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quinta-feira, 30 de novembro de 2017

FERNANDO PESSOA

Faleceu há precisamente 82 anos  (30/11/1935) um dos maiores vultos da nossa Poesia!
Faleceu o Homem, que o Poeta, esse, é imortal!

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Deus quer, o homem sonha, a obra nasce. 

Deus quis que a terra fosse toda uma, 
Que o mar unisse, já não separasse. 
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma, 

E a orla branca foi de ilha em continente, 
Clareou, correndo, até ao fim do mundo, 

E viu-se a terra inteira, de repente, 
Surgir, redonda, do azul profundo. 

Quem te sagrou criou-te português. 
Do mar e nós em ti nos deu sinal. 
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez. 
Senhor, falta cumprir-se Portugal! 

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O PÃO DO DIABO VERMELHO


domingo, 26 de novembro de 2017

FIGUEIREDO DAS DONAS

Uma terra lafonense, do Concelho de Vouzela, com marco na História de Séculos.


No figueiral figueiredo
A no figueiral entrei,
Seis niñas encontrara
Seis niñas encontrei.
Para ellas andara,
Para ellas andei,
Lhorando las achara
Lhorando las achei
Logo las pescudara
Logo las pescudei.
Quem las maltratara
Y a tão mala ley?
No figueiral figueiredo
A no figueiral entrei.

Uma repricara:
"Infançom nom sey,
Mal houvesse a terra
Que teme o mal rey
S'eu las armas usara
Y a mim fee nom sey
Se hombre a mim levara
De tão mala ley.
A Deus vos vayades,
Garçom, cá nom sey
Se onde me falades
Mais vos falarey;"
No figueiral figueiredo
A no figueiral entrei.

Eu lhe repricara:
"A mim fee nom irey
Cá nos olhos dessa cara
Caro los comprarey;
A las longas terras
Entraz vós me irey,
Las compridas vias
Eu las andarey,
Lingoa de aravias
Eu las falarey,
Mouros se me visse
Eu los matarey".
No figueiral figueiredo
A no figueiral entrei.

Mouro que los goarda
Cerca lo achey
Mal la ameaçara
Eu mal me anogey,
Trocom desgalhara
Todolos machuquey,
Las niñas furtara,
Las niñas furtey.
Lá que a mim falara
N'alma la chantey.
No figueiral figueiredo
A no figueiral entrei.


LÍNGUAS DE PERGUNTADOR


sábado, 25 de novembro de 2017

O IMI É FOGO

A ser verídica ESTA NOTÍCIA do Jornal de Negócios, e tudo indica que sim pela qualidade do seu jornalismo, é caso para registarmos para triste memória futura!
O PS, o BE  e o PCP chumbaram ontem a proposta do PSD de isenção de IMI para 2017 e 2018 para os imóveis que arderam nos incêndios. Quem perdeu a casa nos incêndios vai assim ter de pagar IMI.

AS DUAS ETAPAS

Estiveram dois anos na segunda etapa e começaram, agora, a ensaiar a segunda, para os últimos dois anos que lhes restam em mais um Ciclo vermelho!


25 DE NOVEMBRO, SEMPRE!

Celebremo-la! Como ela deve ser, em Democracia!
HONRA aos que a tornaram possível!

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

O ANTIÁCIDO DO INFARMED

Se concordo com a descentralização dos serviços Públicos? Sempre o defendi, admitindo, até, que alguns Ministérios, mormente o da Agricultura, sediassem no Portugal Rural.
Quanto a isso, nada de dúvidas, nenhumas reticências.
Já aquela decisão apressada, ainda com vapores de azedume e alguma compreensível frustração por uma EMA que voou para outros beirais, da deslocação do INFARMED, com seringas e bagagens para o Porto, soa-me a paliativo para azia.
E, mais do que isso, um brinde propagandístico de quem pretende agradar a todos, quando cada vez merece menos o agrado de alguém!
Sem que o Porto desmereça seja o que for. É uma grande cidade, onde se trabalha e produz, sem os alardes vaidosos da Capital.
Como alguém diria: cada coisa no seu tempo, depois de estudo e ponderação, tanto mais que o Infarmed tem Gente dentro!

