Já não é inédito. Neste País, onde, de há muitos anos a esta parte, são aplicadas toneladas de explosivo "Goma 2 Eco", fabricado em Espanha pela UEE (Union Española de Explosivos, SA), sendo, entre outros estabelecimentos, comercializado em Portugal por uma Fábrica controlada por espanhóis, nos arredores de Alcochete, sempre que que aquele produto é encontrado ou apreendido, surgem logo ligações à ETA.
É a síndrome da GOMA!...
O que está em causa, e é preocupante, não são as ligações deste tipo de explosivo àquela organização terrorista, mas sim da falta duma fiscalização eficaz de primeira linha, junto de fabricantes, vendedores e consumidores daqueles produtos, que se vem revelando com muitas debilidades nos últimos anos e cuja acção se prevê reduzida por força dos apertos orçamentais.
Noutra vertente, são as burocracias legais que, dificultando a sua aquisição legal para fins pacíficos (pedreiras, obras), encarecem o produto e o tornam mercadoria aliciante para a candonga e mercados paralelos. Os explosivos, só por si, não são material "terrorista", é duma utilidade extrema na nossa indústria, só deixa de o ser quando desviado para fins diversos daqueles para que foi concebido.