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terça-feira, 25 de janeiro de 2022

DEMOCRACIA COM DONOS

 


Os mais novos não o saberão, nem nunca alguém lhes terá dito!. Até seriam bons temas para as aulas de "Cidadania...e não sei das quantas", mas os da minha geração, estarão bem lembrados de como os façanhudos de Esquerda e a Comunicação Social da época, trataram o CDS, em 1974/75. Que eram fascistas, um perigoso partido da Extrema-Direita. Perseguiram-nos, insultavam os militantes, cercavam-lhe os comícios e agrediam os participantes. Acabado de regressar de Moçambique, logo após o 7 de setembro, assisti a tudo, espantado de como a mesma massa humana que pouco tempo antes enchera o Terreiro do Paço em apoio a Salazar e Marcelo, acossava, pouco depois, um partido que tinha no seu programa uma democracia cristã e se dizia do Centro. Quarenta e seis anos depois, mudam os protagonistas, que o Chega é quem está na berlinda dos façanhudos actuais, mas a História repete-se e, não raras vezes, dou comigo a pensar que ainda sou aquele jovem que viu tudo aquilo e que viajou na Máquina do Tempo, (mesmo que coma de outros cogumelos que não os do Tempo), aos anos loucos do PREC e da vergonha que Então se viveu! E se está a repetir! Em 1974/75, depois dos que, numa só noite, descobriram que eram de Esquerda, acusarem Amália Rodrigues de ser "fascista", os portugueses não contaminados pelas catrefadas de façanhudos que iam chegando a Santa Apolónia, gritavam à sua porta "SE ELA NÃO É POVO, ONDE É QUE ESTÁ O POVO"?! Quarenta e seis anos depois, o que vemos? Vemos que o actual líder do PSD se diz do CENTRO, o CDS em fase de evaporação se diz CENTRO, se os Mídia e os que se arrogam dominar a Ciência Política, dizem que até o PR é do CENTRO, fica a minha questão: Onde está a DIREITA, em Portugal?! Ah, já sei, ela existe, está a preencher o espaço deixado por alguns tontos do Centrismo, mas a esses convém rotulá-la de Extrema Direita!

É bonito, soa bem no actual Coliseu político, mas o resultado está à vista!

E, vão sobrando motivos para que os apoiantes do André Ventura perguntem SE O CHEGA NÃO É A DIREITA, ONDE È QUE ESTÁ A DIREITA?!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

O MEU AMIGO COMUNISTA

 Estávamos em pólos ideológicos diametralmente opostos. Andámos duas décadas a esgrimir pontos de vista. Concordávamos algumas vezes (poucas), extremávamos posições na maioria das vezes. Pelejávamos com o verbo, que ele dominava de forma superior, perdíamo-nos em longos debates de ideias e, não poucas vezes, quem nos lesse pensaria que o palco da batalha política se disputava no campo pessoal. Nada disso, ele defendia o seu comunismo de forma inabalável, eu a minha área de democrata cristão, avesso ao que, fazia questão de lho dizer muitas vezes, aceitar uma Sociedade de utopias. Sempre cordial, acabávamos as discussões com a mesma elevação como sempre nos relacionámos nesta bancada virtual. Eramos amigos e o respeito estava num patamar superior a todas as diferenças ideológicas.

Homem culto e, mesmo sem sair da sua trincheira política, sabia argumentar sem ferir, condimentar ideias com humor.
Em suma, apetece-me dizer que aquele meu amigo comunista, deixa um vazio neste espaço virtual onde interagíamos.
Mudou de espaço, de forma inesperada e, corroborando o qualificativo de um amigo comum, perdeu-se neste palco terreno, um HOMEM BOM!
Repousa em Paz, amigo Jorge Bártolo Wager Russell.
Mena Pires

sábado, 1 de janeiro de 2022

CANTAR AS JANEIRAS

 Um grupo de executantes da Banda do meu torrão natal, vai cantar as Janeiras pelas Freguesia, no intuito de arrecar verbas para um novo fardamento!


JANEIRO

 Estamos, mais uma vez, em Janeiro. Cabe-nos a nós evitar que seja igual ao das últimas décadas! O voto é uma arma!

Surge janeiro frio e pardacento
Surge janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.
Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.
E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,
Também faz o pequeno “sacrifício”
De trinta contos – só! – por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.
José Régio

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