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

BRUXO

Queira Deus e todas as outras divindades celestes e terrenas que, daqui a um ano, não volte a ser bruxo!!!

Francisco Almeida
16 de Novembro de 2016 às 17:33 · 
Fala-se de tudo, anunciam-se todas as medidas, lançam-se foguetes por alguma coisa que, ocasionalmente, corre bem, mexerica-se a propósito das eleições democráticas noutro país, fala-se do Pedro e do Bruno, no próximo Concerto num qualquer Pavilhão, das lesões dos craques, do que se vai gastar em prendas de Natal, já alguém se questionou dos prometidos estudos, a serem feitos de imediato, logo após os incêndios que devastaram a maior parte das manchas florestais que ainda restam neste País?
Que era agora, depois do estio, que se iriam tomar as medidas que debelassem as fragilidades da prevenção e de combate e se resolveria a situação trapalhona dos meios aéreos.
Já alguém viu ou ouviu algo de substancial para esse desiderato tão badalado, na fuligem dos fogos?!
Esperem pela Primavera ou para quando começarem a ouvir as sirenes dos Bombeiros e não conseguirem divisar no Horizonte, no lugar da Lua Romântica que nos encantou, apenas uma cortina de negros fumos e ouvirem os "ais" desesperados de quem tem o lume a queimar-lhe as ombreiras da porta!
Lembrei-me eu, que sou maldizente.....

DISTINÇÃO DE GÉNEROS

Para acalmar alguns espíritos "fumegantes" que temos que aturar nos palcos mediáticos e da Política!



HUMOR À QUINTA

Mesmo que a rir, se retratem coisas sérias.....


segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Ó MINHA FILHA...

"A primeira coisa que temos de fazer é perder a vergonha de ir buscar dinheiro a quem está a acumular dinheiro” - Mariana Mortágua
A mim, bem pode revirar-me os fundilhos das calças e levar o que quiser. Mas, eu não sou nada, num todo de milhões, a quem já impedem poupar por via dos impostos e a quem, segundo a cartilha desta sumidade bloquista, é proibido guardar algum.
Vamos lá, portugueses, gastem tudo o que ganham, recorram aos cartões de crédito e endividem-se como os que deixaram o País com uma Dívida que os vindouros, os filhos dos vindouros, os vindouros dos netos, ainda terão que pagar.
Contrariem, de forma literal aquele aforismo da canção que eu dedico à suprema inteligência da menina Mariana: "Ó minha filha, nunca gastes tudo" !

domingo, 12 de novembro de 2017

O MÓRBIDO JANTAR

 Aquele mórbido Jantar do pessoal da Web Summit, já lá vai e é tarde para se mudar o local.
Por mim, recusar-me-ia a jantar em local tão solene, mas cada qual escolhe onde gosta de comer!
 O que ainda não se foi, é a polémica que tal desencadeou e que terá deixado a nu a dose de demagogia que nos foi servida como sobremesa, sem que tenhamos tomado o gosto ao repasto.
  Quando sabemos, a ser verdade o que a Comunicação Social noticia, para lá de outros eventos, ainda não há muito tempo, 16 de Outubro, o pessoal duma Empresa Pública ali se banqueteou, sem que alguém nos tenha vindo espicaçar o sentimento de respeito por aquela última morada dos nossos Grandes, eis que alguém se lembrou que o jantar do pessoal das novas tecnologias foi autorizado pelo governo que levantou âncora já lá vão dois anos!
 Sem dar mais esmola para polémica tão indigesta, apenas me questiono se, tenha frequentado as Universidades de maior gabarito, as Escolas Regimentais ou as Novas Oportunidades, alguém não soube ler aquela norma de 2014 ou, pior, se a deturpou, de má fé!
Bom proveito!























