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segunda-feira, 24 de julho de 2017

MUDEM DE AGULHETA

"Os homens da Protecção Civil não conhecem a área e os Bombeiros que vêm de fora também não" - palavras duma residente na zona do incêndio da Sertã, na TV.
Partindo da premissa de que os Soldados da Paz, atacam os fogos com o afinco que lhes é peculiar e todos reconhecemos, sabemos que obedecem às directivas que a cada momento lhes são transmitidas das esferas superiores, esta frase, duma cidadã anónima, proferida em voz sofrida, leva-nos a reflectir.
Deduzimos que, mais que a partir do betão de Alfragide, é no local, na floresta do País real, que tudo se desenrola e onde um comando da Protecção Civil destacado ou local, assume o controle das operações.
Que não será estulto recordar que muitas batalhas se perdem pelas más opções ou incompetência dos Generais e não pelo empenho das suas tropas!
E, quem são os Codis, os homens que, em cada Distrito asseguram essa missão? Pelo que ouço e leio, pessoas de Bem, mas que, grosso modo, não têm qualquer experiência no terreno. Provavelmente, boys filiados nos partidos que, em cada ciclo, vão governando.
As gravatas, o colete, e o brio que possam ter, e por mais empenho que devotem à causa, não lhes assegurará conhecimentos suficientes e adequados a gerirem uma situação de catástrofe, mormente a mais frequente, como a dos incêndios.
E, vem-me ao Pensamento, o que levará as entidades responsáveis por estas Áreas, a nível nacional, a não atribuírem a um sapador bombeiro graduado, de cada Área, com largos anos de experiência no terreno, que conhece a sua Região como as suas palmas da mão, cada encosta, cada mata, cada declive, cada casa dispersa, e povoações, o comando de todas as forças e a estratégia de cada combate?!
Que não há pessoal qualificado, ouço dizer. Puro engano. Sabendo que em todos, ou quase todos os Concelhos deste País em chamas, há Corporações de Bombeiros, o difícil seria não escolher um homem experimentado, a quem, se fosse necessário, seria ministrado curso de conhecimentos complementares de técnicas de comando, para lá da sua experiência e o conhecimento do terreno que já lhe são intrínsecas, para assumirem a responsabilidade de cada acção na sua Área!
A Segurança de pessoas e bens não pode estar ao sabor de cartão partidário. É uma causa que está, ou devia estar, muito acima desse espectro da Política. Que mais do que teorias e penachos, do que Portugal precisa mesmo, sobretudo, nesta área, é de pragmatismo e união entre todos, que o partidismo não apaga fogos. Nem aqui, nem na Patagónia!
Esta não serve. Mudem de agulheta!