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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

António Barreto, "de peito aberto"...

... e "estendendo as mãos" à realidade portuguesa, àquela que não é a da Alice no País das Maravilhas.
Com a visão e frontalidade a que já nos habituou!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O Colégio Militar e a polémica recente

O Colégio Militar, uma instituição com mais de dois séculos de vida, é, reconhecidamente, um estabelecimento de ensino de excelência. Os jovens que o frequentam durante oito anos recebem ali uma formação cívica, académica e física, muito acima da média, comprovada pelas inúmeras individualidades que se foram notabilizando, pela sua competência e brio, ao longo de muitos anos, na sociedade Civil e Militar.
Primando pela disciplina e espírito de corpo, sempre se soube do seu rigor e exigência, próprios duma educação com algum pendor militar, onde se privilegia a ética, a lealdade e a honra, e se cultivam os valores próprios de homens de corpo inteiro.
Desse rigor e exigência são esclarecidos, e avisados, todos os pais que decidem confiar o futuro dos seus filhos naquele estabelecimento de ensino. Os que o fazem procuram garantir aos filhos o equipamento indispensável que lhes permita a escalada do futuro, cada vez mais incerto neste mundo conturbado em que os jovens fazem a sua caminhada para a vida adulta.
Conhecidos são os exigentes regulamentos internos do C.M, que, da repreensão escrita à expulsão, mais não são do que instrumentos destinados a formar homens com carácter e responsabilidade.
A realidade nacional, dá-nos a conhecer um panorama generalizado de violência dentro e fora de muitas escolas. Não nos é difícil, se a tal nos dispusermos, assistir ao tráfico e consumo de drogas nas imediações de alguns desses estabelecimentos, de cujo interior nos chegam constantes notícias de agressões entre alunos, destes aos professores e, até, destes últimos aos seus discípulos.
Nada de similar se passa no Colégio Militar e as tão empoladas agressões de graduados (alunos mais velhos) aos mais jovens, a quem incumbe guiar, ajudar e dar conselho, não passando de casos pontuais, geridos e punidos internamente, num todo de mais de 400 alunos, não alteram, minimamente a imagem que tenho daquele estabelecimento de ensino, da responsabilidade do Exército, que acolhe, indistintamente, filhos de militares e civis.
E todo o alarido, com o diapasão próprio das televisões, não passa, na minha perspectiva, dum soez aproveitamento por parte de grupelhos que sempre hostilizaram tudo o que às Forças Armadas diga respeito. Ou porque detestam a ordem e a disciplina ou porque não colhe no seu catecismo ideológico que neste País se formem homens com valores e coluna vertebral.
Já não são de agora as movimentações raivosas contra o Colégio Militar. Remontam ao período pós 25-A, encabeçadas por gente que gira na órbita da extrema esquerda radical.
Neste contexto, não surpreende que o Bloco de Esquerda tenha anunciado há dias, pela voz de Fernando Rosas, conforme de leu na comunicação social, estar aquele partido a "organizar uma iniciativa conjunta com as famílias, uma intervenção pública...". E lá estavam, no dia seguinte, numa manifestação encabeçada pela bloquista Ana Drago, 3 mães de alunos, uma das quais, a mais mediaticamente exposta, mãe de um ex-aluno que esteve no Colégio um período lectivo (menos de três meses) e que, palavras suas, ainda hoje repetidas, de viva voz, na TVI, é um "menino da mamã").
Conhecedores desta "manifestação" a quatro, depressa compareceram, em sinal de desagravo, dezenas de pais e familiares de alunos e ex-alunos, que foram unânimes em dizer que estavam ali para proteger os seus filhos, denunciar a campanha e repetindo o quanto se orgulham e sentem satisfeitos por saberem da segurança e competência dum Colégio que sempre apostou numa sólida e integral formação dos seus alunos.
Que os excessos existiram, não ponho em dúvida. Que foram punidos internamente, também é sabido. Que as mães têm todo o direito de mover acções judiciais contra os supostos agressores dos seus filhos, ninguém poderá refutar.
O que estranho, ou talvez não, é que as excepções detectadas a uma normalidade de são convívio no seio colegial, por mais exigente e disciplinadora que seja, hajam colhido um aproveitamento tão insistentemente badalado no espectro mediático, numa provável tentativa de desgastar a imagem dum estabelecimento de ensino que devia ser exemplo neste país onde a Educação não encontra o seu caminho ideal e a quem , volto a reafirmar, confiaria todos os meus filhos.
Valorizaram-se as excepções, empolaram-se eventuais exageros, numa busca intencional de encontrar, a todo o custo, um qualquer calcanhar de Aquiles.
Que, sei, não abalarão os valores e objectivos que sempre nortearam o Colégio Militar.
Mesquinhez, invejas, preconceitos sociais?
Não sei!
Sei, isso sim, como todos os que o conhecem, que o Colégio Militar ocupa uma vasta área em zona nobre de Lisboa, paredes meias com o Estádio da Luz e Centro Comercial Colombo, junto à 2ª Circular, inferindo-se do valor daqueles terrenos e dos interesses imobiliários que lhe poderão estar associados.
Qual a mola precursora de toda esta "fogachada" ?
Provavelmente, nem o cruel "deus", recém-germinado do febril ovo mental de Saramago, nos poderá responder!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Unindo as margens

Madrugar em Cacilhas, amanhecer em Lisboa, sorvendo a brisa no despertar do Tejo!


sábado, 24 de outubro de 2009

Frases de platina!