sexta-feira, 10 de novembro de 2017

SEM GENTE DENTRO

Enquanto governantes e outra "nata" da Nação, em Lisboa, perdem tempo e humanismo em eventos de robotização e tecnologias de duvidosa utilidade, morrem cidadãos por mais que provável falta de meios técnicos de fiscalização e controle dos elementos essenciais à vida humana, como o fogo, a água e o ar!
Vivemos num País Faz de Conta!
Será que na Web Summit não apareceu nenhum expert a exemplificar técnicas de prevenção e dissipação de fenómenos que ceifam vidas às centenas? Ou não passaram a barreira das práticas de negócios de lucro assegurado e exibicionismos tecnológicos da treta, desenhados no espaço das ideias mirabolantes?
Eu sei que o Mundo pula e avança, mas que avance sem que deixe de prover as necessidades básicas, a saúde e a vida dos cidadãos. Que estão primeiro e sem as quais de nada valem ideias e invenções sem Gente dentro!

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

HUMOR NA QUINTA


LEGIONELLA

Faz, hoje, três anos! Maldita efeméride que deixou um rasto de mortes. sofrimento e enfermidades em centenas de pessoas. Um ano passado sem que a incúria, o desprezo pela salvaguarda da saúde dos cidadãos e os atentados ao Ambiente, em nome do lucro e das mais valias, continua impune e sem se retratar em público!
A Legionela não dorme. Acordará de novo, quando adormecido pelo tempo e por inconfessáveis e intocáveis interesses, estiver o surto que ceifou vidas e dor e a miragem de dividendos accionistas, mais uma vez, acima das obrigações legais e da saúde dos concidadãos do capital negligente e da ineficácia de quem tem por mister estar vigilante e controlar estes desmandos ambientais.
Temo ainda escrever isto, de novo, em vida. Que, para além de palavras de conforto apaziguador, não perscruto, na prática, medidas de fiscalização e controle que previnam estas ocorrências cíclicas.
Ademais, os sucessivos governos, de que os incêndios são um corolário evidente, parecem apostar mais no aforismo "depois de casa roubada, trancas na porta". Investem no combate o que poderiam poupar se elegessem a prevenção como prioridade.
Que repousem em Paz, as vítimas de 2014 e as que, mais recentemente, sucumbiram por efeitos da Legionella!

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

SONHAR LAFÕES

Andei, agarrado às nuvens, a voar nas asas da fantasia, pelas serranias do São Macário, pela Senhora do Castelo, pelas águas, em crescendo, da Barragem de Ribeiradio. Quando, caí em mim e pus os pés na terra, escrevi isto:
SONHAR LAFÕES...
... com as três Princesas no mesmo Castelo!
Sempre que, pelas terras por onde tenho passado ou fazendo vida, me perguntam pela naturalidade, só tenho duas formas de satisfazer a curiosidade dos interlocutores. Se os tomo por conhecedores daquele rincão da Beira Alta, sou do Concelho de Vouzela, para os alfacinhas empedernidos, lapas agarradas à sua rocha mourisca, e pouco afeitos a mapas do Interior, sou de Lafões!
Todos temos sonhos, por mais disparatadas que sejam as teias que se vão urdindo no Pensamento. Ideias desenhadas em telas efémeras, que se degradam com o evoluir do tempo e do modo.
Quando, no ímpeto reformista, se partiu para a redução do número de autarquias, com uniões de facto de algumas freguesias, sem discutir da bondade da bitola que as justificou, a todas ou a cada uma delas, pensei sempre que a medida não deixaria de contemplar, também, alguns municípios. Não aconteceu. Por falta de coragem para saltar as barreiras dos interesses instalados ou por outras opções de natureza política, ficaram, como muitas instituições deste País, intocáveis, nos seus redutos de orgulho e tradição.
Havia sido, então, que o sonho ou o devaneio projectado nas nuvens, num assomo de ingénuo lirismo, me tomou conta do espírito. Imaginei um Grande Lafões, com S. Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades, as três princesas de quem o Vouga se enamorou, unidas num grande Concelho, com um só e Grande Município, numa fusão de interesses, numa comunidade fortalecida e unida pelos fios dos desígnios que lhes são comuns, com mais energia para alcançarem o desenvolvimento , o que a força que cada uma delas, de per si, não consubstancia.
Depressa, se desvaneceu, para lá dos cumes das serras que protegem aqueles três concelhos do vale encantado, o sonho que, reconheço agora, não terá passado disso mesmo.
Quando Vouzela se afirmou como Capital da Vitela de Lafões, vi e ouvi, gente de outros concelhos, pretenderem que o selo das vaquinhas também andavam pelos campos seus, nos pastos do seu território. Não muito diversa foi a reacção de outros, logo que Oliveira de Frades alardeou, com toda a justiça, ser a Capital do Frango do Campo. Que, São Pedro do Sul, por condições naturais é, de há muito, a Capital do Termalismo e essa ninguém teria a ousadia de pôr em causa! Mas, foi em mais um aniversário do histórico Foral de Lafões, que as circunstâncias me convenceram de que, mais do que os povos daquelas terras, que continuam unidos e numa convivência de irmandade plena, a Política local e as "partidarites agudas" de que padecem alguns "ilustres" daquelas terras, inviabilizariam qualquer projecto de união e de força convergente no Progresso e no Futuro dos três concelhos. Só faltou rasgar o Foral, negar a História, apagar o Passado, num alardear de ciúmes que não têm razão de existir, e não existem, no sentir das suas Gentes.
Foi sonho, foi quimera, efabulação, lirismo. Foi tudo disso. Por enquanto. Que o Tempo não pára aqui, o Futuro é insondável e, como soe dizer-se, "o que tem de ser tem muita força"!
Enquanto esse tempo não chega, que se vão entendendo, unindo esforços conducentes ao bem estar dos lafonenses, que dialoguem e discutam objectos de interesse comum e que nunca sejam comadres desavindas, ciosas do pedaço que julgam só seu, ao ponto de desmoronarem o que, mesmo assim, ainda é o belo e forte monumento de que são peças, LAFÕES!
Vouguinha

