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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

DAMÃO




"As ondas navegavam do Oriente
Já nos mares da Índia, e enxergavam
Os tálamos do Sol, que nasce ardente;
Já quase seus desejos se acabavam. .
..............................................................."














A partir das imagens de Damão, Índia, de 2009, do JT, que podem ser vistas em:

http://viajandoevendo.blogspot.com/





quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Quando um ilustre republicano....



... sugeriu um Hino sem "armas"!



A propósito do Centenário da República que já se celebra por aí, recuperei do Vouguinha inicial o meu reactivo espanto a um discurso do intelectual republicano Alçada Baptista. Nele, o reconhecido pensador e homem de Letras, que já não está entre nós, defendia que fosse retirado da letra do Hino Nacional o brado "Às armas, às armas!".
Se, ao tempo, ouvi a proposta com alguma preocupação, passados que estão alguns anos, já nem me surpreenderia que aparecesse um qualquer maçónico ou republicano mais empedernido a defender um hino totalmente remodelado, com refrões de rosas, boys, mariposas e outros artifícios mais consentâneos com a realidade que nos vai sendo imposta.

Fora de órbita!
Acabei o último apontamento às voltas com Saramago e a "sua" União Ibérica! Escrevi sobre os símbolos pátrios que, por o serem, merecem atenção e respeito. Sem dispensáveis fanatismos, mas com honra e, sobretudo, sem vergonha ou inculcados temores! Respeitá-los é respeitarmo-nos enquanto concidadãos. Reconheci sempre, sem rebuços, o valor dos intelectuais deste País, na seu exercício de vida de sublimação da mente, na inquietação da luta pelo pensar mais além. O que não impede que questione, muitas vezes, e não concorde outras tantas, com alguns dos seus assomos, tantas vezes, estapafúrdios! Comparo-os, então, com as naves espaciais quando vão além da órbita da Terra: nunca sabemos o que vão encontrar.....o que dali vai sair! Foi, mais recentemente, o Saramago, já havia sido Alçada Baptista, em 1997. E o que, no ensejo, escrevi, já lá vão dez anos, tem plena actualidade. Há valores que são imutáveis e não se esboroam com o inexorável passar dos anos: Ainda se não desvaneceram os ecos do inesperado brado do intelectual Alçada Baptista. O pouco que ficou foi a estupefacção de muito boa gente, ao ouvir dum homem de reconhecida cultura, uma das estrelas cintilantes do nosso espectro intelectual, numa cerimónia em que era suposto serem exaltados os símbolos e valores da Nação, proposta tão desajustada! É verdade que as opiniões pessoais só vinculam quem as defenda e salutar é que se respeite esse direito. Mas, perante uma afirmação daquele jaez, proferida em cerimónia oficial, quem pode ficar imune à crítica? Vou recuar no tempo e passar, directamente, à "questão do Hino", procurar beber um pouco da sua história. A marcha guerreira que, só após a tomada do Poder pelos republicanos, em 1910, veio a ser adoptada como Hino Nacional, foi composta por Alfredo Keil e Lopes de Mendonça, após o Ultimato Inglês de 1890. Sabemos do aproveitamento político que os adversários da Monarquia fizeram deste evento: a marcha soava bem, ficava no ouvido, inspirava coragem revolucionária. Natural foi que o público das revistas (teatro) - então muito em voga - saísse para a rua a cantá-la, após ouvirem os seus acordes no Teatro da Alegria. Foi tal a colagem desta marcha aos ideais republicanos de então que veio a ser proibida pelo poder monárquico, em 1891. Vir, agora, um nobel herdeiro dos pais da 1ª República, anti-monárquicos convictos, censurar a marcha que os seus ideólogos predecessores adoptaram como Hino Nacional logo após o triunfo republicano é, no mínimo, desconcertante. Não creio que um monárquico, por mais fiel que seja à Causa, tivesse a torpe ousadia de o secundar! Cabe aqui um parênteses: visto, com pragmatismo, mesmo a esta distância histórica, o Ultimato Inglês até nem foi tão nefasto para os nossos interesses coloniais de então, se atendermos ao contexto internacional, com muitos países ciosos das nossas possessões africanas.É que o tratado luso-britânico de 11/6/1891 confirmou a nossa soberania sobre extensos territórios que, reconheçamos, por falta de homens, meios e, talvez, vontade, não dominávamos antes. E esse ultimato acabou por ser a mola que fez despoletar o empenhamento pelo efectivo domínio desses territórios. E volta a ser curioso como um facto histórico - o ultimato - que acirrou o ódio das massa contra a Monarquia, a quem acusaram de traição à Pátria, e foi o principal estandarte republicano de agitação popular, num pretenso assomo de portuguesismo colonialista, viesse a ser o embrião do Hino Nacional, hoje símbolo de respeito e união, quando sabemos terem sido os lídimos defensores dos homens da Maçonaria e da Carbonária de então, a apressarem-se, já nos nossos tempos, a defenderem com denodo e a provocarem, com pressa e grosseira precipitação, sem honra, sem glória e sem futuro para os Povos colonizados, a entrega desses territórios, os tais que se integravam no tão badalado Mapa-Cor-de-Rosa! Mais