo e a bênção cristã, era o evento mais apreciado pela pequenada daquela terra lafonense.Em grupos numerosos, que os tempos ainda eram de farta procriação, seguiam a santa embaixada, que se ia fazendo anunciar por uma metálica e alegre sineta, até à entrada das habitações, atapetadas por rosmaninho.À saída de quase todas elas, o Padre António, em passo apressado, que tão curto era o dia para a bênção de tantos lares, com uma mão cheia de amêndoas que retirava dos bolsos largos da batina preta, lançava-as pela calçada, num gesto de lavrador espalhando as sementes por terra lavrada.
- Tenho duas; - tenho três; - tenho cinco..., exclamavam os Zés, os Manueis, os Antónios, os Franciscos e não sei mais quantos putos reguilas e gabarolas, enquanto se continuavam a acotovelar e a esfolarem os joelhos nas areias do granito.Já tarde, quando o sol se ia recolhendo, para lá das terras onde nunca haviam ido, era chegada a hora de encontrar o vencedor.
- Apanhei vinte; - Eu tenho trinta; - São quarenta; São...
Vitoriado o campeão, era chegada a hora dos prazeres do açúcar que, até ao escrutínio final, as amêndoas eram troféus valiosos, intocáveis, com valor similar aos berlindes ganhos, à quantidade de nicas assestadas no pião do competidor, ou à quantidade de ninhos descobertos nas abundantes árvores dos quintais e hortas.Tempos de outrora, de que, a inclemência dos anos, nos foi apartando e que emergem à tona da lembrança nestas quadras onde se celebra Cristo, a Paz, mas, também, a vivência das Gentes desta terra de Santa Maria!
Uma Santa Páscoa, para todos vós!



domingo, 24 de março de 2024

SEM PERDÃO

 Sem perdão, o chorrilho de insultos com que esta Senhora, comentadora dum Canal de TV Público, pago por todos nós, insultou bem mais de um milhão de portugueses.
Isto, sim, são mensagens de ódio, a juntar às já habituais difundidas nas montras mediáticas contra um partido constitucional, que acaba de se afirmar na Sociedade Portuguesa.
Por mais que alguns jornalistas, comentadores e influenciadores mediáticos se não revejam nas suas linhas programáticas, exige-se o respeito pela democracia e, sobretudo, pelo milhão de cidadãos que nelas se reveem.
Insultos miseráveis!  Diria mesmo, caso de Polícia!




domingo, 17 de março de 2024

CELEBRAR O FUTURO

Perdemos mais tempo a celebrar eventos políticos do Passado, do que a cuidar do Presente e do Futuro!

domingo, 3 de março de 2024

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

OS NOVOS PICASSOS


 

O BAILADO DE MACRON

Muitos terão Macron como um líder credível! Respeito mas, não é a minha opinião!O homem que era visita de casa de Putin, que, em 2019 dava a NATO por morta, que, mais tarde, exortou a que Putin não fosse humilhado, vir, agora, inesperadamente, defender o envio de tropas europeias para o cenário de guerra, quando, como sabemos, nem munições têm para a guarnecer, não é estadista credível. Parece mais uma bailarina com passinhos para um lado, para o outro, para trás, para a frente, a rodopiar em bicos de pés. Mais, ainda: uma União Europeia que não tem armas nem munições para fornecer à Ucrânia, mandava os exércitos para a Ucrânia combater com fisgas ou pedras, tipo "intifada"? Que olhe, ele e os demais responsáveis pela Europa, sim, pela Defesa, reanimem as indústrias de fabrico de armas e munições, qualifiquem as forças armadas dos países da União. Não, por objectivos de guerra, de agressão seja a quem for, mas numa perspetiva de Paz, que esta só se conquista quando os hipotéticos invasores, como é o real Putin, quando estes souberem que os países alvos da sua rapina têm meios capazes para se defenderem!


sábado, 24 de fevereiro de 2024

EDUCAÇÃO

 Exames? Para quê?!

Ora, nem mais! Assim é que é, que os futuros homens do Amanhã têm que ser preparados segundo os ditames da Modernidade.
E, depois de aprenderem Inglês, que é o essencial, metem o canudo debaixo do braço e já podem emigrar para qualquer ponto do Planeta!
Ora, aí está uma boa medida!
Então a rapaziada, com tantas Discotecas, Casas dos Segredos, Concertos da Treta, msgs de telemóvel, Jogos na Net, Facebook, Twitter e congéneres têm lá tempo ou predisposição para queimar as pestanas nos livros!
Se não aprenderam, que aprendessem. O que faz falta é andar para a frente, que o que conta são as estatísticas, que este é um País de Sabichões!
Doutorem-nos e concedam-lhes o Diploma em Ciências da "Vida Moderna", "Pra Frentex" ou "Rebimba o Malho"!