AUDITORIA OU CORTINA?

A Auditoria anunciada pelo Governo à Autoridade da Protecção Civil, merece-me toda a concordância, mesmo que continue a defender que "auditados" deviam ser todos os poderes do Estado que, por negligência ou omissão, tenham permitido que a Tragédia Nacional que foram os incêndios, tomasse as terríveis proporções que todos conhecemos e lamentamos e que nos deprime enquanto concidadãos dos que sofreram, no corpo e no património, os nefastos efeitos da incúria sem rosto!
Despejar dinheiro na dor, no sofrimento dos que perderam familiares, dos que se viram privados de abrigo e de meios de subsistência, é coisa pouca.
Urge saber quem, como e porquê, por negligência, por incompetência, por incumprimento dos seus deveres, não soube ou não quis colocar ao serviço da segurança dos seus cidadãos de todos os meios que a situação calamitosa requeria.
É que, lembrando-me do surto de Legionella  de 2014, que ceifou 14 vidas e deixou cerca de 400 com graves mazelas e padecimentos que a Medicina não pode reverter, mais do que as compensações monetárias que nunca chegaram, há culpados a quem ainda não chegou, também, a espada da Justiça, o Estado nem sempre responde, atempadamente, por incuria legislativa ou por esquecimento, às suas obrigações para com a Sociedade.
Responsabilizar os fautores da insegurança, por comportamentos negligentes, laxismo e desinteresse, é o único caminho para que um País tenha credibilidade e que se paute por um genuíno Estado de Direito.
Auditar apenas a ANPC é positivo, mas é curto, é quase nada. É ficar pelas mangas deste fato negro de cinzas e de luto que Portugal vestiu.
Os braços da Justiça terão que chegar mais longe e, através do Ministério Público, encontrar, desde o mais humilde serventuário do Estado, até aos ilustres maquinistas do poder público,
pela postura e resposta à calamidade, cometeram crimes, por negligência, por incompetência ou por negação dos seus deveres, enquanto entidades a quem é cometida a missão de zelar pela segurança e bem estar do seu Povo!
Que a Auditoria anunciada, não sirva de cortina e não substitua,por si só, a acção da Justiça que vim enunciando!

SEMPRE BENFICA!