valeria que os primeiros o tivessem feito então e antecipassem, em quase um século, o abraço à Europa que nos estava a ficar tão longe. Além do mais, teriam poupado muito sangue, traumas, suor e lágrimas, a milhares de heróis do mar!... Com este pressuposto, sim, Lopes de Mendonça teria escrito outra letra para a marcha que Alfredo Keil compôs para fim de acto da revista política "Torpeza", em cena no Teatro da Alegria, já lá vão mais de cem anos. Mas, é evidente, sem qualquer ironia, nenhuma destas constatações dá legitimidade, de qualquer natureza, a quem quer que seja, para alterar um facto histórico. Não aceito, ninguém de boa fé o fará, que, ao sabor dos tempos e das marés, se vão substituindo (ou decapitando) estátuas, nomes de ruas, de monumentos, de obras de arte. Os factos históricos, positivos ou negativos, consoante a perspectiva de cada um ou de cada grupo, aconteceram na realidade, são marcas indeléveis no imaginário colectivo de cada nação e deles há ilações a tirar. E é com factos históricos - positivos ou negativos -, que os membros duma Sociedade melhor se esclarecem para as grandes opções do futuro, enquanto interventores nos processos evolutivos. Alterar ou suprimir o Hino Nacional só porque ele faz apelo "às armas" em tempo de paz, como pretendia Alçada Baptista, mais do que um acto gratuito, seria uma afronta à História. Mas, ainda que se aceitassem os argumentos, supostamente, pacifistas do proponente, quem recusará reconhecer que necessitamos de armas, muitas armas, que não as da guerra, mas as económicas, de trabalho, de saber, com perseverança marcharmos contra os "canhões" que são os escolhos, os obstáculos, as lutas económicas, que se nos vão deparando na Europa do nosso destino?! Não é demagogia, é um desafio bem real e actual. É que Alçada Baptista, de quem não descremos do elevado grau de cultura e iluminismo, não se compadecendo com imagens literárias ou não não reconhecendo que somos um povo de poetas, estava a condenar Camões no próprio dia em que lhe foi cometida a missão de o celebrar: o gigante Adamastor seria mesmo, e só, um monstro horrendo que devorava as nossas caravelas? O Velho do Restelo seria apenas, singularmente, aquele velhote rabugento que se postava no areal a praguejar contra a partida das nossas naus? Nada disso, como é óbvio. Alçada Baptista deve ser um homem inteligente, que conhece o valor dos símbolos e das imagens. Pretendeu, com a sua proposta, uma centelha de luz dos projectores televisivos que lhe iluminem o crepúsculo de homem público?! Talvez..... Por mim, mantenho que continuo a sentir-me bem ao ler, ouvir ou cantar toda a letra do nosso Hino e não me envergonho do orgulho que sinto quando onze jovens de equipamento verde-rubro o fazem em uníssono nos campos de futebol, ou quando a pequena Rosa Mota, a nortenha Fernanda Ribeiro, a morena Carla Sacramento, o entoam, com sentidas lágrimas nos olhos, enquanto desfraldam e acenam com a bandeira que sentem sua e de todos nós. Bandeira que, mais do que o Hino, reúne em si séculos de história, pois se o esperançoso verde e o revolucionário vermelho lhe foram atribuídos pelos republicanos, os brasões, os castelos e a esfera armilar em muito os antecederam. E, já agora, correndo o risco de a muitos ter de pedir perdão, aventuro afirmar que mais de 90% dos portugueses com menos de trinta anos não faz uma leitura plena dos símbolos da sua e nossa Bandeira. Não os culpemos. Julguemos antes os complexos que se criaram quanto ao ensino da História nos bancos das nossas escolas. Gerou-se um sentimento de pavor em transmitir os eventos verdadeiros, as fases de glória e crise da Nação, e de tal forma que, tempo houve, em que soava a pecadilho político falar em Pátria! Como se alguém tivesse medo da verdade histórica! Certo é que as matérias de várias disciplinas foram bruscamente alteradas, mesmo a nível universal, pelos acontecimentos que foram ocorrendo de forma célere por todo o Mundo, mas não creio que fosse só essa a razão de tanto trabalho dado aos tipógrafos. É que os "fazedores" de história do nosso país, nos primeiros anos pós-revolucionários, faltaram ao rigor, opinaram de mais e viram-se aflitos quando tiveram de informar e corrigir que, afinal, as maravilhas económicas do Leste, do Sol da Terra, por exemplo, tão profusa e apaixonadamente apregoadas nos compêndios, não passaram duma miragem, dum logro narrativo. Nesse período, estudou-se mais a história de certos países predilectos, por conveniência revolucionária, que a de Portugal. E os tristes resultados vêm depois.....alguns anos depois. É certo, e justo reconhecê-lo, que antes da Revolução de Abril de 1975, mais do que o rigor histórico, o método de os transmitir deixava muito: era o culto da personalidade, em que, passe o exagero, era primordial saber da cor dos olhos duma Infanta ou se este ou aquele rei era bígamo ou beato, do que conhecer o cerne dos acontecimentos e dos ciclos evolutivos. Mas o estudo da História Pátria era exaustivo e, arrisco mesmo, comparativamente, menos tendencioso. Ter-se medo que o Povo conheça profundamente a sua História, é temer a verdade. Quem teme a Verdade?

