Sem que me julgue Pretor daquele Palácio de S. Bento, dei comigo a questionar-me quantas vezes naquela Sala, a que se acede pelos Passos Perdidos, PS. PSD, PCP e BE, a uma só voz, aprovaram legislação primordial para a Causa Pública. A ter ocorrido alguma, na actual Legislatura,mesmo que nem nalguns votos de pesar tenham havido consensos, não excederão, estou certo, os dedos de qualquer das manoplas com que desajeitadamente bato nas teclas! Eis senão quando, aberta a caixa do secretismo em que se diz ter sido forjado o Diploma, fico a saber que aqueles partidos, por nós eleitos, cuja marca singular é a de um antagonismo político feroz e que, por vezes, raia os limites da educação e bom senso, acordaram em causa própria, quando necessário foi legalizar os cofres que, para lá das subvenções do Estado, são o porquinho mealheiro de donativos e isenções de IVA! Sem entrar em demagogias gratuitas, a que alguns daqueles partidos até poderão, com inusitada frequência, recorrer, questiono-me, desta feita com mais queixume, de como será possível que políticos eleitos por este Povo sofrido, se arroguem no direito de isentarem de IVA as rambóias e festarolas de propaganda partidária, quando sabem que os cidadãos que os elegeram, pagam esse imposto pelo pão do seu sustento! Podia invocar outro Pensamento, que não tenho amarras partidárias, mas a que, no momento mais me ocorre, para encerrar este perplexo desabafo, seria uma frase de Sá Carneiro: A POLÍTICA SEM RISCO É UMA CHATICE E SEM ÉTICA É UMA VERGONHA!
Já não está assim decrépita.. Ressuscitou das ruínas, graças aos bons paroquianos são micaelenses que não permitiram que a sua memória de séculos fosse apagada.
A Alma já ia triste negra. Mais negra ficou quando, a cada troço da estrada, de negro queimado se ia cobrindo a paisagem. Escureceu totalmente, quando, percorrendo a A 25, com especial desolação, nas fraldas do Caramulo, e por terras vouzelenses, confirmei, com os olhos desolados, quase lacrimejantes, tudo aquilo que me haviam dito e mostrado pelos ecrans televisivos. Doeu....ainda mais! Pela flora, mas, mais, muito mais, pelas suas Gentes! Lafões as fará renascer das cinzas, que não são de baixar os braços os que nasceram e cresceram em terras de trabalho, de luta e perseverança!
A vida terrena é um ciclo curto. Há pessoas que a mereciam eterna. Mudou de espaço um lafonense que deixa saudades e gratas recordações a quem com ele privou. A frontalidade, o apego ao trabalho e, sobretudo, o respeito e a sua forma de estar na vida, de portas abertas, são marcas indeléveis que a mudança de espaço não apagará. Primo/irmão, companheiro de escola, da fisga e do pião das nicas, mas, mais do que tudo um Amigo, repousa na Paz que mereceste, ORLANDO FERNANDES DOS SANTOS!
Na França do Macron, que já foi do "mon ami Miterrand" e onde o partido que conduz a geringonça teve a sua génese, no cumprimento duma promessa eleitoral, em terra que, pelos vistos, a palavra dada ainda é palavra honrada, passou a ser proibida a contratação de familiares de deputados e ministros. VÊR AQUI Sempre céleres a copiar medidas de duvidosa aceitação pela sociedade portuguesa, porque fracturantes e, muitas delas, ao arrepio dos mais genuínos sentimentos do Povo deste nosso sofrido País, seria a hora de seguir, também, as que não causariam qualquer engulho ou divisão entre os portugueses.
E, desde já, estancar o corrupio familiar, de
tacho em tacho, percorrendo todo o trem público e que, se por mais não fosse, envergonha e ofende quem trabalha e pugna pelo mérito e competência. Assim devia ser numa República onde tanto de apregoa a ética. Que, a continuarmos neste "aconchego" familiar, de linhagem, preferível é, e menos hipócrita seria, voltarmos a implantar a Monarquia! Assim haja coragem.....e vergonha!
Temo, pelos que delas beneficiam, que as IPSS passem a ser olhadas de soslaio, depois do escândalo da Raríssimas. Seria doloroso que particulares e empresas deixassem de ajudar, sabendo todos que, felizmente, e é notório, o conjunto destas instituições é uma mais valia para o equilíbrio social, sobretudo, em tempos em que o País e o Estado ainda se debatem com problemas económicos complicados. Por mim, reiterando o que disse AQUI, faz, hoje, precisamente um ano, há que sabermos distinguir entre as IPSS sem qualquer intuito político partidário e as que foram por ele capturadas. Dizia-me alguém, que estas instituições, que se vêem na necessidade de recorrerem a dinheiros públicos, são presa fácil do Poder do momento, pois, ou lhe prestam vassalagem ou lhes são negados ou minguados os subsídios estatais. Desconheço se ela existe, a não existir, terá que haver uma bitola, alicerçada em dispositivo legal, que regule as ajudas públicas a cada uma dessas instituições, tendo por factores condicionantes o número de beneficiários, a quantidade e qualidade desse benefício e outros aspectos de avaliação. Só assim se poderão livrar dos espartilhos que as condicionam e, até, subvertem, nos objectivos e na génese da sua criação. Tal como não se abate todo um pinhal, só porque um pinheiro tem nemátodo, seria cruel que fosse negado o apoio de todos às IPSS que têm prestado um relevante serviço à nossa Sociedade, só porque nos confrontamos com o raro caso da Raríssimas, passe a redundância. Não confundamos a árvore com a floresta!
Pois, há dias de sorte, mesmo sem jogar na lotaria ;) Só tenho que agradecer ao portador e, sobretudo, a quem se lembrou que eu ainda considero os produtos de Lafões como os melhores deste Portugal imenso, por mais iguarias boas que se encontrem. Obrigado. Estes enchidos (morcelas e chouriças), confeccionadas segundo os métodos tradicionais caseiros e com a qualidade das carnes da Região, como alguém diria, "venha o mais pintado" dizer-me que há melhor! Estes, os da foto, sem qualquer publicidade, são do Talho Avenida, na Av. Sá Carneiro, em S. Pedro do Sul, mas semelhantes a todos os que se confeccionam por todo o Lafões. Espero que vos tenha despertado o apetite e só não ofereço que os da foto, quais submarinos, já emergiram na panela e só vão submergir quando o
Estes cogumelos, vulgarmente denominados por míscaros e que na infância, por Lafões, conhecia por "sanchas", devem ter aproveitado as primeiras e escassas chuvas deste Outono, para vingarem. Ainda bem, que um ano sem elas é um autêntico suplício de Tântalo. O preço é que não é muito convidativo. 15 €/Kg. Mas, como foram resistentes e se viram gregas para cá chegarem.....perdoa-se o preço e satisfaz-se a gula!
Segundo o Público, AQUI, "Os partidos da esquerda uniram-se esta tarde no Parlamento para chumbarem as propostas do PSD e do PAN para acabar com as nomeações políticas para os dirigentes do sistema de protecção civil e passar a ter estes cargos escolhidos através de concurso. E contrariam assim uma das recomendações dos peritos da comissão técnica independente." (o sublinhado é meu)
Mérito, às malvas! Competência, às malvas! Transparência, às malvas! Vergonha, às malvas!