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domingo, 14 de abril de 2013

O SAGRADO E O PROFANO

Somos assim, há muito, há demasiado tempo. Ainda que estejamos a dar cartas no calçado, fabricamos mais leis que sapatos! Por dá cá aquela palha; por uma leve pressão lobista ;por necessidade imediata de dinheiro de taxas;  porque um qualquer assessor sonhou com artigos e parágrafos; por banal dificuldade em dar o nó nos atilhos dos sapatos....engendra-se uma Lei, um Decreto, uma Portaria. Publica-se, hoje, altera-se amanhã, vão-se acrescentando uns "pinchavelhos" à medida de necessidades várias. É tanta a criatividade que, não raras vezes, um diploma legislativo obriga o contrário das disposições de um outro, não revogado, sobre a mesma matéria. A Lei A remete para a B que, por sua vez, já remetia para a C, num emaranhado mais intrincado que o Labirinto de Creta.
Leis que, desde o funcionário do guiché, passando pelos mangas de alpaca intermédios, até ao supra sumo do departamento, vão tendo interpretações a gosto e a jeito. Armadilhas burocráticas, muitas vezes, só transponíveis pelo desrespeito das próprias normas e que estendem uma passadeira verde a essa senhora que já tem por cá morada certa - a Dona Corrupção!

O exemplo vem de cima, onde a nossa Constituição, essa intocável Vaca Sagrada, que sendo das mais extensas do mundo, tem mais artigos que a Bíblia salmos!
Vouguinha