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Um abraço à Madeira




Não há como esconder, os dramáticos acontecimentos na Madeira, vergada pelas forças da Natureza, marcaram, com vincada tristeza, o passado fim de semana.
Sem frases lamechas, não posso deixar sem registo o meu manifesto de pesar para com os madeirenses, com o pensamento, sobretudo, naqueles, muitos, que fazem o favor de ser meus amigos e chor
am por estes dias as suas vítimas e os seus haveres,
E, envergonhado por ter sabido, em primeira mão, da trágica notícia ao ouvir um deputado da oposição madeirense, nas televisões, culpando, num miserável e inoportuno aproveitamento político, o Governo daquela Região Autónoma, no momento em que ainda haviam conterrâneos seus a debaterem-se na luta pela sobrevivência.
Bem ao invés - é justo referi-lo -, o Governo Nacional, como dele se exigiria, tem demonstrado, desde o início, uma louvável solidariedade e empenho nas medidas conducentes ao apoio de que, nesta hora de angústia, a Madeira e o seu Povo necessitam.
Fica o meu sincero pesar, mas também a confiança na coragem e na força de todos os madeirenses para, depois de chorarem os seus mortos, arregaçarem as mangas e, com o apoio do todo nacional, voltarem a repor naquela Ilha o estatuto de Jardim do Atlântico.
Bem retratado nas imagens que um meu familiar, de visita à Madeira, registou em Março de 2009. E que aqui deixo, como singela homenagem a todos os seus habitantes.



sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

MAPUTO, Fevereiro de 2010


Desta cidade, capital de Moçambique, escreveram, hoje, na Revista Tabu (Semanário Sol), os repórteres Filipa Germano e Telmo Lagoia que a visitaram recentemente:

" Maputo é uma cidade maravilhosa.
Assim sente quem atravessou África e pode comparar esta capital com Cartum, com Adis-Abeba, Nairobi, Da-es-Salam, Joanesburgo ou tantas outras. E não falo de conquistas económicas, de saneamento ou de índices de desenvolvimento industrial e tecnológico. Falo de pessoas, de povos e do convívio cordial que se estabele entre eles. Falo de uma cidade que goza o mar e a relação privilegiada que tem com ele, enchendo de cor, vida e amor uma belíssima marginal. Falo de uma cidade cheia de cafés e de esplanadas onde se misturam todas as cores. Em que negros, brancos e indianos partilham as mesmas conversas. Onde há ardinas e vendedores ambulantes de DVD, de música, de mangas e papaias e de lichas, de jeans e de computadores...........................
..... Falo ainda de uma cidade de mesquitas, de igrejas e templos hindus erigidos lado a lado. Falo de civilização, não de economia....................."

Imagens de Fevereiro de 2010:



quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Conto bucólico


O Ti Zé, um pastor beirão, era conhecido naquela aldeia como sendo o mais bem sucedido pastor da região serrana.
Vivia numa casa de granito, junto ao caminho de terra batida que vai do casario até ao adro da velha igreja. Uma moradia típica, ladeada de frondosas latadas, com paredes cobertas de musgo fino, sendo o piso inferior destinado à guarda das suas ovelhas.
Saía de casa pela manhã, assim que o sol espreitava na orla do monte, levando o cajado numa mão e a sacola do almoço na outra, guiando os animais pelo vale, até ao local da pastorícia.
Era a meio da tarde que recolhia os animais no amplo curral térreo.
E o caricato ia-se sucedendo num ritual diário: uma das suas ovelhas, velha lãzuda e teimosa, enquanto as demais entravam, submissas e alinhadas, aquela recuava, saltitando pelo quintal fronteiro.
A cena repetia-se todos os santos dias da semana. De Segunda a Domingo, sem falhas ou variantes. O Ti Zé descia sempre os degraus até ao piso térreo para dar guarida, junto às outras, à tal ovelha desavinda.
Até uma tarde de Domingo!
O nosso pastor acabava de recolher o seu rebanho, à excepção da ovelha rebelde. Havia já subido ao piso superior e assomado à janela para observar os grupos de crentes que iam a caminho da missa vespertina.
Todos olhavam, e riam, enquanto aquela continuava nos seus balidos de protesto junto à porta do curral.
E foram ocasionais testemunhas da revolta do Ti Zé, que, berrando em tom irado e sonoro, cortou de vez a teimosa mania do animal:
- À PORTA RINCHAS, MAS AO CURRAL NÃO TORNAS!!!...

Ocorre-me interrogar se, num destes dias, em que outro pastor reúne o seu rebanho, alguma ovelha rebelde ficará a rinchar à porta do curral.
Creio que não, são ovelhas submissas e cegamente obedientes ao grande Pastor!
E todas irão balir a uma só voz:
- Mé! Mé!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Toupeirada




São estes os títulos e subtítulos dum tema com duas páginas em que o C. M. de hoje "esmiuça" um pouco mais da máquina de propaganda que todos nós, cantando e rindo, vamos custeando.
Que os apaniguados da rosa tenham todo o direito de se exprimirem, opinarem, aplaudirem por todos os espaços mediáticos, sem quaisquer reservas, está fora de qualquer discussão. Estamos em democracia, que é de todos e para todos!
O que já não aceito, condeno e repudio é que funcionários do Estado, pagos por todos os contribuintes, vistam as roupagens de assessores, chefes de gabinetes ou outra qualquer vestimenta , ao invés de exercerem as suas funções públicas, percam o seu tempo de trabalho e invistam as suas energias e criatividade a "vender" a imagem das chefias.
Ainda assim, não vislumbro da oportunidade da notícia, se tivermos em linha de conta que qualquer internauta, mesmo o pouco atento, de há muito se terá apercebido de muitas das situações hoje dadas à estampa por aquele matutino.
Por mero exemplo, estes "desabafos" que repesquei do meu Vouguinha original:

