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sábado, 13 de abril de 2019

ADEUS, JUSTIÇA!


Sabe-se, agora, que é o Tribunal a perder as valências que uma Justiça de proximidade exige!
Mas, vem ao caso lembrar da forma como autarcas eleitos pelo partido no poder recebem os seus correlegionários com cargos de relevo no Governo Central. São sorrisos, abraços, palmadinhas nas costas e, quiçá, uma recomendação em surdina, para voos mais altos. Um protesto, um alerta, uma reprimenda, estão ausentes daquelas recepções de culto de imagem partidária e manipulação dos fregueses e munícipes.
E é vê-los, depois, quando o machado central dá mais um golpe profundo nos Serviços que, por obrigação, coloca ao dispor das populações, eles mesmos, apoiantes incondicionais do partido que governa, a fazerem que rasgam as vestes e  a clamarem por protestos pela "vilania" política de quem governa, sem que, pela sua condição de militantes, reclamem junto dos órgãos do seu partido Atiçam os outros, escondem-se na retaguarda, à espera de mais uma visita da nata do punho fechado, para mais um momento de bajulação.
A hipocrisia galopa, sempre que os interesses partidários estão acima das necessidades, dos anseios de quem os elege para os órgãos autárquicos.
Amanhã, estarão, de novo, de bandeirinha içada, na caça ao voto, em nome dos partidos da geringonça, e venderem ilusões, eles próprios com a ilusão, de que o Povo esquece depressa e Cristo manda perdoar!
Neste País, onde se ouve, a cada instante, que urge dar condições ao Interior para que a desertificação não continue na sua passada larga, ao invés de se apetrecharem as regiões  com estruturas que lhes dêem vida, cortam-se-lhes valências com séculos de existência. Tiram, até, como no caso do tribunal, aquilo que não lhes deram!
A sanha da máquina incineradora das valências dos Serviços Públicos das autarquias do Interior, não é recente. Teve o auge em 2008 e continuou pelos anos fora, como rato esfaimado a esquartejar um queijo. De que o Vouguinha deu exemplos, como este:

SÁBADO, 29 DE MARÇO DE 2008


Andam a "tratar da saúde" a Vouzela!


Depois de ler o "Noticias de Vouzela", de 27/3, e os principais matutinos de hoje, constatei o que, desde o início deste processo, já pressentia : o S.A.P. de Vouzela, como muitos outros, não se limitaria ao encerramento das 24 às 08H00. Mais do que uma questão de horário, a meta final da politica de saúde é o esvaziamento das unidades do interior a a concentração dos Serviços nos grandes centros, em unidades hospitalares já por si sobrecarregadas e em actual ou previsível rotura a curto prazo.
Sirva-se quem quiser dos eufemismos mais caritativos, eu continuo a chamar a todos os encerramentos e à debilitação da prestação dos cuidados de saúde uma ignóbil medida governativa, com fins economicistas e não sei se, em alguns casos, com motivações politico partidárias.
Reprováveis e irresponsáveis, na medida em que, para além do desprezo que o governo central mostra nutrir pelo interior, se repercutem, irremediavelmente, e, diria mesmo, de forma humilhante, vexatória, na qualidade de vida das pessoas que habitam e labutam por essas terras.
Não se dissimule a asneira com o manto do virtuosismo das reformas de que a máquina estatal necessita e que sabemos aplaudir, quando substantivadas na procura do bem comum.
Mas, erros deles, má fortuna nossa: o que falta em vergonha e sensibilidade social, sobeja em arrogância e irresponsabilidade, a caminho duma Sociedade em que um cifrão ou € vale mais do que uma vida!
Que nunca se calem as vozes da Razão. Que os vouzelenses se não dêem por vencidos!