Medina Carreira, que muitos dizem ser um pessimista militante, é um economista descomprometido com o poder. O seu desassombro de opinião liberta advém do facto de não se perfilar para qualquer convite governamental ou outro cargo público de relevo. Dirá mesmo o que outros especialistas e comentadores pensam e não dizem por ser politicamente incorrecto e lhes poder afectar um futuro lugarzinho numa qualquer empresa pública ou teta estatal.
A esses, responde que não é pessimista e que lhe chamam assim porque, para lhe responderem, tinham de ir trabalhar, estudar os números.
São de sua autoria as frases de platina que registo e pesquei duma sua entrevista ao Expresso, de 24/10.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A Defesa em boas mãos!



Já por aqui havia sugerido que se oferecesse um mangual para mandar o homem malhar na eira.
O PM não aceitou o meu alvitre e ei-lo promovido a "malhador-mor", sem mangual, mas com Chaimite, Pandur e toda a metralha do paiol nacional.
Só me faltava ver isto! Já nada me espanta neste país!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

No Futebol, também?!

Ainda não entendi bem o acordo ibérico estabelecido para a candidatura conjunta ao Mundial de Futebol.
Transcrevo do JN:

A candidatura ibérica à organização do Campeonato do Mundo de 2018 ou 2022 terá um orçamento a rondar os sete milhões de euros.

A informação foi revelada em Zurique, Suíça, pelo presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Angel Maria Villar, que também preside à fundação da candidatura.

De acordo com o orçamento elaborado pelos representantes dos dois países, 60 % daquele valor será coberto pela entidade federativa espanhola e os restantes 40 % pela sua homóloga portuguesa. Contas feitas, os espanhóis entrarão com uma verba próxima dos 4,2 milhões de euros, cabendo a Portugal "inventar" os restantes 2,8 milhões de euros. A esse propósito, Gilberto Madail, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, adiantou que tem vindo a estudar formas de suportar a "fatia" que cabe à parte lusa. "Temos vindo a pensar, vamos ver quanto vai custar", disse o líder federativo português, ainda em Zurique. "Também temos contactado entidades privadas. Temos de ver de onde vem a nossa origem de fundos. Temos de fazer parcerias com a parte privada e com o próprio Governo", admitiu, ainda, Gilberto Madail.

Entretanto, se entendi bem as últimas notícias, serão apenas 3 os jogos a disputar em Portugal, sendo todos os outros, incluindo a final, em Espanha.

E começam, logo aí, as minhas dúvidas quanto aos benefícios de mais este "casamento" luso-espanhol.....

O que me levou a recordar o que plantei nas margens do Vouguinha inicial, em 2007:

sábado, 10 de Novembro de 2007

De Espanha....

Eu sei, pelas décadas já vividas, e muitos anos atentos, que só o simples facto de ilustrar o texto com esta primeira imagem poderá provocar comichosa sarna politica nalguns leitores que por aqui passem o olhar curioso.
O simples evocar dum símbolo pátrio, despoleta essa, nem sempre sentida, raiva em mentes com esquerdistas complexos, em ex-fascistas convertidos, há trinta anos, em revolucionários sanhudos e em ressabiados apátridas.
Surpreendido fiquei ao não ouvir o eco dessas serôdias reacções quando os "Lobos" cantaram com garbo, e de garganta viva, o nosso Hino!
Não invento, ao afirmar que muitos dos intelectualóides que pululam por essa Esquerda rançosa não deixaram de os conotar com exacerbados nacionalistas ou perigosos atletas de Extrema Direita.
Qualquer incauto português que exalte os valores pátrios ou exorte os seus símbolos, sujeita-se a esse vulgar labéu!Aplicada que está a vacina contra esse surto epidémico, mas da moda, passo ao que ora interessa.


