Sobretudo nos últimos anos, assistimos à condenação das corruptelas, "mixordices", dum almoço, dum par de botas, duma garrafa de whisky, dum sacos de batatas, daquelas "picuinhices" que não são mais que pequenos salpicos, quando comparadas com corruptos negócios que envolvem milhões e têm por palco as mais altas esferas da estrutura social e de poder.
A estes últimos "manigantes", gente sabida, esperta, influente e intocável, a Justiça não alcança chegar, tantos são os imbróglios jurídicos e os sinuosos caminhos processuais com que se depara.
Das razões dessa dificuldade e inoperância de resultados, poderemos inferir do pensamento de quatro figuras públicas que, melhor do que ninguém, conhecem as teias que se vão urdindo nas torres cimeiras deste campanário nacional.
Chegam ao Vouguinha2 em forma de quatro postais de Fim de Ano, com legítimos anseios de que o Ano Novo traga mais coragem, transparência, rigor legislativo e vergonha, especialmente a quem tem o dever de manter Portugal como um Estado de Direito, e em que todos os cidadãos nasçam e morram com iguais direitos e deveres!
O PRIMEIRO POSTAL DE FIM DE ANO: