Meu País que tantas vezes te vi cansado, e tantas vezes te vi renascer. Há em cada português uma centelha antiga, uma febre que não morre, um sonho que, mesmo ferido, insiste em caminhar.
Fomos feitos de partidas, de mares e de silêncios, mas também de risos, de pão repartido e de coragem teimosa.
O Mundo mudou- as caravelas agora são de fibra e código-mas o espírito é o mesmo: querer ir além do visível.
Portugal, tens em ti o peso das pedras e a leveza das andorinhas.
És passado que se reinventa em cada jovem que ousa, em cada mãe que trabalha, em cada idoso que recorda.
Não te deixes adormecer no conforto pequeno.
Levanta-te outra vez-ergue os olhos, ergue a voz!
O Futuro não é uma miragem: é o mar que já nos chama, é o sol que mesmo escondido, nunca deixa de nascer.
Porque ser português é isto: cair com elegância e levantar-se com Alma!
É ser tragédia e milagre no mesmo gesto.