quinta-feira, 4 de Dezembro de 2008

Eles já andaram por aqui


E inevitável: por mais segurança que tenhamos, por mais carrapatos que os sentinelas eliminem, há sempre toupeiras mais tecnicamente evoluídas (e..., talvez, bem pagas) que invadem o nosso território virtual.

Resistindo a uma adequada fumigação , melhor que o exterminador implacável foi uma formatação para cortar a garra ao mamífero do subsolo.
Deu, e ainda está a dar, algum trabalho, mas carrapatos e toupeiras regressaram para o local de onde nunca deviam ter saído: a lixeira da net!

terça-feira, 18 de Novembro de 2008

As toupeiras


"Máquina eleitoral e uma máquina de poder, que deixou de ter vida própria e autónoma"


São as palavras de Manuel Alegre, ao classificar o partido político de que é militante.

"Máquina eleitoral" e "máquina de poder" duas condições que, na acção, podem trazer alguma credibilidade ao que se vai dizendo de boca em boca e em desabafos nos blogues que pululam na net, de que o PS, para além dos apaniguados de sempre e outros oportunistas e militantes convictos, tem avençados, por si ou por interpostas agências, comentaristas profissionais, controlados por assessores de comunicação, que desenvolvem um autêntico trabalho de toupeiras da Informação.

Diz-se que essas toupeiras, para lá de outros serviços junto dos órgãos de comunicação social, têm por missão trabalhos de sapa no espaço virtual, onde serão olheiros atentos e interventores residentes, procurando, sistematicamente, desmontar peças de opinião que sejam perversas ao governo ou incómodas para as forças do Largo do Rato.

Não tenho meios para comprovar a existência de tais toupeiras mercenárias, mas a existirem, esse fenómeno de comentadores profissionais que, sem ideologia própria ou militante, se colocam ao serviço de "marketing" partidários, evocou-me o que se passava nos já longínquos anos do PREC.

Esses, sim, episódios que comprovei e vivi.

Decorria o atribulado ano de 1975. Os partidos políticos despontavam como cogumelos, as paredes, os prédios de Lisboa, iam ficando atapetados de slogans e mensagens políticas, de tal forma que nem as paredes interiores da Assembleia Constituinte escapava ao furor da propaganda partidária.

Numa tarde primaveril, ali ao Largo do Calvário, no edifício da Promotora, um grupo de quatro jovens, armados de balde e braçadas de papéis, colavam cartazes, na falta de mais espaço livre, por cima dos já existentes.

Curioso, por não haver deslindado, ao primeiro olhar, qual o novo partido em promoção nos lençóis publicitários que os rapazes iam abrindo, interroguei-os acerca do projecto social defendido para o país por aquela força política.

A resposta veio célere e em uníssono:

- Sabemos lá nós! O que nos interessa é que eles nos paguem no fim do trabalho!

Tal como as bruxas, nunca vi toupeiras, mas que as há, há!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O Parque dos Poetas

Inaugurado em Junho de 2003, Oeiras dedicou um dos parques da cidade aos nossos poetas.
Justa homenagem aos vultos das nossas Letras que, com a sua criatividade literária, dotados de engenho e sensibilidade, nos transportam para lá das fronteiras da realidade, até aos domínios da beleza do sonho e da fantasia.
Com as fotos do JT, em http://viajandoevendo.blogspot.com, fica o registo duma singela homenagem do Vouguinha2 a todos os que, pelas artes do pensamento, rendilhando os vocábulos da nossa Língua doce, se vão "da Lei da Morte libertando...". Aos que já estão no Parque, aos que que virão e aos que lá não tenham espaço de memória.




sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Na minha terra dizem que é "lata"...

... para mim é....... já nem sei o que lhe "chamar"!

