Não partilho de utopias. Quem investe, quem cria empresas, quem arrisca o seu capital, não tem outro desiderato do que colher lucros, mais valias.
Assim sendo, não entendo que se condenem empresas que, bem geridas, confiram proventos a quem investe, gera produto e cria empregos, o sustentáculo de muitas famílias.
O tempo que vivemos é duro e os tempos que se avizinham, preocupantes. Vamos ser sujeitos a alguns sacrifícios. É o nosso contributo involuntário para vergarmos a Inflação galopante.
Se nós, cidadãos, não nos podemos furtar a esses sacrifícios, com o custo de vida a disparar, justo será que os lucros exagerados, digo mesmo inesperados ou fruto dessa mesma inflação, por parte das empresas, sejam restituídos à Sociedade.
Sei que não é fácil o exercício para encontrar essa parte, os tais "lucros excessivos". Recomenda-se ponderação na fórmula para os contabilizar, para que os investidores não vejam defraudadas as suas normais expectativas de mais valias.
Mas, a par dessas grandes empresas, há a pública, a controlada por Medina, que, a exemplos das demais, devia devolver aos portugueses, os lucros milionários que o Estado vem arrecadando com a Inflação.
É que não fica bem a um Estado que se quer justo e equitativo, arrecadar milhões que os consumidores vão pagando por força do aumento do custo dos produtos e a teimosa manutenção das taxas do IVA e guardá-lo no Cofre, sem que o devolva a quem o sustenta.
Que, vir, depois, numa tentativa de abafar os confirmados e eventuais desmandos de ministros, secretários de Estado e autarcas deste Governo, com migalhas pontuais, tipo "bodo aos pobres", quando lhe der na real gana de maioria absoluta, só convence mesmo aqueles que , de há sete anos a esta parte, gostam de ser enganados!
Acabem com os embustes políticos!