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

sábado, 17 de fevereiro de 2024

JUSTIÇA

 Sempre que abordo esta área, lembro-me dum princípio antigo que sempre me acompanhou: prefiro um culpado em liberdade do que um inocente preso!

Agora, vamos ao que me impeliu a bater teclas nesta área. Sem que me adiante muito, partilho convosco o que penso do actual momento da Justiça. É verdade que ela é morosa. Será mesmo essa pecha que a tem diminuído perante os nossos olhos. Mas, desengane-se quem pensa que a culpa é dos agentes que a servem. A culpa está nos políticos e em dois patamares. no Legislativo, pelo excesso de garantismo e no Executivo que lhe não proporciona os meios materiais e humanos para que ela se agilize. O que aliás tem sido bem patente, quer na nomeação de ministros , aparentemente, inábeis para a função, quer na não resolução dos diferendos, que se arrastam há anos, com os oficiais de justiça, peças essenciais da máquina judicial.
Quanto ao que se vai passando, com políticos no activo e outros "emprateleirados" e, sei lá, se alguns ressabiados, a que se podem juntar vozes corruptas afinadas pelos lobis, numa fogachada contra o Ministério Público, em especial, não tenho dúvidas, trata-se dum oportunismo inqualificável de quem só se lembra de mudar tudo, quando o fogo lhes chega à própria barba.
Inaudito o que se passa, tanto que nem foi o MP que manteve detidos o trio da Madeira. Foi o Juiz de Instrução, esse mesmo que, no passado, teve um diferendo com uma procuradora que faz parte do processo e entendeu pela "folha limpa" do trio indiciado.
Quanto ao mais, esperando que me poupem a fundamentação, que a tenho, mas guardo para mim, termino dizendo-vos que, em todo o Edifício da Justiça é mesmo no Ministério Público e nos seus procuradores em que ainda deposito alguma confiança e que poderá ser mesmo o único obstáculo a que o poder político contamine e tome conta de toda aquela Casa da balança.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

JORNALISTAS E JORNALEIROS

 JORNALISTAS versus JORNALEIROS


Passa despercebido a quem não está atento. Por vezes, o sofá conforta e o que importa são as imagens coloridas que nos vão entretendo as vistas e adocicando os tempos mortos.
Quem, com interesse nas causas, nos temas em debate, nas intenções declaradas e nas ideias de quem, de algum modo, tem interferência na vida de todos nós, não deixará de fazer uma destrinça entre jornalistas, enquanto profissionais sérios da comunicação que, enquanto tal, prestam um relevante serviço á Comunidade e aqueles a quem deponho na lapela a placa de "jornaleiros".
Os primeiros são aqueles que, mesmo que senhores da sua própria ideologia, simpatizantes dum ou de outro espaço político, sejam da Esquerda ou da Direita, sabem usar o seu mister, desempenhar a sua missão informativa, com a isenção que se exige a profissionais desta arte. (Cada vez, menos).
Que questionam, que são acutilantes nas perguntas, que despoletam os temas que, no momento, mais possam interessar á Sociedade, sem fazerem do Jornalismo uma pia pessoal dos dejectos das suas convicções, como fazem aqueles "jornaleiros" que, no embrulho das suas questões capciosas, já levam a sua própria resposta, mesmo antes que o entrevistado se possa exprimir e responder.
São estes os "jornaleiros a soldo", os que fazem da carteira profissional, a chave da porta dos seus interesses pessoais ou grupais, ou para satisfação e adulação das suas entidades patronais. Não perguntam, não aguardam pela opinião dos inquiridos. Fazem logo eco das suas certezas, do seu posicionamento, traçam nas rugas cínicas do seu rosto, os esgares da insatisfação pelas respostas que lhes desagradam. Balouçam nas cadeiras, onde pousam os seus rabos raivosos, lançam mais gafanhotos por minuto que as torneiras da EPAL e raiam os olhos de vermelho como se tivessem acabado de sai dum aquário de gorazes!
Isto não é jornalismo sério, sejam os seus fautores de Esquerda ou de Direita. É, antes, uma escola de militantes a soldo que envergonham e desacreditam os que, ainda ouvimos muitos, levam a profissão a sério e sabem respeitar o seu código de Ética com o profissionalismo que se lhes requer.
Que, exercício político e prática democrática, podem exerce-los no seio dos partidos em que acreditam e, sobretudo, na mesa de voto, enquanto cidadãos de corpo inteiro. Que não lhes fica bem, arrogarem-se se sabichões, de seres de outra galáxia, os faróis da sabedoria, quando o seu dever se confina a uma Informação isenta e não a propaganda partidária que cabe a profissionais de outras artes! E que, eles próprios podem exercer noutros palcos.
Se condenamos estes últimos, saudemos os que sabem resistir aos ventos que lhe vão soprando, vão além das suas naturais convicções e levantam bem alto a bandeira da ISENÇÃO, sempre que comunicam no exercício da sua profissão!
Nobre, como qualquer outra!