Já por aqui fui vertendo a opinião de que o nosso destino europeu é inevitável e não há mesmo como retroceder. Entrámos num barco sem retorno e nem o risco corremos de sermos atirados borda fora.
Estamos de corpo todo na grande sociedade europeia e cumpre-nos acompanhar e participar na marcha do grupo.
Isso implica, como é inexorável e de honra, que, enquanto membro, de plenos direitos e deveres, da União Europeia tenhamos que cumprir as normas decididas e aprovadas pelo conjunto das nações que a integram, nos planos político, económico e social.
Mas, também, sabemos que numa União de Estados, todos estamos subordinados ao "todo" e a nenhum Estado em especial, subalternizado por qualquer dos membros que a integram.
E é neste pormenor, ou nem tanto, que a nossa ancestral subserviência me parece vir aflorando, remetendo-nos ao velhinho trauma de menoridade.
Menoridade ou outros obscuros interesses grupais que, por decisões, ou indecisões, ao mais alto nível dos políticos, vão permitindo que os nossos vizinhos espanhóis se arroguem do, não menos antigo, tique de paternalistas.
E, os que têm estado atentos não deixarão de perceber que os interesses políticos, económicos e, até, territoriais de Espanha, se estão a sobrepor aos desígnios do nosso País.
São as grandes empresas espanholas, com os centros de decisão para lá da fronteira, a controlarem a nossa actividade produtiva, com domínio substancial na área da Indústria, na área do Comércio e, até, na área do fabrico e comércio de explosivos civis. O que, como é óbvio, só será possível com a conivência de grandes "vultos" da nossa Praça!

E, parece já estar em marcha, a fase de apropriação de território, quando nos é dado conhecer que instituições bancárias, de capitais públicos espanhóis, acenam aos "nuestros hermanos" com empréstimos de juros baixos, simbólicos, desde que o capital seja aplicado na compra de herdades no Alentejo ou terrenos da serra algarvia!

A pressão é ora mais avassaladora e não lhes estará a faltar o apoio e incentivo por parte dos nossos timoneiros. Como se o almejado controlo ainda não era total, o factor IVA vem-se encarregando do resto: as zonas raianas de Portugal, de há anos a esta parte, estão, economicamente, à mercê de Espanha. É lá que engordam a bolsa dos nossos vizinhos, na aquisição de produtos que, deliberadamente ou não, o nosso IVA encarece!

Diria que esta realidade até nem seria trágica se viesse a ser a saída da míngua a que o Povo Português vai sendo votado, mas sabemos que o não é nem será. Quanto muito, será um chorudo amealhar de capitais para meia dúzia de judas portugueses "espertalhões" que de tudo isto beneficiam com o bolo da traição.

Delirante a perspectiva a que acabei de tentar dar expressão? Será.....mas não mais que a aventada por um dos, no início do texto, aludidos intelectuais, o Nobel Saramago!

Alguma atenção e o futuro próximo se encarregarão de aclarar este meu ponto de vista. E, espero bem, ter lido mal os sinais!...



Cá estaremos, para sabermos melhor....





terça-feira, 20 de outubro de 2009

Procurai saber....




...quão modesta é a reforma atribuída a este "pobrezinho" franciscano e quantos necessitados ele ajuda, em obediência à sua santa Ordem!
Dizei vós, que o Vouguinha tem vergonha!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Roubo das "esmolas"


