...ou autoritarismo, com arrogância e violência são fenómenos que não jogam bem com Democracia, essa Senhora que tem curvas sinuosas e tanto pode mover-se por amplas auto-estradas de Liberdade, como por estreitos caminhos de intolerância. É vasto e amplo o leque com que se abana, quando se sente sufocada, mesmo por aqueles que a dizem amar e lhe chamam sua.
Não posso saber se o candidato pelo PS a uma Junta de Mondim de Basto, o alegado homicida do marido da candidata do PSD, agiu em nome desses desvios intolerantes ou dando vazão a intrínsecos instintos pessoais de violência.
Fosse qual fosse a motivação, é algo que perturba o clima de paz e de concórdia eleitoral que já se viveu, a seguir ao PREC, este último, um período a que poderemos, pelos sinais dos últimos anos, e pelo comportamento dos actores políticos, voltar sem que muito boa e responsável gente se aperceba.
Poderei, e espero que se confirme, estar equivocado ao estabelecer fios condutores no cadinho político, mas não me contive em repescar algo que já por aqui escrevi a propósito do autoritarismo, e de que realço:
Os vírus do autoritarismo pegam-se e são perigosos. Podem resultar em pandemia!...
Sexta-feira, 25 de Setembro de 2009
A brincar, a brincar...
... é que o tupili......
A notícia: No Porto, onde PS e PSD realizaram arruadas no mesmo local e quase à mesma hora, alguns apoiantes envolveram-se em pequenas escaramuças. Segundo um repórter, tudo terá começado quando uma militante socialista sacou do cartão do PS e o ostentou junto ao nariz duma social-democrata.
Especulo eu que esta se não terá posto em sentido, nem esticou o braço, do que resultaram agressões à bandeirada por parte da identificada, que não viu respeitada a sua autoridade rosa.
A dúvida: Das hostes da militante de cartão, teriam acorrido os homens de braçal vermelho, tanto em voga num antigo partido alemão de má memória?
A certeza: Os vírus do autoritarismo pegam-se e são perigosos. Podem resultar em pandemia!...
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Para terminar, deixar apenas uma nota final: num país que é um autêntica fábrica de leis em série e tudo, e todos, se controla, por decreto, na vida e hábitos dos cidadãos, seria bem vinda uma Lei que obrigasse todos os candidatos a políticos e a cargos públicos, a estágio intensivo de boas maneiras, de Ética, Honra e Dignidade. E, porque o exemplo vem de cima, a começar por todos os discípulos do partido no poder!
Condolências à Família enlutada, a única que, no final, estará a sofrer os efeitos dum acto tresloucado, na luta pelo poder a qualquer custo!
Tudo isto quando a intolerância, de mãos dadas com a insegurança, ganham miseráveis pontos neste Estado a que, teimosamente, continuamos a denominar de Direito!