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segunda-feira, 11 de setembro de 2017

PESOS E MEDIDAS

  Sempre defendi que o recurso à greve deve ser usado com parcimónia e como último recurso numa luta por direitos.
 Ainda que sabendo da existência de compensações remuneratórias para determinadas especialidades, dentro da mesma área funcional e categoria, mormente na classe médica, forças de segurança e outras, não me vou alongar em defesa da razão ou falta dela, dos enfermeiros.
 Espanta-me, sim, é a forma insistente como o Ministro da Tutela se manifesta contra a legalidade desta greve, em particular, que não me recordo ter ouvido nada similar por parte do Ministro da Economia ou outro, a propósito das greves na Auto Europa.
Dizem-me que a greve dos enfermeiros não foi decidida, nem é controlada, pela CGTP, ao contrário da ocorrida naquela empresa automóvel. Esvaiu-se a minha surpresa, por ler e ouvir sectores da Esquerda da sua posição contrária à greve do pessoal de enfermagem e ficou a convicção de que, tanto para essa Esquerda como para a própria geringonça dela emanada,  todas as greves que não tenham o beneplácito ou a iniciativa da CGTP são ilegais ou injustas!
Convicto que estou de que os  profissionais de Saúde têm razões mais bem claras do que a ocorrida em Palmela, e, até, pelas reacções das tutelas, que algo não está bem neste País onde, como neste caso concreto, se usa e abusa da figura dos dois pesos e duas medidas!
E, porque, é sempre do lado da Razão e  dos que qualquer Poder tenta fragilizar,  que me sinto, em consciência, com os enfermeiros!