Nunca esperei qualquer reconhecimento ou gratidão patriótica por parte dos poderes auto-intitulados revolucionários emergentes do 25-A, nem, tão pouco, das novas elites "democráticas" que com eles partilharam ou se lhes seguiram no poder. Para quem, não o esqueci, a palavra Pátria era letra morta e reaccionária, sem sentido válido.
Foi gente desta, e seus herdeiros políticos, quem se demitiu da responsabilidade de honrar, com a dignidade que lhes era exigida, não só os que em nome dela tombaram, mas também os que a serviram, no cumprimento dum dever, fosse qual fosse a justeza da guerra que não provocaram e para onde foram lançados.
Os mesmos que, não se nos apague a memória, abandonaram ou entregaram, deliberadamente, milhares de combatentes africanos que lutaram sob a nossa bandeira, irmanados na mesma luta, à chacina vingativa dos seus algozes, revolucionários da pacotilha do Mao e opressores dos povos de que se proclamavam libertadores, conforme se veio, tristemente, a constatar logo a seguir às independências.
Não esperava, mas veio a "esmola", tardia, envergonhada e, demoradamente, regateada. Que, não valendo pelo cunho material, surgiu para os ex-combatentes como sinal confortador por parte dos poderes instalados com a abrilada de 1974 e que sempre os haviam marginalizado e olhado de soslaio.
Vamos aos factos.
Para melhor explicitação, recorro ao meu caso pessoal, não por manifestação egoísta, apenas por poder apoiar-me em dados mais concretos, mas que estará em plano similar ao de muitos milhares de ex-combatentes.
Em Maio de 1989, na minha condição de funcionário público, requeri a contagem do tempo de serviço militar. Foram-me contados 5 anos 8 meses e 15 dias de serviço, que implicaram uma dívida à CGA de 63.020$00, a qual fui pagando ao longo de 6o meses.
Em má hora o fiz, pois, aos sessenta anos de idade, fui aposentado com nada menos que 52 anos e 4 meses de tempo de serviço contável (abdiquei de mais de 8 anos de aumento do tempo de serviço a que tinha direito pelo desgaste da profissão) e 43 anos e 10 meses de descontos efectivos àquele organismo, não tendo, assim, qualquer necessidade do tempo militar para efeitos de reforma.
Decorria o mês de Novembro de 2008, um dia próximo de mais um aniversário, quando constatei que a minha pensão vinha acrescida de € 171,96, correspondentes a um denominado Acréscimo Vitalício de Pensão. Alguém da família gracejou que aquele "matabicho" anual me daria para pagar o programado jantar de aniversário, com bolo e velas incluídos!...
E não pude evitar que me aflorasse à memória o quanto me haviam custado, quase duas décadas antes, os descontos para pagamento do tempo de serviço militar, considerando que, há vinte anos, mais de mil escudos mensais durante 60 meses representavam substancial fatia do meu vencimento de então.
Agora - por coincidência (?) logo após os três actos eleitorais -, mas um mês antes do aniversário, acabo de ser notificado que o referido AVP anual baixou para os € 112,20 (ilíquido, pois sujeitos a IRS). E não deixei de retribuir a ironia familiar do ano transacto, informando que este ano seria suprimido o bolo, as velas...e alguma boa disposição.
Evidente, e quero deixar bem frisado, que não é o valor monetário que estou a a valorizar neste desencantado desabafo. Nada disso!
O que está em causa, e de novo, como assombração eterna, e mágoa atroz que dói mais que um estilhaço de morteiro, que nos acompanhará até aos resto dos dias - e porque no dizer dos próprios "em Política o que parece é" -, é o retomar dos sinais de animalesco desprezo que este poder, estes poderes, sempre demonstraram nutrir pelos ex-combatentes.
Algo que, convenhamos, me não deveria surpreender quando sei, tal como já deixei expresso, reconhecimento algum pode um combatente esperar duma classe política, com destaque para o partido no poder, onde, ao longo dos anos de "democracia", se foram acoitando desertores, traidores, cobardes e outros oportunistas, promovidos nas carreiras e apaparicados por actos dum passado que nos envergonham e aviltam.
A mim, e a muitos dos ex-combatentes, não dão "esmola". Fizeram foi um "assalto" à caixa que se viram forçados a entregar-nos, por pressões partidárias.
O que nunca pagarão a todos os que combateram em nome da Pátria, é a enorme dívida que esta contraiu para com aqueles que arriscaram a vida ou verteram sangue por ela, comprometeram a saúde e projectos de vida.
E, porque considero este corte no subsídio uma manifestação de desprezo e ofensa aos ex-combatentes, o que exijo, sobretudo, é o que não consta nem no dicionário humano nem no léxico político de alguma dessa "gentalha": RESPEITO!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Autárquicas em Lafões

Votação para as Câmaras Municipais:
Por terras do Vouguinha, no coração de Lafões, uma onda laranja inundou as margens dos três concelhos. Em São Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira deFrades foram eleitos, com maiorias absolutas, para mais um mandato, os três Presidentes de Câmara que já se encontravam a exercer o cargo. Todos eles candidatos pelo PSD.
O Bloco de Esquerda, pela primeira vez, foi a votos na Região. Tendo concorrido às Assembleias Municipais dos três concelhos, apresentou, também, candidato à Câmara Municipal de São Pedro do Sul. Os resultados foram modestos para este partido estreante. Ainda assim, conseguiu eleger dois deputados à Assembleia Municipal de São Pedro do Sul.
Mais do que os resultados, importa deixar nota do civismo com que decorreram os actos eleitorais em toda esta Região de Lafões.
E, que saibamos, nenhum dos eleitos se vingou das opções partidárias dos familiares dos funcionários autárquicos. Não foi ainda encontrado nenhum pedreiro a partir pedra sozinho na Serra do Caramulo, no Monte do Castelo ou na Serra do S. Macário. Muito menos, cantoneira camarária nomeada dama de companhia dos canídeos do Vale do Vouga!
Se por mais não for, valha-nos isso!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Desempenho escolar em Lafões


Sei bem que há factores condicionantes a uma apreciação séria do desempenho escolar nos diversos estabelecimentos de ensino.
Ainda assim, não deixam de ser indicadores válidos e a tomar em consideração os resultados dos exames nacionais, a nível do Ensino Básico e Secundário.
Na Região de Lafões, e mais uma vez, é justo que nos congratulemos com o desempenho da Escola Secundária de São Pedro do Sul, que, no ranking dos 606 estabelecimentos de ensino, se posicionou num honroso 135º lugar, sendo, das escolas de todo o distrito de Viseu, a 4ª classificada (3ª, considerando apenas as públicas).
Este mesmo estabelecimento, que também ministra o 3º Ciclo do Básico, obteve o 9º lugar(6º nas públicas) entre as 62 escolas com Ensino Básico, a nível distrital.
Mas, ao nível do Básico, os parabéns vão para a Escola do Ensino Básico de Oliveira de Frades, que se cotou com o 2º lugar das escolas públicas do Distrito (4º, entre públicas e privadas), com realce para o desempenho na disciplina de Matemática.
Os estabelecimentos de Vouzela, neste ranking, quedaram-se por resultados mais modestos.
No global, o Vouguinha congratula-se com o bom desempenho escolar na Região de Lafões, só possível com o esforço de alunos, pais e corpo docente.

domingo, 11 de outubro de 2009

Morte na política...


...ou autoritarismo, com arrogância e violência são fenómenos que não jogam bem com Democracia, essa Senhora que tem curvas sinuosas e tanto pode mover-se por amplas auto-estradas de Liberdade, como por estreitos caminhos de intolerância. É vasto e amplo o leque com que se abana, quando se sente sufocada, mesmo por aqueles que a dizem amar e lhe chamam sua.
Não posso saber se o candidato pelo PS a uma Junta de Mondim de Basto, o alegado homicida do marido da candidata do PSD, agiu em nome desses desvios intolerantes ou dando vazão a intrínsecos instintos pessoais de violência.
Fosse qual fosse a motivação, é algo que perturba o clima de paz e de concórdia eleitoral que já se viveu, a seguir ao PREC, este último, um período a que poderemos, pelos sinais dos últimos anos, e pelo comportamento dos actores políticos, voltar sem que muito boa e responsável gente se aperceba.
Poderei, e espero que se confirme, estar equivocado ao estabelecer fios condutores no cadinho político, mas não me contive em repescar algo que já por aqui escrevi a propósito do autoritarismo, e de que realço:

Os vírus do autoritarismo pegam-se e são perigosos. Podem resultar em pandemia!...



Sexta-feira, 25 de Setembro de 2009

A brincar, a brincar...


... é que o tupili......

A notícia: No Porto, onde PS e PSD realizaram arruadas no mesmo local e quase à mesma hora, alguns apoiantes envolveram-se em pequenas escaramuças. Segundo um repórter, tudo terá começado quando uma militante socialista sacou do cartão do PS e o ostentou junto ao nariz duma social-democrata.
Especulo eu que esta se não terá posto em sentido, nem esticou o braço, do que resultaram agressões à bandeirada por parte da identificada, que não viu respeitada a sua autoridade rosa.

A dúvida: Das hostes da militante de cartão, teriam acorrido os homens de braçal vermelho, tanto em voga num antigo partido alemão de má memória?

A certeza: Os vírus do autoritarismo pegam-se e são perigosos. Podem resultar em pandemia!...
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Para terminar, deixar apenas uma nota final: num país que é um autêntica fábrica de leis em série e tudo, e todos, se controla, por decreto, na vida e hábitos dos cidadãos, seria bem vinda uma Lei que obrigasse todos os candidatos a políticos e a cargos públicos, a estágio intensivo de boas maneiras, de Ética, Honra e Dignidade. E, porque o exemplo vem de cima, a começar por todos os discípulos do partido no poder!
Condolências à Família enlutada, a única que, no final, estará a sofrer os efeitos dum acto tresloucado, na luta pelo poder a qualquer custo!
Tudo isto quando a intolerância, de mãos dadas com a insegurança, ganham miseráveis pontos neste Estado a que, teimosamente, continuamos a denominar de Direito!

sábado, 10 de outubro de 2009

La Violetera da Rosa





Com vistas para o Tejo, nesta Lezíria da Rosa, foram violetas as preferidas para o apressado colorido dum jardim da terra.
Azáfama pouco vista, em que grupos de numerosos e empenhados jardineiros de circunstância, dispunham pequenos vasos floridos, que iam retirando de tabuleiros, em canteiros improvisados.
Não sei se é a época ideal para plantar violetas, o que pressinto - a exemplo de outras ocasiões com urnas -, é que aquelas viçosas e perfumadas "florinhas", que encantam e convencem qualquer vista menos atenta, murcharão, tristes, de vida efémera, a partir da próxima Segunda-Feira.
Daqui a quatro anos, ou dois se houverem antecipadas, e se as divindades o permitirem, poderei voltar a emoldurar um novo quadro de jardineiros e violetas vivas neste fotogénico e fugaz canteiro da Rosa.
A menos que a Santa Constituição faça acompanhar o pré mensal duma auscultação ao Zé. A ser assim, a Junta deste rincão onde tenho pousada bem poderia denominar-se La Violetera!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O BAZUCA - Não há amigo que eu não "veja" pela voz!
