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

ACTUAL


Foi em 1956 que o filósofo judeu alemão Günther Anders escreveu esta reflexão:

′′Para sufocar antecipadamente qualquer revolta, não deve ser feito de forma violenta. Métodos arcaicos como os de Hitler estão claramente ultrapassados. Basta criar um condicionamento coletivo tão poderoso que a própria ideia de revolta já nem virá à mente dos homens. O ideal seria formatar os indivíduos desde o nascimento limitando suas habilidades biológicas inatas...
Em seguida, o acondicionamento continuará reduzindo drasticamente o nível e a qualidade da educação, reduzindo-a para uma forma de inserção profissional. Um indivíduo inculto tem apenas um horizonte de pensamento limitado e quanto mais seu pensamento está limitado a preocupações materiais, medíocres, menos ele pode se revoltar. É necessário que o acesso ao conhecimento se torne cada vez mais difícil e elitista..... que o fosso se cave entre o povo e a ciência, que a informação dirigida ao público em geral seja anestesiada de conteúdo subversivo.
Especialmente sem filosofia. Mais uma vez, há que usar persuasão e não violência direta: transmitir-se-á maciçamente, através da televisão, entretenimento imbecil, bajulando sempre o emocional, o instintivo. Vamos ocupar as mentes com o que é fútil e lúdico. É bom com conversa fiada e música incessante, evitar que a mente se interrogue, pense, reflita.
Vamos colocar a sexualidade na primeira fila dos interesses humanos. Como anestesia social, não há nada melhor. Geralmente, vamos banir a seriedade da existência, virar escárnio tudo o que tem um valor elevado, manter uma constante apologia à leveza; de modo que a euforia da publicidade, do consumo se tornem o padrão da felicidade humana e o modelo da liberdade.
Assim, o condicionamento produzirá tal integração, que o único medo (que será necessário manter) será o de ser excluído do sistema e, portanto, de não poder mais acessar as condições materiais necessárias para a felicidade. O homem em massa, assim produzido, deve ser tratado como o que é: um produto, um bezerro, e deve ser vigiado como deve ser um rebanho. Tudo o que permite adormecer sua lucidez, sua mente crítica é socialmente boa, o que arriscaria despertá-la deve ser combatido, ridicularizado, sufocado...
Qualquer doutrina que ponha em causa o sistema deve ser designada como subversiva e terrorista e, em seguida, aqueles que a apoiam devem ser tratados como tal ′′
Günther Anders - ′′ A obsolescência do homem ′′ 1956

CHEGA

 


sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

CARREIRA DE TIRO

 A CARREIRA DE TIRO

Nova sessão, mais Umas fogachadas!
Os alvos já estavam dispostos no terreno, quando os atiradores encartados chegaram.
Por entre a meia dúzia de alvos, de mouche reluzente, não podia faltar o do Chega.
A sessão, orientada por uma Instrutora experiente, iniciou-se com os disparos da pressão de ar do Cala Farto. Chumbinho que sai a pressão moderada, mas dirigido ao alvo do Chega.
Continuou, com uns tiros de chumbo nº 7, saídos da caçadeira da Má Fralda, que escolheu o alvo do Chega.
Seguiu-se uma atiradora de larga experiência, a Anabécula, que apenas vai à Carreira, para lhe não perder o jeito e que é mais conhecida por fazer fogo de várias posições: de pé, de joelhos e deitada. Dispara a sua espingarda carregada de cartuchos com zagalotes, por muito tempo, tendo, como os demais, escolhido o alvo do Chega.
Por último, foi o Michel Sobreiro a fazer fogo. Puxou da sua carabina de caça grossa e, perante o espanto dos demais, não fez fogo apenas para o alvo do Chega, mas para todos os alvos expostos, enquanto a Anabécula, irritada e fazendo uso da sua antiguidade nos tirinhos, disparou quantos cartuchos tinha na larga cinta no alvo do Chega, numa cadência e sonoridade que abafou os tiros do Michel.
É, então, que se ouve uma explosão! O cano da espingarda da Anabécula não resistiu a tanta fogachada e rebentou, expeliu gases, deixando no ar um cheiro a enxofre insuportável.
A Instrutora, aflita, deu, de imediato, esta sessão de tiro por encerrada, prometendo outra para breve.
Com o mesmo alvo preferencial, que a Fábrica que sustenta esta Carreira de Tiro, não lhes falta com munições!