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sábado, 7 de março de 2015

DESPROTEGIDOS DO VOYEURISMO


Passos Coelho falhou, enquanto cidadão. Mesmo que lhe não sejam  conhecidos incumprimentos no exercício do cargo governamental, invoque as desculpas que lhe aprouverem, por mais sustentadas que sejam, deveria ter mais cuidado nos seus deveres cívicos e pôs-se a jeito para que gente bem intencionada e uma outra alcateia ululante explorem o caso,e deu-lhe armas para a peleja eleitoral.
Porque, já não deverá nada aos Cofres do Estado, fica apenas a exploração e condenação políticas.
Mas, enquanto toda a artilharia conspirativa, desde partidos a comunicação social, fazem troar as canhoneiras e obuses raivosos, ao que parece, a ninguém ocorre que os dados pessoais daquele cidadão, num condenável esventrar da sua privacidade, não vieram, como as criancinhas, no bico da cegonha, nem estavam escritos na Cassiopeia numa noite de Céu estrelado.
Foi com Passos Coelho. Quem o fez terá o mesmo carácter para expor os nossos, quando e se lhe der na real gana. E, não mitiguemos estas atitudes, com proclamações de transparência e de que, cada um de nós, pela sua probidade, nada tem a esconder. Quem surripiou as informações vindas a público das bases de dados de organismos públicos, cometeu um crime.
Que a vida privada de cada um de nós, não estará exposta aos olhares voyeuristas de qualquer Praia do Meco!
E, da mesma forma, que já condenámos o homem pelos seus erros, tenham eles o peso real que tiverem, há que não apoucar a acção maliciosa de quem prevaricou.
Voyeurismo de qualquer espécie pode ser tara.
Neste caso concreto, foi mesmo crime. A Lei existe. Mesmo que escrita em qualquer papel pardo, amarrotado!