Irra!...tudo tem limites! Até o descaramento.....


O Sol pescou o Polvo?


Já lá vão mais de dois anos, quando, no Vouguinha original, dei notícia de ter sido avistado um polvo gigante na nossa costa.
Será que o Sol o conseguiu agarrar de todo, ou só lhe arrancou um dos tentáculos?

segunda-feira, 28 de Janeiro de 2008

O Polvo!


Alguém, com notório estatuto na nossa Praça, veio dizer-nos que um Polvo gigante anda a agitar os tentáculos pela nossa costa.
Nada que qualquer pescador avisado se não haja já apercebido.
A questão, agora, é saber quem, com que coragem, de mãos limpas, ousará retalhar o Polvo e dar-lhe o arroz!
Antes que os seus tentáculos nos asfixiem e, em delírio, nos levem até à Itália de alguns anos passados....

É Carnaval...

... e não dançam mal...

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O Povo e a Crise




O POVO E A CRISE



A memória histórica de Portugal atesta, de forma inquestionável, o espírito solidário de alguma união e muita generosidade sempre que, por alguma forma, acontecimentos nefastos façam perigar o país, enquanto nação secular.

Tem sido assim, desde a fundação da nacionalidade até aos nossos dias, por exemplo e com expressão marcante quando, em 1385, foi o Povo o baluarte da causa do Mestre de Avis, quando este encabeçou o movimento por um Portugal independente das ambições castelhanas. Voltou a sê-lo quando, em 1640, o povo de Vila Viçosa foi a mola para que toda a Nação convencesse o futuro Rei D. João IV a assumir a Revolução que nos havia de libertar das décadas de jugo espanhol.

Solidariedade vincada, de forma veemente, já nos nossos dias, nas expressivas manifestações e cordões humanos de 1999, em apoio ao massacrado povo de Timor.

Como tem sido sempre, não esqueçamos, na mobilização desinteressada e generosa na mobilização para campanhas de apoio às O.N.G. de âmbito social.

Continuaria a sê-lo, nestas horas de incerteza e aperto económico, com o Estado a braços com uma Crise que nos chegou do exterior e que agravou a doméstica com mais de uma década, se os destinos deste País fossem geridos por alguém que fosse exemplo, sem desmandos e erráticas medidas, e merecesse a confiança plena desse Povo a quem nos últimos anos vêm sendo exigidos, cada vez mais, sacrifícios.

Não vou, nesta reflexão, embandeirar o arco dos que tomam a parte pelo todo e acusam o partido no poder de todas as maleitas da nossa Sociedade actual. Pressinto mesmo que, bem no íntimo, a maioria dos militantes, simpatizantes ou simples votantes do partido da rosa, vivem, hoje, um conflito de consciência, quiçá, de disfarçada vergonha, pelo comportamento dum secretário-geral em que se não revêem.

Reconheço mesmo que o Partido Socialista tem Gente com ideais sérios e justos, alguns com uma visão romântica da Sociedade e que sonham com caminhos de justiça e respeito pelos valores que honrem a Pátria.

O mal deste País, a mancha negra da desconfiança e do desrespeito pelos valores que o Povo defende, parece residir numa só individualidade que não sabe, não pode ou não quer, encarnar esses desígnios.

Não posso asseverar, por também não querer expressar análises de carácter, que Sócrates é o “Aldrabão de feira”, como disse Pires de Lima, ou o que “Mente compulsivamente” ou que “é ingénuo ou extremamente sinistro” ou, ainda, “destituído de compleição de estadista” de que o acusa o jornalista e escritor Baptista Bastos.

Do que não duvido é que será ele o maior empecilho a que os portugueses dêem mais uma vez as mãos, se unam e sacrifiquem sem mágoa para que o País não se afunde mais no pântano desta Crise.

Sem plena confiança no Poder, faltará a tal mola que despolete o espírito solidário que apele ao sacrifício e ao empenhamento sério de cada um de nós.

