Iniciar

Para iniciar esta Página, faça um clic na foto.
Navegue....e mergulhe, está num rio de águas límpidas!

domingo, 20 de maio de 2012

AS OMELETES E OS PINTOS DE SOARES




 De 1983 a 1985, que foram de Crise profunda no nosso País, perante a intervenção do FMI em Portugal, Mário Soares, o mesmo que, ora,  defende a desvinculação do Acordo negociado e assinado pelo PS com a TROIKA, justificava, perante os portugueses, as medidas de dura austeridade a que então nos obrigou:


"OS PROBLEMAS ECONÓMICOS EM PORTUGAL SÃO FÁCEIS DE EXPLICAR E A ÚNICA COISA A FAZER É APERTAR O CINTO" (1984)
Confrontado com o galopar do desemprego: " ISSO É UMA QUESTÃO DAS EMPRESAS E NÃO DO ESTADO. ISSO É UMA QUESTÃO QUE FAZ PARTE DO LIVRE JOGO DAS EMPRESAS E DOS TRABALHADORES. O ESTADO SÓ DEVE GARANTIR O SUBSÍDIO DE DESEMPREGO (ABRIL DE 1984)
Justificando as medidas de  austeridade: "FOMOS OBRIGADOS A FAZER, SEM CONTEMPLAÇÕES, O DIAGNÓSTICO DOS NOSSOS MALES COLECTIVOS E A INDICAR A TERAPÊUTICA POSSÍVEL. É UMA TERAPÊUTICA DE CHOQUE, NÃO DIFERENTE, ALIÁS, DA QUE ESTÃO A APLICAR OUTROS PAÍSES DA EUROPA BEM MAIS RICOS DO QUE NÓS" (1984)

Apelando ao patriotismo: " TEMOS DE CRIAR UMA DINÂMICA PATRIÓTICA E NACIONAL PARA FAZER FACE Á CRISE E NÃO ESTAR NEGATIVAMENTE PERANTE AS DIFICULDADES" (1984)
Num apelo televisivo aos portugueses: "UM POUCO DE PACIÊNCIA E DE CONFIANÇA NO TRABALHO QUE ESTÁ A SER FEITO. ANUNCIÁMOS MEDIDAS DE RIGOR E DISSEMOS EM QUE CONSISTIA A POLÍTICA DE AUSTERIDADE, DURA MAS NECESSÁRIA...." (1984)
Numa "fritada" metafórica: NÃO SE FAZEM OMOLETES SEM OVOS, EVIDENTEMENTE TEREMOS DE PARTIR ALGUNS" (1984)

Essa Crise, de que bem me lembro e senti os efeitos, foi ultrapassada com a ajuda do F.M.I. , com o "apertar do cinto" dos portugueses, mas, sobretudo, pelo recurso ao  artifício da desvalorização da moeda, o que já não é possível por estarmos no EURO, a que o próprio Soares nos "amarrou", sem qualquer consulta.
Seguro, o actual líder do Partido da Rosa, perante a recente proclamação do seu progenitor de Partido, que o impelia ao "rasgar" do Acordo, apressou-se a recusar tal caminho, jurando respeito pelos compromissos assumidos, sabendo do apego ancestral que este Povo tem pela palavra dada.
Com convicção? Terá vontade suficiente e coragem capaz para manter esse propósito, sabendo-se que, no Parlamento, onde tudo se discute e vota, tem uma Força de Intervenção Rápida escolhida e, ao que se vai vendo e ouvindo, inspirada e enfeudada na anterior liderança socialista?
Desconfiamos e veremos! Que, tanto quanto conheço da sua prática, o que o PS diz ao povo é o básico popularucho  que a maioria gosta de ouvir, como convém a uma força partidária que sobreleva na sua agenda o objectivo que tem norteado os seus mentores: o Poder, pelo poder! Que o País pode esperar!
Tanto mais que os pintainhos de Hoje são fruto dos ovos soaristas que vão tendo a arte e o engenho de não se deixarem fritar!