Ontem, duas Ministras trouxeram-nos dois pacotes, em sessões televisivas, com os respectivos lacinhos rosa, da Propaganda colorida.
Abri o pacote da Ministra da Saúde e, por curiosidade, tive a mesma sensação que, depois, ouvia a Manuela Ferreira Leite: fiquei sem entender o conteúdo, para lá da serradura habitual com que este governo tem por hábito ofuscar os portugueses. No meio de toda aquela massa amorfa, apenas entendi a criação de mais organismos na Saúde (que há boys na fila), e um alardear de respeito pelos médicos, como se eles já não fossem credores dessa mesma consideração. Prendê.los no SNS com falinhas mansas nada vai resolver. Ela sabe-o, mas a retórica fácil sa Senhora Ministra, ouve-se sempre bem e a mensagem, mesmo que seja uma mão cheia de nada, carrega-lhe as pilhas para a manter a dar corda ao verbo e a prometer pacotes por mais algum tempo.
Chegou a hora de abrir o pacote da Ministra do Trabalho e, desfeito o lacinho do embrulho, não vi a serradura da Dona Temido, mas uma caveira que só não me afugentou porque não sou empresário nem penso ou posso vir a ser investidor neste País, onde quem ousa aplicar poupanças corre o risco de ser expurgado de toda a bolsa duma vida! E que em nada beneficia quem trabalha e anseia por salários dignos. Um pacote de medidas anunciadas, mesmo que inexequíveis, que não passam dum perigoso paradoxo: quando mais necessitamos de apoiar grandes, médias e pequenas empresas e captar capital para o desenvolvimento económico deste País em colapso, a Dona Godinho mais não veio fazer do que levantar o chicote vermelho e vergastar os que, neste Portugal capturado pelas esquerdas propulsoras da miséria, ainda arriscam produzir e reanimar este cadáver económico que os socialistas projectam, sempre que este Povo manipulado e adormecido lhes dá carta de alforria para os habituais disparates.
Há pacotes que nem vale mesmo a pena abrir!
São uma desilusão!
São uma desilusão!