Não se empenharão os empresários, não se empenharão, nem calarão, os trabalhadores privados e os funcionários públicos, muito menos a legião de desempregados; não se ganhará esta luta contra esta Crise pirata com a caravela duma Sociedade Civil que não acredita no carácter do seu actual timoneiro.

Urge resolver este problema nacional. Que poderá ser ultrapassado no seio do próprio partido que governa - e tem todo o direito de o fazer pela força do voto: outra Gente que preze a Verdade e a Transparência.

Como este Povo solidário gosta e merece!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

ETA, explosivos e assaltos


As notícias dão-nos conta de que Madrid desconhece a maioria dos membros da nova ETA e a própria polícia espanhola o seu modus operandi, detida ou desmembrada que está a velha guarda desta organização.
Não faltam entre nós comentadores e outros especialistas em Segurança, a deixarem-nos os seus palpites técnicos a propósito da actuação dos etarras e das suas hipotéticas bases de apoio por cá implantadas.
Estranho, ou talvez não, é nenhum desses "experts" terem ponderado a associação destes grupos, etarras ou não, aos assaltos violentos, com recursos a explosivos, às carrinhas transportes de valores ocorridas em Portugal.

Relembremos:

- Em 2007 e 2008, notícias relatavam movimentações de elementos da ETA junto à fronteira alentejana e algarvia, referindo mesmo a utilização de um carro português num atentado em Espanha, bem como viaturas alugadas no Algarve e a estadia dum alto quadro daquela organização em Portugal e que teria sido encontrado na posse dum mapa de Lisboa; - Em 20/8/2009, pelas 02H30, ocorreu o assalto a uma viatura de transporte de valores da Prossegur, na região alentejana de Aljustrel, em que foram utilizados explosivos; - Em 18/12/2009 novo assalto, em moldes semelhantes ao perpetrado no Sul do País, de novo com recurso a explosivos, a uma viatura de transporte de valores da Esegur, desta feita na Região de Coimbra; - Em 10 de Janeiro, a GNR deteve dois alegados etarras em Torre de Moncorvo e que estariam em fuga à polícia espanhola, junto de quem terão abandonado uma carrinha com detonadores; - Em 4 de Fevereiro, é descoberta a vivenda de Óbidos, onde presumíveis membros da ETA guardavam explosivos e matérias primas utilizadas no seu fabrico, e que terá sido abandonada à pressa pelos seus ocupantes, onde, entre outras coisas, teriam deixado um mapa da região de Coimbra.

Sabemos que, historicamente, as organizações ditas terroristas, seja qual for a causa que as move, para além dos actos conducentes à concretização dos objectivos da sua luta, levam a efeito acções de recolha de fundos para se auto sustentarem.
As zonas onde foram detectadas movimentações de membros daqueles grupos, conforme descrevi, não são distantes daquelas onde ocorreram os assaltos às carrinhas de valores. Por outro lado, que se saiba publicamente, ainda não é conhecida a autoria de tais assaltos, em que os entendidos reconheceram alto profissionalismo.
Tudo isto me leva a estranhar, e repito-me, que nenhum dos habituais "expert" de Segurança, tão lestos nas suas análises televisivas, tenha colocado a hipótese da ligação daqueles grupos do Sul e de Óbidos (etarras ou não...) aos referidos assaltos.
Digo eu....que não tenho serôdias pretensões a Sherlock Holmes...

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A ponta do lençol oculto....

... começou a ser levantada. E já está visível alguma da sujidade .
Imagino a lixeira que deixará de estar oculta, assim que o lençol esteja todo levantado!

É no semanário "SOL", que, hoje, vem estampado, entre outros, um extracto do despacho do Juiz de Aveiro:

Distorcendo um dito popular, arrisco: pelo lixo que já se encontrou na primeira carruagem, já podemos imaginar a trampa transportada por todo este comboio oculto!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Brincando com o fogo



Já não sei se tanta vitimização, ameaças, ou chantagens, valem o ouro da estabilidade.
Chega! Que se atirem. Mais do que pesadelo, poderá ser um alívio!....
Mesmo deixando-nos o pântano a que nos habituaram...