Em 1971................................................................. Quase 40 anos depois


1971. Vivia-se mais um ano da guerra. Nas fraldas da Serra Mapé, na povoação de Muaguide, em Cabo Delgado, estava sediada uma companhia militar composta, na sua maioria, por naturais ou incorporados em Moçambique. Era, também, naquele quartel que o Grupo Especial (G.E.) 201 tinha a sua base de actuação. Com cerca de sessenta homens escolhidos entre milícias, recuperados e elementos da população, esta força era enquadrada por quadros do Exército.
Um dos grupos de combate da Companhia, era integrado pelo Furriel Basílio, mais conhecido pela alcunha de Bazuca. Era um dos mais joviais, divertido e de relacionamento fácil e com um espírito de companheirismo muito acima da média.
Dele guardei sempre recordações marcantes daquele ano de brasa em que partilhámos alguns momentos de risco, mas, também, situações de são convívio e amizade.
Lembro que, nos curtos períodos que, entre operações, o G. E. por mim comandado regressava à base, ao quartel comum, para repouso de alguns dias, era sempre recebido com um convite do Bazuca para um petisco especial que ele previamente organizara e que, via de regra, constava duma carilada, dum cabrito ou frango de churrasco (à cafreal, como dizíamos), regado sempre por um garrafão de Aveleda, o "cabeça de giz", como era denominado entre o pessoal.
Todas essa situações, entrecortadas por umas disputadas sessões de King, foram reforçando os laços de companheirismo e amizade que se vieram a manter para lá dos anos de luta.
Uma das picadas mais perigosas da zona de actuação comum, liga Muaguide ao Meluco(Kuero), uma zona que era, desgraçadamente, marcada pelo constante "semear" de minas e emboscadas por parte dos guerrilheiros da Frelimo.
Tal realidade obrigava a que se procedesse a uma "picagem" e escolta de viaturas, numa média de duas por semana, sempre que uma coluna rodava por aquele itinerário. Essa missão era incumbida a uma força da companhia, normalmente, por escala.
Em data que não consigo recordar-me, mas que andará por meados de 1971, estava eu na mata com o G.E., a norte do aldeamento de Sitate, a zona das minas e emboscadas, numa acção de detecção de grupos de guerrilha que utilizavam aquela região para se infiltrarem para sul.
A operação decorria sem algum contacto até que, às primeiras horas do segundo dia de progressão, fomos alertados pelo som de prolongada metralha, tiros e morteiradas, a meia dúzia de quilómetros , a sul do local onde nos encontrávamos.
Não tivemos dúvidas: tratava-se de mais uma emboscada na fatídica zona dos cajueiros. E foi em passo de corrida, em formação de batida, que nos dirigimos para o local, no intuito de interceptar os atacantes na retirada e socorrer os emboscados.
Chegados à picada, lá estava o Furriel Bazuca e o pessoal do seu grupo, ainda pouco refeitos da acção inimiga.
Dirigi-me a ele e notei-lhe um semblante de sofrimento que me levou a pensar o pior:
- Bazuca, que tens, estás ferido?!
- Olha o meu relógio, olha o meu relógio! -
respondeu-me, em tom agitado e nervoso.
Preocupado, imaginei que estivesse ferido no pulso e que fora uma bala ou estilhaço a desfazer-lhe o relógio.
- Mas estás ferido?
E a resposta chegou-me, com alívio e não menos espanto:
- Não, pá! Parti-o ao atirar-me para o chão, mas era um relógio novo!...
O tempo foi passando, esquecido o incidente, depois de outras emboscadas e minas, outros momentos de descontracção e convívio no quartel se seguiram.
Decorria o mês de Dezembro do mesmo ano, já eu recebera a esperada notícia de que nos primeiros meses de 1972, acabaria a minha "guerra", o Bazuca e a sua Secção saiu cedo, se me não falha a memória, para abastecer os homens destacados junto ao Moja para protecção duma ponte estratégica na estrada de Macomia-Ancuabe. Sentava-se ao lado do condutor da primeira viatura, seguido por um Unimog 411, com o restante pessoal.
Ainda não era passada uma hora, encontrava-me na parada do quartel, quando me apercebo que uma das viaturas se aproximava em marcha louca, com o condutor, o Cascais, esbracejando e gritando:
- Emboscada, emboscada!
Interrogado pelo destino da outra viatura e dos homens, disse não saber. Deduzi que, enquanto a primeira viatura, onde se deslocava o Bazuca, havia caído na "zona de morte", a da rectaguarda conseguira recuar antes de a atingir.
Reunidos alguns homens disponíveis, na viatura do Cascais e numa Berliet, acelerámos em direcção ao local do ataque, a menos de quinze minutos da base, entre o aldeamento de Incocotelo e o do Moja.
No local, nem sinais do Bazuca e dos seus homens, nem, tão pouco, dos atacantes. Seguimos em direcção ao Moja, onde já se encontrava o pessoal emboscado. O Único ferido era o próprio Bazuca, com uma bala alojada no braço que inchava assustadoramente.
Sem condições de assistência local e porque urgia a sua rápida evacuação, o capitão que comandava a companhia decidiu pelo avanço até Ancuabe, onde existia um aeródromo improvisado. Avançámos e aguardámos a chegada dum avião civil - penso que pilotado pelo José Quental - e embarcámos o Bazuca, em profundo sofrimento.
E não esqueço, no momento em que entrava para a aeronave, o desabafo que lhe saiu titubeante, mas com ironia:
- Porra, Branquinho, antes fosse mais um relógio!
Não voltei a encontrar o Basílio, em Moçambique. A guerra havia acabado ali para ele e, um mês depois, para mim.
Anos mais tarde, já em Lisboa, quando tive a enorme alegria de o encontrar, sem mazela de monta no braço atingido, o Bazuca estava invisual, por problemas relacionados com diabetes.
Mantinha, e mantém, o mesmo espírito amigo e brincalhão, dando prova da sua força de encarar a vida e os seus reveses. E não me surpreendi, quando, em resposta a uma alusão minha ao seu "azar", me respondeu:
- Não te preocupes, não há amigo nenhum que eu não "veja" pela voz!
E assim é, de facto. Nos encontros anuais em que juntamos dezenas de ex-combatentes, não há um que ele não reconheça, logo à primeira saudação.
Não se perdeu a sua alma solidária. Nesses encontros é ele próprio um dos impulsionadores e quem mais anima os companheiros que, também por isso, o estimam como a um irmão.



segunda-feira, 5 de outubro de 2009

XI Encontro dos ex-combatentes de Muaguide, Cabo Delgado, Moçambique



Operação Memória!

São aos milhares, por todo o País, os encontros das muitas unidades que prestaram serviço militar nos ex-estados ultramarinos.
É a catarse dum passado comum a vários grupos de homens que, no cumprimento dum dever pátrio, compartilharam os mesmos locais, as mesmas emoções, iguais alegrias e tristezas, momentos de euforia e de pânico e de algumas dúvidas e certezas. A argamassa que os deixou unidos para lá dos tempos.
Sendo um almoço o cartão de visita destes encontros, por norma, come-se pouco. É sempre curto o tempo para se evocarem os momentos que cada um dos convivas tem como seus e que gosta de partilhar com os demais companheiros.
Desfiam-se recordações, apela-se à memória e revivem-se, em catadupa, situações de guerra e de paz que mais vincaram a alma de cada um dos companheiros de jornada.
Não se afastou desta realidade o XI Encontro dos ex-combatentes da 1ª C/BCaç 20, uma das chamadas unidades de guarnição local e que tinha por base Muaguide, Cabo Delgado, nas fraldas da Serra Mapé. Àqueles se associaram os dois primeiros comandantes do G.E. 201, ali sediados.
Desta feita, em Lisboa, juntaram-se cerca de 70 convivas, na maioria ex-combatentes que foram servindo naquela guarnição, mas também muitos familiares.
Para alguns deles, o emotivo reencontrar de muitos camaradas que se não viam desde os tempos da guerra, já lá vão quase quarenta anos; para outros o retomar dos elos que já se vêm estreitando nos dez convívios anteriores.
Ao encontro não faltou um dos comandantes. Por acaso, ou talvez por isso, um dos mais carismáticos capitães que dirigiu os destinos daquela Companhia de rendição individual. Na vetustez das suas oito décadas de vida, disse "presente" e couberam-lhe as últimas palavras emotivas, no final daquela reunião de maduros que tiveram por palco comum e solidário alguns anos da sua juventude; em situações de perigo e que lhes reforçaram laços de amizade.
Foram lembrados, e celebrada a memória, dos que tombaram, mas programou-se o próximo Encontro dos que, no próximo ano, esperam voltar a rever os companheiros que vão resistindo com vida e não esquecem, nem se esquecem, 40 anos depois!
Honra aos que partiram. Longa vida aos que os recordam!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Há sinceridade nisto? Não há, não há!


Na campanha das autárquicas já começou a carniça de golpes baixos, os mesmos que já haviam sido servidos em, fartas doses, no decorrer das Legislativas. E, ao que se vai vendo e ouvindo, não lhe falta, também, a demagogia populista.
Podia ser Santana Lopes a abrir o naipe das politicas sujas. Não foi. Veio de António Costa o primeiro golpe baixo.
Fosse eu comentador ou analista político, desses que sabem tudo e são os donos inquestionáveis da verdade e sempre nada lerdos a dissecarem afirmações desta natureza, diria que foi uma jogada miserável, demagógica e populista, acusar Santa Lopes, seu concorrente na corrida por Lisboa, de ter planos para retirar o terreno destinado ao instituto Português de Oncologia para lá implantar um Divertimento.
Pior ainda, quando repetiu, frisando bem, no que eu interpreto como uma clara manipulação dos mais caros sentimentos das pessoas, que era do cancro que se tratava e da luta contra essa terrível doença!...
Como se alguém de bom senso e menos permeável a estas atoardas ficasse convencido que o seu adversário político é insensível à doença dos seus concidadãos, prejudicando o combate a esse monstro que é o cancro!
De facto, na luta política, estamos sujeitos a ouvir muitas monstruosidades!
Mas ainda a propósito do duelo Costa-Santana, sendo que não nutro qualquer simpatia política por qualquer deles, seria interessante saber se não são "encomendas" - e se são, quem as faz - as notícias diárias que o C.M. vem publicando, na repescagem de casos com meia dúzia de anos, como a de ontem a propósito do Parque Mayer e a de hoje com o caso dos acordos com Sporting e Benfica para a construção dos novos estádios. Importava saber da substância destes "casos" e quem tem interesse no seu fabrico.
É que já vimos destes golpes nas Legislativas e sabemos que os sujeitos do benefício são sempre os mesmos!
Ali, mais para a região saloia, em plena acção de campanha por Sintra, a deputada europeia Ana Gomes, alinhando nos ataques que os socialistas vêm desferindo no Presidente da República, usou do seu já sarcasmo de marca para, além de outros "mimos", bem desagradáveis, se dizer "encavacada" com Cavaco.
De início, fiquei mesmo em dúvida se a senhora teria dito "encavacada" ou "encabada"!
Encavacados, mais a Norte, devem ter ficado os candidatos ao Porto, com o comportamento da sua camarada europeia (a outra do "quero-as ambas). Elisa Ferreira, puxando das suas pétalas da rosa, interrompeu, barafustou e tentou monopolizar o debate, como se só ela tivesse direito à palavra. Metralhou, metralhou, de tal forma que, para que o programa tivesse uma ponta de credibilidade, por várias vezes, o moderador se viu obrigado a cortar-lhe tão abundante gralhar. Bem vou dizendo que a arrogância e a prepotência são vírus que se pegam e disseminam com facilidade na mesma Família!
Decididamente, a política neste país não tem pingo de vergonha!

Recupero, das margens deste Vouguinha:

Não resisto a este pitoresco preâmbulo, antes de abordar um tema bem mais sério e actual.

Contam-me, desde menino e moço, que nos anos cinquenta, numa aldeia do concelho vouzelense, um solteirão marceneiro, no fulgor hormonal dos seus vinte e poucos anos, ia arrastando a asa às moças casadoiras da terra.

Um dia, com laivos de escândalo social, numa sociedade comunitária e arreigada aos extremados costumes puritanos, a notícia espalhou-se como fogo de Verão: o Artur “fizera mal” a duas virgens do lugar.

O pároco da freguesia, como bom pastor e com a autoridade temporal que, ao tempo, era reconhecida aos representantes da Igreja, escolheu o fim da missa dominical para resolver o sacrilégio dum dos membros do seu rebanho. Chamou o Artur e as duas raparigas à sacristia e intimou o aturdido marceneiro:

- Artur, desonraste estas duas paroquianas. Para que Deus te alivie o castigo, terás que casar com uma delas. Escolhe!

O nosso Casanova, confuso, depois de um esgar embaraçado, ergueu os braços ao Céu e exclamou:

- Senhor Padre, EU QUERO-AS AMBAS!...

Quase meia dúzia de décadas após este bizarro episódio, parece ser mais vulgar e actual a dificuldade de opção, com mais acuidade quando estão em confronto cargos públicos de relevo.

Elisa Ferreira e Ana Gomes são os rostos mais evidentes e mediáticos desse apetite insaciável pelo que, numa imagem culinária, o nosso povo conhece por “tacho”, numa lógica de que, furando-se o maior, há sempre um mais pequeno para o petisco da ambição pessoal.

O Partido Socialista, registo-o com agrado, ainda que extemporaneamente, decidiu, perante a pressão eleitoralista e na linha do que o seu mais forte opositor já havia anunciado, que os seus candidatos às Legislativas não poderão ser, cumulativamente, pretendentes aos órgãos autárquicos.

Numa sociedade política de compadrio, arranjinhos e promiscuidade, as reacções adversas não se fizeram esperar, criando agitação e fracturas no seio do partido da rosa.

Só por si, razão bastante para que, neste País de jogo viciado, a política e os políticos possam recuperar alguma de toda a credibilidade perdida, mas, mais do que isso, as forças partidárias, devem ter a coragem de privilegiar o mérito e a honestidade, expurgando do seu seio não só os arrivistas do “tacho”, mas também, e sobretudo, as sinistras figuras da corrupção, dos negócio sujos e opacos.

Só assim almejaremos que o nosso regime político perca o estigma de “Democracia do Gamanço” e passemos a conviver com uma POLÍTICA de Transparência, Honra e Verdade e uma JUSTIÇA imparcial, célere e implacável.

Por estas duas últimas, também eu e, creio, toda a Sociedade Civil, responderemos:

- EU QUERO-AS AMBAS!